Cap 48

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Dulce

Graças a Deus as horas se passaram. Eu só via a hora de voltar pra casa. Cheguei como um tiro, tomei um banho, fiz um lanche, Organizei a casa e comecei a estudar. Eu assisti as primeiras aulas e no fim da última eu desliguei.

Minha saudade de Christopher estava grande, já estava completando mais de 20 dias, eu não via a hora de vê-lo. Meu coração doia de saudade. Eu me arrumei um pouco pra que ele me visse bonita, e fiquei na sala.

(...)

— Meu amor, que saudade! — ele dizia sorrindo

— muitas saudades, amor! Como seu cabelo tá bonito assim. — ele estava com outro penteado.

— Obrigado. Eu estava em reunião, agora preciso ficar mais apresentável. E pra falar com você não é diferente...

— Hmmm.. eu gosto assim. — sorri — você está lindo.

— E voce nem se fala. Já tá pronta pra dormir? — ele queria espiar minha roupa, ou o que tinha por baixo pelo jeito.

— Sr Christopher, é melhor esperar até semana que vem, não acha? — ironizei.

— Sério? Ai não... — ele faz uma Carinha engraçada e caímos na risada.

Conversamos por quase uma hora. Graças a Deus esse pesadelo de ficar longe está acabando. Sinto tanto sua falta, que chega doer.

Fui para cama deitei e dormi rapidamente.

Christopher

Eu passei a tarde em reunião com Patrícia, Roberto e Luiz. O clima não foi nada amigável. Patrícia me secou o tempo todo e Luiz ficou tentando amenizar as coisas. Roberto não estava entendendo nada do que estava acontecendo, e por pouco não perguntou na hora.

Quando eu estava indo embora ele me abordou perguntando o que estava havendo. Eu tentei não entrar em detalhes, mas tive que dizer que eu e ela tivemos um desentendimento.

Ele até puxou minha orelha, dizendo que eu não podia levar as coisas a ferro e fogo com ela, que apesar de ser sempre muito querida, ela sabia prejudicar alguém. Eu só concordei e finalizei o assunto.

Depois de chegar no hotel, Luiz me ligou perguntando o que o Roberto queria comigo.

(...)

— Você ainda não sacou? Ele percebeu o clima ruim e queria saber o motivo..

— Mas... você disse?

— Não, claro que não. A menos que ela conte,
eu mesmo não vou me expor assim.

— Entendi. Mas o que você disse de fato?

— Que tivemos um desentendimento normal, e ainda bem que ele não perguntou mais nada.

— Que alívio então. Mas... quero saber se você já se preparou para o sábado?

— Sim, eu já comecei a ensaiar as músicas novas. Estou ansioso por isso.

— Beleza, então nos vemos no sábado, pois vou ter outro compromissos amanhã.

— Até mais, tchau.

— Tchau.

Eu suspirei um pouco aliviado e preocupado. No sábado será meu lançamento ao mundo profissional da música, em parceria com a gravadora Power Music e Associados. Meu medo era não conseguir suprir as expectativas deles e do público.

Mas eu estava preparado o suficiente para confiar em mim mesmo. E assim farei.

Dulce

Sábado, 17:00

Cansada estou. Meu sábado de trabalho estava quase encerrando, e minha cara não ajudava. Tive que melhorá-la com a entrada de uma cliente. E era a moça que havia encomendado o bolo outro dia.

(...)

— Olá... boa tarde. Vim buscar o bolo que eu encomendei outro dia.

— Ah, sim, eu me lembro. É Anahi, não é?? — eu sorrio

— isso mesmo.. você lembrou! — ela brinca — porque essa sua carinha não melhora em moça?

— Ah, eu estou com alguns problemas e preocupações. Me desculpe por estar sempre
Com essa cara.

— Não se culpe, você é humana. Todos temos momentos difíceis.

— É... — eu digo — vou buscar seu bolo, já volto. — 1 minuto depois e eu volto com o bolo já embalado. — Aqui está.

— Muito obrigada, Dulce. Aqui está o restante do valor. — ela me entrega e eu agradeço.

Como já era hora deu ir embora, me despedi das outras meninas e fui em direção a porta. Vi que Anahi estava com dificuldades para atender o celular e segurar o bolo ao mesmo tempo.

— Eu te ajudo. — seguro para ela que agradece sorrindo e volta a falar ao celular.

(...)

— Obrigada mais uma vez. — ela sorri — escuta, o que vai fazer agora?

— Eu?? Vou para casa.

— Quer ir comigo, comemorar o aniversário do meu namorado?

— Sério? Mas você nem me conhece e ele muito menos... — digo tímida.

— Imagina, já sei o suficiente. Você não está muito bem, precisa de amigas e de curtir um sábado à noite diferente, ou estou errada?

— É... meio que você está certa. Mas tem certeza que não vou incomodar?

— Imagina, eu preciso de uma companhia feminina, só convidei os amigos dele, você estará me fazendo um grande favor em ir. E até ele irá agradecer depois. — ela ri.

— Bom, já que é assim... eu vou. — sorrio

— Então Dulce, você mora por aqui?

— Sim, bem perto.

— Eu vou te deixar em casa e depois você já me acompanha pra lá, eu preciso de ajuda.

— Tá.. vamos.

Eu a segui e entramos no carro. Eu me estranhei com aquela abertura que ela tinha em se comunicar comigo, uma moça que ela mal conhece. E logo foi se prontificando em me ajudar, e querer minha companhia.

Eu não me sentia tão especial a tempos. Mesmo tendo amigos, eu estava me sentindo só sem Christopher por perto. Anahi me ajudou até a escolher uma roupa. Eu mandei mensagem a Christopher desejando boa sorte na apresentação, e depois segui com Anahi até a casa deles.

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SENHORITA | Vondy Onde histórias criam vida. Descubra agora