SENHORITA | Vondy

Cap 62

Dulce

Eu acordei com pressa, tinha que ir à academia, resolver algumas coisas no banco e corri para o escritório depois. Com tanta correria eu não consegui nem digerir a noite de ontem.

Eu vi e conversei com Christopher Uckermann. O homem que foi tudo pra mim um dia, que despertou em mim os mais mais puros e selvagens sentimentos. O mesmo que também despertou um lado sombrio e depressivo.

Apesar de saber o porquê ele voltou, eu não tinha mais nenhuma informação. Não sabia se era casado, ou se estava comprometido... não entendi muito bem o porquê também parou de cantar. Eu não consegui perguntar tudo isso, e até me culpei por ter ido embora antes de saber mais sobre sua vida atual.

No meu celular tinha algumas mensagens de Anahi querendo saber tudo o que eu e ele conversamos. Acho que ela está entendendo tudo errado. Ele mau voltou e já está o pressionando contra mim, eu conheço bem minha amiga.

Fui para o escritório e fiquei por lá até a hora do almoço. Uma das secretarias me trouxe um recado.

— Bom dia Dulce, esse número ligou. — me entrega.

— Bom dia. — eu encaro o papel. — não anotou o nome?

— não quis me passar... é só com você, achei estranho também...

— Está bem, depois eu ligo. Obrigada. — sorri

(...)

Terminei de responder alguns e-mails e decidi ligar para descobrir quem queria tanto falar comigo e que não quis nem ao menos me dar seu nome.

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— Alô? — eu digo já que a pessoa atendeu e permaneceu calada.

— É a Senhorita?

— Christopher? — só podia ser ele, essa voz eu jamais esqueceria.

— Sim.. desculpe o mistério todo, pensei que talvez não gostaria de me ouvir.

— porque? Ah.. — eu rio me lembrando de tudo que eu vomitei pra ele ao telefone.

— Pois é... — ele ri — será que podemos conversar? Foi bom a conversa que tivemos ontem e me ajudou muito.

— Tá.. eu só não estou com tempo agora de dia, pode ser a noite?

— Claro, até melhor pra mim. Estou na gravadora e depois preciso voltar ao hospital... Que horas então?

— As 20h?

— Perfeito, e desculpe incomoda-la.

— Imagine, não foi nada.

— Onde podemos nos ver?

— No Restaurante Colomby do bairro Urupês. Conhece?

— Sim... então até mais tarde, tenha um bom dia Dulce.

— Você também, tchau.

— Tchau.

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Então era ele. Eu juro que estou me coçando pra saber o que ele quer comigo. Não sabia que ele tinha gostado tanto de conversar e tudo mais. Não sei dizer se gostei ou não disso.

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Passei o restante do dia muito curiosa, tentei não pensar nisso mas era inevitável. Meu ex estava atrás de mim e eu não era capaz nem de saber esperar o que ele tanto queria comigo.

Depois que cheguei do trabalho, eu tomei um banho bem relaxante, ainda tinha tempo antes de sair com ele. Fiquei um tempo ouvindo música e viajando nos pensamentos.

Escolhi um vestido preto, que marcava bem meu corpo, eu não queria chegar muito sensual e nem muito discreta. Os cabelos ficaram soltos, coloquei um brinco grande, maquiagem marcante, perfume suave e fui.

No carro eu comecei a sentir meu coração acelerado. Era normal me sentir assim de novo? O pior era que eu não entendia se aquilo era bom ou ruim.

Christopher

Eu espero que ela não pense nada errado de mim. Eu devo estar parecendo patético por procurar minha ex pra desabafar. Mas eu não conhecia ninguém melhor, e se o destino quis assim, eu teria que saber aproveitar essas oportunidades.

Não estava nos meus planos te-la só como minha amiga um dia, mas era só o que eu tinha.

Depois que tomei um banho, eu fui me vestir. Vesti um jeans branco justinho, camisa preta e jaqueta de couro. Coloquei até alguns acessórios, arrumei o cabelo e passei um perfume.

Ontem ela me viu até que bem arrumado, mas não como hoje. Eu não nego que quero impresionar, mas também não posso abusar da situação.

Entrei no carro e parti. Chegando no restaurante eu escolhi uma mesa menor. Me sentei e já até fui lendo o cardápio. 5 minutos depois e ela chega.Incrivelmente bela, eu não podia pensar assim, mas era o que eu pensava naquele instante.

Ela caminhava como se fosse em câmera lenta. Seus cabelos voavam ao encontro do vento e ela sorriu amigavelmente quando me viu. Não pude deixar de observar a ótima escolha do vestido dela.

Lhe caiu perfeitamente bem e combinou com suas curvas que agora são mais marcadas ainda. Me desliguei do transe quando ela se aproximou da mesa.

(...)

— Oi.. — ela sorri e se senta — demorei?

— Não.. — sorrio. — eu acabei de chegar também. — lhe olhei com intensidade e ela corou.

— Então tá... — ela ri quebrando o gelo do meu flerte.

— Você está ótima.

— Ah.. obrigada. Você também... — ela corre seus olhos pelo meu peitoral.

— obrigado. O que vamos pedir?

— Quando eu venho aqui gosto de pedir a comida japonesa, que é sensacional.

— Ah.. você vem muito aqui? — eu queria saber se ela andava acompanhada.

— Não muito, mas já vim algumas vezes Com amigas...

— Ah, sim...

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