Quando tudo acabou voltamos ao instituto, que mal reconheci pelo acampamento militar nas portas. Eros nos aguardava, interceptara alguns dispositivos de inimigos mortos e descobriu que nossa estratégia nas montanhas, por sorte, fez a cadeia de comando de Plenur redirecionar suas forças, largando os soldados que atacavam Marselha e invadiam pela floresta sagrada totalmente desprotegidos na retaguarda e sem cobertura aérea.
Só realmente vencemos por causa da mudança geográfica, porque eles estavam recalculando, se preparando para uma invasão única com uma frente unida e sólida. Claro que isso seria contornando as montanhas, onde acreditavam que não pudéssemos chegar a tempo de impedir.
— Que plano horroroso! – Evidenciei – Será que eles não pensaram que com essa estratégia estaríamos livres para atacar sua retaguarda em pleno território inimigo?
— Sinceramente não sei. – Eros respondeu – Esse plano foi o que consegui interceptar, mas não importa, mesmo que fosse um embuste não vai mais acontecer.
— E agora? – Perguntei a qualquer um que quisesse responder.
— Tivemos muitas baixas, um número ainda maior de feridos, como vocês avisaram, todos infectados e precisaremos de tempo para nos recuperar. O que graças à mudança geográfica, agora teremos. – Ênio se aproximava.
— Zack. – Tânis assumiu o modo rei – Comande a força do exército que estiver ilesa com naves e veículos terrestres e faça uma varredura em toda a extensão sul do reino. Quero qualquer sobrevivente de Plenur capturado e levado à audiência. Verifique a necessidade de reparos e reconstruções e passe os relatórios para Ênio. Vamos reerguer o reino.
— Valquíria e eu vamos para Meer. – Dante lembrou.
— Certo. – Exalei – Aria, vou falar com Valéria para levá-la para Malo...
— Não vou para Maloria agora. – Aria me interrompeu.
— Seu pai decidiu que deveria ficar lá até a consagração, lembra-se? – Ergui uma sobrancelha para ela.
— Estou em fase de crescimento individual, Íria. Posso ficar onde quiser até os vinte anos. – Ela cruzou os braços.
— Não sou sua mãe. – Descartei com a mão – Faça o que quiser. Minha promessa era manter você viva na batalha e cumpri. Então, seja feliz e até breve. – Concluí e ela riu.
Nos despedimos dos nossos amigos e Destiny, que esperava fora dos portões do instituto devido ao seu tamanho, nos ofereceu uma carona para nos tirar das vistas dos mortais nos arredores, Dante não podia abrir uma passagem onde todos pudessem ver, então subimos em suas costas e Dante me segurou na sua frente, pois eu tinha Oxley nos braços.
Destiny nos deixou em um campo não muito longe do instituto, mas completamente deserto. Nos despedimos dele agradecendo sua ajuda.
"Foi divertido!" – Ele bufava risadas – "Comi tanto que estou alimentado por uma quinzena".
Rimos e ele alçou voo indo embora, enquanto nos encaminhávamos para o subsolo.
— Pensei que iríamos para Meer. – Observei soltando Oxley que se arremessou do meu colo para correr pela caverna com o lago no centro, onde entramos.
— Vamos. Mas precisamos de um bom banho e de descanso antes. – Dante esclareceu, tirando seu traje arruinado de sangue, sujeira e alguns cortes no couro – Você não aguenta o ritual de imortalidade no estado em que se encontra.
— Obrigada! – Ironizei e ele riu.
Apertei o pingente fazendo meu traje desaparecer e entrei no lago para tomar um banho. Estávamos exaustos e não demorou a dormirmos quando chegamos na cama dele. Nem usando o novo poder de reenergização fui capaz de dormir pouco.
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Valquíria Mares
Random**** OBRA CONCLUÍDA **** Agora vocês perguntam: Quem é você? E eu respondo: sinceramente também gostaria de saber. Fui criada apenas sabendo meu primeiro nome: Valquíria. Minha mãe, só me permitia chamá-la de "mãe", então não sabia seu nome. Meu pai...