Doce Tortura

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Booooa tarde meus amores? Tudo na paz? Espero que sim. Aí vem mais uma porção de tortura pra vocês. Espero que gostem! Beijos e até o próximo minhas amoras❤️❤️❤️

✨✨✨✨✨

Eu estava fascinada!
E não tinha nada haver com o quão bom de sexo ele era e sim com o quanto eu queria fazer aquilo novamente. Isso me assustou pra cacete. Geralmente eu não queria mais nem saber.

Dominic era o que eu chamaria de Grande e fodido problema. Eu sabia disso, sabia dos riscos e mesmo assim não resisti. A nuvem de confusão dentro da minha mente só crescia. Um misto de sensações que eu não sabia explicar.

Há muito tempo eu não me sentia assim com alguém. Essa mistura de calma e perigo. De raiva e desejo. O palpitar nervoso no peito. Adrenalina em sua forma mais ardente. É como se eu fosse virgem novamente. Desde que descobri a casualidade, me ancorei no sexo, mas não seria assim por uma vida toda. Eu sabia que uma hora ou outra isso poderia complicar.

Controlar meu coração foi uma missão quase impossível depois do primeiro amor. Saber que ele reagiu nessa noite era no mínimo estranho.  Minha mente está dando sinal em led para que eu me afaste e eu preciso ouvi-lo antes que a carência me faça ver coisas onde não tem.

O sexo alucinante acabou algum tempo atrás e meu sócio estava nesse momento com o braço em volta de minha cintura, segurando-me como se tivesse medo que eu fugisse.

A respiração leve me indicava que ele já estava dormindo e eu não conseguia parar de pensar no que porra estava acontecendo comigo.

Eu não acreditava no Miller, mas acreditava no que meu corpo sentia. Trav sempre me fez muito bem, me deu prazer, mas não chegava perto do que aconteceu aqui. Droga, nem o David chegou. Pensar sobre esses absurdos me irritou. Que merda esse lugar estava fazendo comigo?

Desvio devagar dos braços do loiro ao meu lado e vou ao banheiro. Preciso de um banho quente. Olho no celular e já são pouco mais das 2 da manhã. Resolvo mandar uma mensagem para Kate para saber onde ela está. Sinto falta da minha amiga e tenho certeza que ela está no décimo sono nesse momento mas preciso falar com ela.

Mando um texto falando sobre o final de semana. Eu precisava dizer a ela que transei com ele, precisava dizer que eu estava no cu da cobra e que tinha feito o sexo mais incrível da minha vida com o babaca que trabalha comigo, mas não assim, não por mensagem.

Deixo o celular de lado e entro no chuveiro de cabeça baixa. Fecho os olhos. A água quente batendo na minha pele nua e minha mente viajando.

Okay Lisa. Vamos fazer o seguinte, você vai transar com ele e aproveitar cada minuto disso. Amanhã, quando sair daqui, vai voltar a ser quem era. Nem pense nessa merda, você não pode voltar a sentir algo e muito menos por alguém feito Dominic. Isso foi puro fogo no rabo. Lembre-se do David e da promessa que fez a si mesma.

Involuntariamente toco minha barriga.

- Posso me juntar a dama?- abro os olhos assustada e retiro a mão do local. A voz dele já é reconhecível até demais pra mim.

- Não posso ter um momento a sós?- respondo sem olhar para ele.

- Você está bem? Lá fora, eu vi um lado seu que não esperava ver por tão cedo. Quer falar sobre isso?

- Você quer falar sobre o que houve quando estava no piano?

Olho para ele. O corpo malhado totalmente nu. A pele pouco bronzeada que, geralmente, não me atraía. A barba cheia e os cabelos loiros bagunçados na testa. Que droga que esse homem tem que me deixa tão excitada?

Não seja ridícula Lisa, ele foi esculpido na beleza, a obra de arte do diabo, claro que seria gostoso assim.

- Acho que iremos somente tomar um banho.

Responde se aproximando de mim, tocando meu cabelo e levantando minha cabeça.

- Você é a mulher mais sexy que eu já conheci. Não consigo explicar porque, mas quero estar dentro de você novamente.

- Temos uma noite toda devil.

- Você vai insistir nesse apelido ridículo?

- Diz o homem que me chama de abelhinha.

- Você tem gosto de mel- dá de ombros e contorna meu lábios. A água caindo entre nós dois e meus olhos na sua boca.- Eu com certeza amaria você se eu acreditasse nisso, Lisa.

Aquela frase dele eu conhecia bastante. Deixei de acreditar quando fui quebrada e algo me disse que ele tinha seu trauma também, talvez a pessoa que o irritou no almoço aquele dia, quem sabe?!

Coloco a mão na sua nuca puxando-o para mim e como ferro e imã, nossas bocas se unem mais uma vez pra dar continuidade a uma longa noite de sexo selvagem.

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Duas horas depois eu e Dominic estamos deitados ofegantes olhando para o teto. A dúvida pairando sobre minha cabeça fez com que minha boca falasse tão rápido quanto eu pude assimilar.

- Porque você disse aquilo?

- Aquilo o quê?

- Sobre me amar. Não acho que seja necessário trazer um sentimento que não existe para o que fizemos.

Ele se vira pra mim.

- Conte sua história Lins, porque ficou tão fria?

Dou de ombros.

- A vida não é um conto de fadas.

- Esse lugar te fez acreditar que podia amar novamente? Porque quando me fez aquela pergunta, naquele momento do lago, eu vi em seus olhos uma luz, algo como se você estivesse tão vazia que seu coração lutava para que você sentisse algo.

- Não acho essa conversa pertinente. Amanhã voltaremos a ser apenas Miller e Lins, não precisamos fingir que isso importa.

- Talvez isso não acabe aqui. Talvez uma noite não tenha sido o suficiente como planejamos.

Me viro para ele, as íris azuis refletindo uma dúvida interna.

- Sem chances. Estávamos num estado que todos ao redor sentia a tensão sexual, nada do que aconteceu aqui deve prosseguir lá, okay? Apenas, não dá pra conciliar.

- Acredito que seja tarde demais para isso Lins, nos temos algo. Cada vez que estamos perto um do outro, tudo vira chama ao redor.

- Você está se ouvindo?

Dominic para por alguns segundos. Reflete e coça a barba.

- Tem razão. Isso não foi o combinado. Segunda feira seremos os sócios que deveríamos ser, mas hoje, hoje eu quero seu corpo aqui coladinho ao meu e de manhã terei minha última porção de você.

- Para mim parece uma ótima despedida.

- Negócio fechado.

Fecho os olhos e respiro tranquilamente. Talvez Dominic não seja tão babaca quanto eu pensava.