Capítulo 26

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Mal passei pela porta do apartamento, trancando-a e Tânis me puxou para ele, me beijando e me colocando contra a parede com seu corpo. Ele me ergueu e enlacei seus quadris com as pernas, feliz em retribuir seus beijos enlouquecedores.

— Tem ideia do quanto me assustou? – Ele falava entre beijos descendo a boca da minha para meu pescoço. Então mais uma vez puxou meu bracelete para fora do braço e o jogou em algum lugar do apartamento.

Ele afundou o rosto na curva do meu ombro com o pescoço e inspirou fundo. Antes de voltar a me beijar enlouquecido. Suas mãos passeavam por minhas pernas, glúteos e subiam pelo meu corpo. Seu pênis, hirto, se pressionava entre as minhas pernas e comecei a gemer com suas carícias e beijos.

— Nunca mais tente me matar do coração, sua doidinha. – Ele mandou, entre beijos.

— Não posso prometer nada. – Brinquei o fazendo rir em meus lábios.

Ele me segurou firme pelo traseiro e me levou para minha cama. Quando se sentou comigo em seu colo, que olhei em volta.

— Eu não disse para não bagunçar minha casa? – Ralhei, havia copos e roupas jogadas pelo cômodo inteiro.

— Não costumo ser desordeiro, mas estive um pouco estressado nos últimos dias, andando pelo corredor externo da ala de isolamento. – Ele lembrou, voltando a me beijar, agora subindo suas mãos por baixo da camisa do meu uniforme.

— Não vim aqui para isso. – Segurei suas mãos.

Ele suspirou, mas se acalmou.

— Desculpe. Foi muita pressão nesta última semana... Todos os dias pensava no que poderia acontecer se não fosse sua biologia singular e quase enlouquecia, pensando que poderia tê-la perdido. – Ele deslizou as mãos por minha cintura para as minhas costas e me puxou me abraçando apertado.

— Não quis dizer isso... Quero dizer... – Me atrapalhei, enrubescendo.

— Está constrangida por me desejar? – Ele riu.

— Também. – Admiti, afinal passei cinco dias pensando que se não tivesse a cura nas veias morreria virgem e não gostei muito dessa perspectiva, além de estar a cada dia mais certa de que teria que atender ao mal-humorado em algum momento e era impossível não o provocar... Desta vez ele com certeza me mataria – Mas quero dizer que, apesar de toda a vontade de continuar, precisamos conversar sobre essa nova descoberta.

— Eu sei. – Ele exalou.

— Primeiramente, precisamos tirar Amber e Júlia daqui em segredo, assim que estiverem curadas.

— Já tinha pensado nisso. Vou providenciar novas identidades para elas e o marido de Amber. Terão que se mudar para uma província longe e sem muito contato comercial com Bergmann. Arranjarei moradia, trabalho e educação para a criança... Acha que Amber e o marido podem concordar em adotar Júlia?

— Quanto a isso, acho que tudo bem. Amber se apegou à Julia e, tanto quanto nós, não acho que vai querer que a menina vá para um orfanato. Vou conversar com o marido dela amanhã.

— Íria. – Ele me olhou um pouco preocupado e franzi a sobrancelha.

— O quê?

— Preciso ir até Maloria.

— Tudo bem, já esperava por isso. Se qualquer informação sobre isso vazar, elas serão os primeiros alvos, já que a característica que todos vão se lembrar primeiro é do meu surto de crescimento. – Concordei, mas olhando em seus olhos notei sua hesitação – Tem mais, não é?

— Você precisa vir comigo.

— Nem ferrando! – Saí do colo dele, me dirigindo para a sala de novo e procurando meu bracelete pelo chão.

Valquíria MaresOnde histórias criam vida. Descubra agora