Oxley ficou maior que Sobek. Suas presas fofas que antes mediam a largura do meu dedão agora tinham mais de um palmo de cumprimento. Sua cabeça que antes eu conseguia circundar com minhas duas mãos, agora não tinha certeza se conseguiria com os dois braços inteiros. Sua atura era a de um cavalo de batalha e a maior de todas as mudanças: seu pelo desapareceu, dando lugar a escamas de dragão. Ele se tornou o maior, mais estranho e mais assustador gato que eu poderia pensar em imaginar.
Eu não conseguia falar! Estava muito impressionada com a nova forma de Oxley. Dante por outro lado se aproximava calmamente e totalmente à vontade.
— Eu disse que ele mudava de forma. – Dante lembrou, então voltou-se para Destiny – Chegou cedo, amigo.
"Não tinha nada melhor para fazer". – Destiny rebateu e para o espanto de todos os dois riram.
— Você conhece o lagarto velho? – Zack indagou para Dante.
— Quando ele nasceu, seus pais foram abatidos, passamos um tempo trabalhando juntos até que ele fosse forte o bastante para assumir seu lugar em Tân.
Senti Destiny sugar o ar forte pelas narinas, levantando meus cabelos.
"Esperto. Assegurou que a menina doce fosse sua". – Destiny comentou.
— Não pode me culpar. Sentiu uma única vez seu interior e veio correndo quando soube que ela ia à luta. – Dante ergueu uma sobrancelha para Destiny que bufou suas risadas.
— A menina doce, está bem aqui. Dá para não falar de mim na terceira pessoa? – Me manifestei.
Oxley veio para mim se esfregando e fazendo o seu prrruuu, mas agora não era fofo, era assustador! Olhei o gato me empurrando enquanto se passava e o segurei pela lateral tentando esfregar as mãos nele, mas as escamas atrapalhavam.
— Espero que não queira ficar no meu colo enquanto estiver desse tamanho. – Comentei e todos riram.
— Aria esta é sua nova arma. – Dante lhe estendeu uma lança inteiramente de metal.
Ela pegou rodou nas mãos e sorriu.
— É perfeita! – Ela admirou a arma.
— E um ótimo condutor elétrico. – Dante explicou – Quando ficar nervosa na batalha, deixe a eletricidade fluir pelo seu corpo e pela arma se sentir que precisa descarregar, aponte para os inimigos.
— Esse é o problema, guardião, eu não fico com raiva deles. Penso na situação lastimável em que vivem e sinto pena. – Ela contou.
— Não se preocupe, sei exatamente como deixá-la com raiva o bastante para torrar quantos estiverem no entorno. – Abri um sorriso maldoso e ela franziu as sobrancelhas para mim, mas não dei tempo para que me perguntasse, me voltando para Tânis – Chame sua mãe.
— O quê?! – Ele se surpreendeu com a minha ordem.
— Tânis. – Exalei – Essa deveria ser a sua preocupação como filho da terra, mas já que me lembrei primeiro, quero que pense no número de animais que vão morrer nessas montanhas se alguém não tirar eles de lá antes da guerra. Sei que você não tem poder o bastante para intuir todas a migrarem para um lugar seguro, então o melhor é chamar sua mãe.
— Que já ouviu sua recomendação e agradece por se preocupar com nossos amados filhos. – Otila me respondeu em pessoa, saindo do meio das árvores montada em um gato gigante fantástico, então olhou para Dante – Fico mais tranquila com o determinado ao ver quem é a escolhida, guardião.
— Os deuses não podiam simplesmente atender ao meu pedido, não é? – Ele exalou, pegando em seu cinto um punhal e se dirigindo para mim.
— O que pensa que vai fazer? – Tentei puxar minha mão quando Dante a segurou firme na dele puxando o punhal entre nossas palmas unidas, causando um fino corte em cada uma.
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Valquíria Mares
Random**** OBRA CONCLUÍDA **** Agora vocês perguntam: Quem é você? E eu respondo: sinceramente também gostaria de saber. Fui criada apenas sabendo meu primeiro nome: Valquíria. Minha mãe, só me permitia chamá-la de "mãe", então não sabia seu nome. Meu pai...