— Que bom que já está quase pronta. – Ele comentou.
— Quanto tempo isso leva no máximo? – Suspirei.
— No máximo uma semana.
— Tá, então você cuida do meu gato e diz logo o que preciso vestir e fazer para começar?
— Sim, cuido do gato. – Ele riu, vendo Oxley espalhado na minha cama – E só falta tirar o foco e o bracelete, não pode entrar nos templos com isso.
— Sério? – Ergui a sobrancelha para ele, tirando o foco e o bracelete, os deixando sobre a mesinha de cabeceira.
— Muito. Deve entrar nos templos exatamente como chegou a este mundo. Só pode sair de lá vestida se merecer sua vestimenta a cada teste. – Ele foi explicando, enquanto pegava minha mão e me guiava, andando devagar para que me ambientasse e me acostumasse à nudez – Teremos que abrir uma exceção para o refrator, claro, já que ninguém consegue tirar e seu consorte não está aqui.
— Consorte? Sério? – Ergui uma sobrancelha para ele.
— Pensei que soubesse o que um refrator significa em nosso mundo. – Samir expressou e fiquei olhando para ele sem saber o que dizer.
Ele riu, meneou a cabeça e voltou a falar.
— Acho melhor conversar com Kanslor sobre isso, maninha, porque um refrator significa compromisso insolúvel. Você é a mulher dele agora.
— Tá zoando! – Soltei, mas vendo seu rosto acrescentei – Não está?
— Não. – Ele falou sério pela primeira vez – Realmente deve conversar com ele.
— Tá, vou pedir uma explicação quando o vir...
— Só uma explicação? – Samir levantou uma sobrancelha para mim com um meio sorriso.
— Vai à merda, eu me viro com Dante. – Enrubesci de novo, então achei melhor mudar de assunto – Onde está Saul?
— Fazendo as preparações para sua visita aos templos.
— Papai não vai?
— Não. Você foi requisitada sozinha. Vamos levá-la até a entrada e daí em diante o teste é somente seu.
— Devo perguntar?
— Não adiantaria muito, já que para cada pessoa o teste se apresenta de maneira diferente. às vezes é um teste só, às vezes são vários.
— Como vou saber que acabou?
— A água vai lhe dizer. – Como continuei olhando confusa para ele, completou – Não se preocupe, vai saber.
Saímos do palácio e Samir me guiou, ao contrário do que eu esperava, por um caminho seco, um conjunto de cavernas que pelo jeito iam além da ilha, pois podia sentir a água atrás das paredes em grande quantidade.
Ele parou quando encontramos Saul.
— Oi tampinha. Os templos estão em polvorosa por você. – Saul sorriu para mim – Venha, daqui até o primeiro templo sou eu que devo conduzi-la.
Ele pegou minha mão de Samir, que me deu um beijo, me desejando sorte e voltou.
— Está curiosa? – Ele perguntou, me guiando por um portal que nos levou a mais túneis subterrâneos.
— Sempre.
Ele riu.
— Não precisa se preocupar, nunca ninguém morreu nos templos, então ficará bem. A água quer te revelar quem realmente você é. Então seus testes vão determinar qualidades, boas e ruins. Dependendo dos resultados alguém fará contato com você. Tenha em mente que deve ser você mesma, não importa a situação que se apresente.
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Valquíria Mares
Rastgele**** OBRA CONCLUÍDA **** Agora vocês perguntam: Quem é você? E eu respondo: sinceramente também gostaria de saber. Fui criada apenas sabendo meu primeiro nome: Valquíria. Minha mãe, só me permitia chamá-la de "mãe", então não sabia seu nome. Meu pai...