Quando encontrei teu olhar

Burro Lúcifer, burro!

Lúcifer:

Christine: - Filho venha comer, chame Chloe também! – Minha mãe grita do andar de baixo.

Eu e Chloe nos afastamos e percebemos o que íamos fazer.

Lúcifer: - Desculpa... Não acho que isso está certo...

Chloe: - É... Nem eu. Vamos descer.

Lúcifer: - Vamos.

Nós dois descemos, sentindo aquela tensão no ar, aquele estranhamento , aquela vergonha. Mas também, com o que eu estava na cabeça para fazer aquilo? Há menos de uma semana eu zoava a menina, ela briga comigo e afins e eu achando que ela me daria um beijo! Burro Lúcifer, burro!

Charlotte: - E então, sobre o que é esse trabalho de vocês?

Começamos a conversar com minhas mães durante o café, o que ajudou a aliviar a tensão entre nós dois. E assim que terminamos de comer, a mãe de Chloe chega para busca-la.

Chloe: - Ham... Tchau Lúcifer! Até segunda.

Lúcifer: - Tchau Decker, até. – Digo sem fazer muito contato visual e aceno para as moças que entram no carro.

Entro em casa de novo e vou direto para o meu quarto. Deito-me na cama e fico pensando em tudo o que aconteceu aquele dia. E, de relance, vejo que tem um negócio rosa em minha mesa, que definitivamente não me pertencia.

Peguei em minhas mãos e vi que era tipo um elástico de cabelo. Nunca tinha visto nenhuma de minhas mães com aquilo. Ah, era de Chloe, lembrei agora que ela levava um no braço. Teria que devolve-lo na segunda, então guardo em umas das gavetas de minha escrivaninha.

Chloe:

Penélope: - E então filha, como anda o trabalho?

Chloe: - Tudo bem mãe!

Penélope: - E por que está com essa carinha toda boba? – Ela diz e eu sorrio ao lembrar.

Chloe: - Ah... Não é nada... – Eu lhe respondo e vejo sua desconfiança no olhar.

Penélope: - É aquele menino não é? – Ela diz carinhosamente.

Chloe: - É... – Digo sonhadora.

Penélope: - Se beijaram? – Ela diz direta.

Chloe: - Quase...

Penélope: - Eu não quero estragar seu contentamento, mas... Toma cuidado com ele filha...

Chloe: - Relaxa mãe, ele não é perigoso nem nada disso.

Penélope: - Não é nesse sentido... Você viu como ele é, como ele se comporta, além de parecer ser muito cobiçado por todas.

Chloe: - É verdade... Mas, não sei, quando ele está só comigo ele é totalmente diferente daquele babaca da sala de aula.

Penélope: - Fico feliz que ele esteja te tratando bem, eu só me preocupo com seus sentimentos, sei o quão frágil aquele episódio te deixou. – Sinto arrepios ao lembrar de tudo o que já me aconteceu.

Chloe: - Obrigada pela sua preocupação mãe, não se preocupe, eu tomarei cuidado.

Chegamos em casa e eu subo para o meu quarto para me trocar, não tomo outro banho, afinal, já tomara banho antes de sair. Tiro a maquiagem e lavo o rosto, logo em seguida ponho meu pijama, por mais que ainda fosse cedo.

Fico em meu quarto realizando minhas tarefas, até que paro e vejo meu celular.

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