Olhei para conferir as guerreiras que derrubei, pensando em ver se estavam bem, mas macas eletrônicas já estavam levando as três com alguns acompanhantes para o lado oposto ao qual Valéria me guiava.
— Que etapas? – Perguntei para minha irmã.
— Você passou de forma extraordinária pela provação, maninha. Reduziu o tempo recorde de melhor guerreira do reino de trinta para dois minutos. Ninguém acreditava que você sequer passasse, que dirá em dois minutos. É uma de nós agora, a segunda princesa e na linha de sucessão do trono de Maloria.
— Mas eu não matei ninguém.
Ela gargalhou.
— O quê?
— Deuses! Nunca uma amazona chegou entre nós tão inocente e ignorante quanto a nossa cultura. – Ela ria – Maninha, a prova não é de vida ou morte, você só tinha que vencer. Seu discurso quanto a se recusar a matar foi muito nobre e trouxe orgulho à nossa casa, mas era desnecessário.
— Merda! Eu definitivamente sou a rainha dos vexames. – Bufei.
— Mas me conta, como fez aquilo? Foi simplesmente fantástico!
— Ninguém acredita que posso me defender. Então meio que uso isso. Quando as três vieram em minha direção e corri para elas, acharam que eu fosse tão arrogante ou estivesse ofendida com seus insultos a ponto de me digladiar com elas. Nem passou por suas cabeças que conheço minhas limitações e que estou tão acostumada a ser hostilizada por garotas arrogantes que simplesmente não me importo. Bem, deixei que pensassem isso até que fosse tarde demais. – Dei de ombros.
— Adorei! – Ela me apertou de lado, então mudou de assunto – Eu sei que você e a mamãe tem suas diferenças, ela me contou. Já esperávamos que chegasse aqui querendo esfregar na cara dela que era boa e depois tentasse ir embora desfilando. Quase gargalhei quando li "Dane-se" na sua camiseta – Ela riu.
— Realmente fiz isso de propósito. – Não pude deixar de rir. Mas me lembrei de algo – Podemos passar pela nave? Minha bolsa, com meus pertences e roupas limpas está lá.
— Temos todas as roupas que vai usar, já preparadas para você. – Ela revirou os olhos.
— Valéria, tenho pertences de que preciso naquela bolsa e o capeta do meu gato está lá. Dá pra passar na porcaria da nave?
— Tá! Vamos lá. – Ela me levou até a nave, que felizmente estava destrancada e pude pegar minha bolsa, nem precisei procurar Ox, ele esperava deitado sobre bolsa, peguei ele em um braço e a bolsa no outro.
Então voltei a seguir com ela, para seja lá onde estava me levando. Mas não demos nem dez passos para longe da nave e ela já me questionava de novo.
— O que há entre você e o rei Tânis?
— Bem... É complicado.
— Não há nada de complicado. Está dormindo com ele ou não?
— Valéria! – Fiquei vermelha.
— É uma pergunta simples.
— Não. Quero dizer, não fiz sexo com ele se é o que quer saber. – Fui ficando mais vermelha.
— Pela forma como ele olha para você e a forma que você fala com ele? Não acredito nisso.
— Pode acreditar.
— Mentira!
— Não é. Sério!
— Só vou acreditar se me contar o que há de verdade entre vocês. Como se conheceram? E tudo o mais, pode desembuchar.
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Valquíria Mares
Random**** OBRA CONCLUÍDA **** Agora vocês perguntam: Quem é você? E eu respondo: sinceramente também gostaria de saber. Fui criada apenas sabendo meu primeiro nome: Valquíria. Minha mãe, só me permitia chamá-la de "mãe", então não sabia seu nome. Meu pai...