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Acordo assustada ouvindo um som vindo lá de baixo.  Pego meu celular e olho a horas. Caramba! Já são seis horas da tarde.

A melodia que me acordou era, digamos assim, dolorosa, me causava um certo remorso, eu tinha quase certeza que estava sendo tocada num piano.
Vou até o banheiro, escovo os dentes rapidamente e busco no closet um biquíni, de jeito nenhum iria deixar passar aquele lago.

 Vou até o banheiro, escovo os dentes rapidamente e busco no closet um biquíni, de jeito nenhum iria deixar passar aquele lago

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Joguei meu robe rosé por cima, peguei meu celular e desci a procura da origem daquela melodia.

No fim da escada percebo que a música vinha da lateral da casa, sigo o som e encontro Dominic sentado na frente de um piano preto. Ele parecia perdido em pensamentos.

Seu olhar voltado para a paisagem que a janela de vidro lhe proporcionava e seus músculos estavam tensos, era quase como se aquela música estive lhe causando dor.

Me aproximo dele querendo saber se estava bem, a forma como ele parecia perdido me incomodou. Percebo o celular dele vibrando em cima do banco que estava sentado, mas ele parece nem ligar.

- Não sabia que tocava piano. Está tudo bem?

- Porque não estaria?- ele nem se dá ao trabalho de olhar para mim, os olhos estavam fixos no mesmo lugar.

- Você está tenso e sua música está meia... sei lá, triste?

- Estou apenas tocando. Deseja algo ou só veio me encher o saco mesmo?

- Não tive essa intenção. - o celular dele vibra freneticamente e aquilo já estava me dando nos nervos - não vai atender? Pelo desespero da pessoa pode ser importante.

- Você tem a mania ridícula de se meter em assuntos que não lhe diz respeito não é Lins?

Que mal humor da porra, eu hein! O cara me trás a um lugar desse, diz pra curtir o momento e poucas horas depois volta a ser apenas o babaca de antes. Que vá a merda!

- Vai se foder Miller, fique aí com seu humor de merda.

Me retiro da sala e vou até a cozinha. Peguei o restante do vinho e a pequena caixinha que tocava no almoço e segui o meu destino inicial. O lago, o vinho e uma boa música com certeza seria melhor que a companhia daquele babaca arrogante.

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Na beira do lago, tiro meu robe e coloco a caixinha em cima dela. Conecto meu celular ao bluetooth do aparelho e deixo tocando aleatoriamente. Tomo uma taça de vinho para esquentar o sangue. Aquele seria meu momento de paz, ninguém iria atrapalhar!

Doce TorturaOnde histórias criam vida. Descubra agora