Doce Tortura

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Oi meus beberes. Vou deixar esse capítulo bem caprichado para que vocês passem o final de semana animadas. Estou com reforma em casa e com toda a correria pode ser que eu demore um pouco de postar o próximo. Espero que me entendam e que não desistam desses dois beberes. ❤️🥰 Obrigada pelas interações aqui e no grupo. Beijos meus corações, tenham um ótimo dia e um maravilhoso final de semana😍
✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨

"Você pode pegar tudo o que tenho
Você pode quebrar tudo o que sou
Como se eu fosse feita de vidro
Como se eu fosse feita de papel
Vá em frente e tente me derrubar
Eu vou me levantar do chão.

• Skyscraper, Demi Lovato."

~ Dominic

...5 anos atrás....

- Mais uma dose Rony.

- Dom, você já bebeu o litro todo. Não acha que deveria ir pra casa?

- Não, eu não acho. Você deveria cuidar da sua própria vida e fazer seu trabalho me servindo mais uma dose.

Observo os olhos carregados de Ira e decepção da mulher a minha frente. Eu gostava da Rony, eu podia falar com ela sobre o que quisesse e ela não julgava, não perguntava detalhes e o melhor de tudo, não fazia parte do meu passado estupido.

- Quer saber... Foda- se Dominic, você fica toda noite se lamentando por lá sei o que. Vem até aqui, bebe até ficar pior que caras caídos no beco lá atrás , fode qualquer mulher que se aproxime de você e depois volta pra beber mais. Eu estou cansada de ouvir você se lamentando, você sofreu um acidente e eu entendo que tenha sido traumático, mas eu não vou ficar aqui dia após dia vendo você se matar se você nem sequer me fala o que ainda esconde sobre aquele dia. Quer mais uma dose? Levante e sirva porque meu horário de expediente acabou uma hora atrás.

Ela joga a pequena flanela no balcão e sai irritada. Eu a sigo, claro que o faço. Era a única pessoa que eu conversava há meses,  fora Tyler quando se forçava para dentro da minha casa. Estar com ela me fazia esquecer a dor e apesar de achar que era errado ela passar do horário só para me servir eu apreciava aquilo. Não queria voltar para meus pesadelos.

-Rony espera. Me desculpe eu não...

- Você quis sim Dom. Você tem sido esse pedaço de merda há 5 meses. Desde que entrou pela porta só tem se escondido atrás de bebidas e submissas. Eu tenho estado aqui desde que te vi caído no balcão aquele dia, tenho conversado com você e te escutado. Droga cara, eu te levei para casa milhões de vezes apagado....será que não percebe?

Escuto todo seu desabafo sabendo que tudo que ela dizia era verdade. Eu não podia negar.

- Percebo o que?

Verônica se aproxima de mim e toca meu rosto. Seus olhos indo de irritados para calmos e carinhosos. Não! Não faça isso, não se entregue ao diabo.

- Eu estou fazendo isso por você Dom. Eu quero que fique bem. Eu....acho que te amo.

- Não Rony, você não pode me amar eu...- me afasto sentindo as mãos começarem a soar. Ela me pegou de surpresa. O medo latejando no peito e o lampejo de raiva crescendo. Aí estava o meu lado podre que adorava a situação.

- Shiii... está tudo bem, fique calmo. Não estou pedindo que me ame de volta imediatamente. Eu posso conquistar isso. Estou pedindo que pare de fazer isso consigo mesmo. Eu não aguento mais te ver assim. Olha só pra você, não se barbeia tem o que? Meses? Seu cabelo está enorme. Quanto tempo faz desde que se cuidou?

Olho para ela analisando a delicadeza que tem ao tocar meu rosto e falar todas aquelas palavras. Estou olhando fixo para seu rosto. Não sabia o que fazer, só sabia que queria botar toda aquela tensão pra fora e só havia dois jeitos de fazer isso. A bebida já foi...