Doce Tortura

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" Todo mundo tem
suas dívidas na vida para pagar [...]
Eu sei que é o pecado de todo mundo
Você tem que perder para saber como ganhar [...]
Todas as coisas que você faz
voltam para você...

• Dream on, Jeff Gutt."

~ Dominic

Eu vou matar o Tyler.
Vou esquarteja-lo e fazê-lo desejar nunca ter existido. Sim, isso seria uma boa vingança.

Eu deveria estar comendo minha namorada de todas as formas possíveis agora mas estou aqui a caminho do bar mais pé raspado da cidade atrás do mais novo alcoólatra da família. A sorte desse miserável é que ele fez o mesmo por mim, senão estaria entregue aos lobos agora mesmo.

Ty tem estado um bagaço desde o dia que faltou o jantar dos velhos. Toda vez que entro no assunto sobre o que poderia estar acontecendo ele me afasta.

Cheguei a pensar que tinha sido o pé na bunda que nossa sócia lhe deu, mas comecei a crer que poderia ser algo pior depois que ele chegou bebado na MLCD algumas semanas atrás.

Encontro meu irmão jogado em uma mesa que mais estava deitada do que em pé. Desmaiado na própria baba. O barman estava sentado ao seu lado e quase todos os presentes se retirando aos poucos. Ainda são 19:40 mas o local já está quase vazio.

- Okay seu maldito porco, vamos embora.- digo pegando meu irmão- Obrigada por ligar Sr??

- Franco, pode me chamar assim. Não há de quê Sr. Não sei pelo que ele tem passado, mas pelo tanto que bebeu arrisco lhe dizer que ele está na merda.

- Bom, eu também diria. Tome -passo uma nota de 100 para ele e meu cartão- Você fez um ótimo trabalho. Na próxima vez que o vir entrar por aquela porta, quero que me ligue imediatamente, tudo bem?

- Sim senhor- ele diz sorrindo, o garoto deve ter por volta de seus 23 anos- pode deixar comigo.

Coloco Tyler no banco de trás e faço o caminho até minha casa. Chegando lá, jogo lhe debaixo do chuveiro o que o faz despertar imediatamente.

- Mas que... Dom porra, você quer me matar?

A voz carregada não negava sua recente ressaca.

- Não, você quem está se matando. Eu estou apenas lhe salvando da morte. Agora vamos, limpe esse fedor de você.

Resmungando Tyler passa o sabonete todo mal passado e lava os cabelos. Ajudo-lhe a chegar até o sofá na sala para uma conversa. Dou-lhe um comprimido para ressaca e um copo de suco de laranja gelado. Sento-me na sua frente e começo.

- Olha irmão , não estou nem aí se você quiser sair para vadiar, beber e comer todas as mulheres que você ver na sua frente. É sua vida e você faz o que quiser. Mas tem duas coisas que eu não consigo entender e preciso que você me diga. Primeiro: porque diabos você chegou bebado na empresa e Segundo: como caralho eu tenho que lidar com uma ligação do pai pedindo pra buscar você desmaiado num bar?

Ele bufa como quem não quer ouvir mais um sermão.

- Você é a última pessoa que poderia falar comigo sobre estar bebado em bares da cidade.

- Muito pelo contrário Tyler. Eu sou exatamente a pessoa que pode falar com você sobre isso. Eu nunca lhe escondi o motivo de ter feito o que fiz, você pelo contrário tem escondido feito criança.

- Não me fale em criança Dom, não fale essa palavra agora.

- O que? O que você tem Tyler?

- Eu vou ser pai porra - ele grita- É isso que eu tenho. Eu estou esperando um filho de uma pessoa que eu não via a mais de 15 anos caralho.