Digníssimo final

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O epílogo...

John:

Eu tomarei conta desse digníssimo final, pois devem imaginar o que a vida preparou para nossos protagonistas...

Os dias foram se passando, as primaveras e verões também e infelizmente nossa Chloe, minha mãe, acabou adoecendo. Com o passar dos meses, ela adquiriu Alzheimer, e cada vez menos ela se lembrava das coisas.

Ela teve que ser levada para uma clínica de idosos, pois mesmo com meu pai em casa, ele não seria capaz de cuidar dela, ainda mais por sua avançada idade.

John: - Bom dia mãe, como está se sentindo hoje?

Chloe: - Estou bem... Quem é você?

Quando esse dia chegou, confesso que chorei, chorei horas. Eu sabia que não era sua culpa, mas aquilo me causou uma dor tremenda.

John: - Sou seu filho John mãe. - Acaricio seus cabelos brancos, que antes haviam sido loiros.

Chloe: - Ah... - Seus olhos estavam perdidos e perderam seu brilho jovial.

Meu pai ia visitá-la todos os dias, e a levava rosas brancas, assim como quando eram adolescentes.

Chloe: - Filho, quem é aquele moço com um lindo buquê de rosas na mão?

John: - Aquele é o papai, mãe, seu marido...

Chloe: - Tem certeza?

John: - Sim. - Digo sereno.

Chloe: - Ele é tão belo... Como é meu marido?

John: - Ele é, não é mesmo? E ele te acompanha, pois você também é linda.

Lúcifer: - Olá meu amor, como está se sentindo hoje?

Chloe: - Baby! - Lúcifer abre um sorriso de orelha a orelha. - Fiquei sabendo que somos casados!

Lúcifer: - Sim somos... - Ele sorri docemente para ela, segurando suas mãos.

John: - Vou deixá-los a sós, qualquer coisa pode me chamar.

Lúcifer: - Tudo bem filho!

Eu via de longe o contentamento dos dois. Aquele olhar doce do amor, do amor que não necessita mais do toque, que já tem sua base espiritual formada.

Os dias se passavam, e o quadro de Chloe apenas piorava e agora ela não se lembrava mais de quase nada... Mas Lúcifer continuava a visitá-la, todos os dias, no mesmo horário, com as flores na mão.

Lúcifer:

Um dia estava em casa e acabei cortando minha mão. Fui rapidamente para o hospital, onde fui atendido com pressa.

Lúcifer: - Por favor, eu preciso de atendimento! - Eu dizia na recepção.

Recepcionista: - Acalme-se senhor, é urgente?

Lúcifer: - Sim! Eu tenho um compromisso importantíssimo!

Após alguns minutos, sou atendido pelo médico.

Lúcifer: - Senhor, preciso que faça um curativo em minha mão... Preciso ir logo.

Médico: - E qual é o motivo da pressa? - Diz o jovem.

Lúcifer: - Eu preciso ir visitar minha esposa...

Médico: - E onde ela está? - Diz ele calmamente enquanto enrolava minha mão numa bandagem.

Lúcifer: - Numa clínica de repouso...

Médico: - Ela está doente?

Lúcifer: - Tem Alzheimer... - Entristeço-me ao lembrar.

Quando encontrei teu olharOnde histórias criam vida. Descubra agora