LOVE AND HATE

Capítulo 18

[Victor Augusto]

Limpei a mesa com todas as minhas coisas do trabalho deixando-as no escritório. Resolvi trabalhar aqui na cozinha hoje para ver Bárbara voltando. Eu estava nervoso e ansioso, com um certo medo dela me deixar. Sim, eu estava com medo da mulher que mais quis me livrar, talvez desistir do acordo e me deixar. Isso era fodido.
Quando a pizza chegou, já estávamos acomodados no sofá assistindo a um programa sobre casas, tomando um vinho que abri para nós. Estranhamente, estar aqui com ela, assistindo a um programa besta com um cobertor sobre nós tinha se tornado melhor do que bares e mulheres no fim da noite. Bárbara estava criticando a forma como decoraram a casa, mas meu olhos estavam vidrados em sua boca. Acompanhava cada movimento, quase como em câmera lenta, seu peito subindo e descendo naquela blusa de botões que poderia ser facilmente tirada. O interfone me tirou do transe.
Victor: nosso jantar chegou — falei indo até a porta para pegar.
Voltei deixando a caixa no balcão da cozinha e trazendo duas fatias em cada prato — aqui, segura. Quer mais vinho?
Babi: não, ja bebi demais — disse rindo, seu rosto estava um pouco vermelho. Ela ficava assim quando tomava vinho, era sexy de algum jeito. Inferno, ultimamente eu estava achando tudo nela sexy.
Cada um de nós comemos uma terceira fatia, me surpreendi um pouco com ela. A pizza era enorme e bem recheada. Quando terminamos, levei os pratos até a pia e voltei para a sala. Bárbara estava com os olhos fechados e um sorriso de satisfação nos lábios com a cabeça encostada no sofá. Eu estava em pé, parado na porta a observando. Todos os dias me pergunto se isso realmente está dando certo, e por quanto tempo vai durar. Sem respostas concretas, a única coisa que eu sabia, de fato, é que eu gosto de estar com ela.
Voltei para o sofá, agora mais perto de seu corpo. A coberta estava sobre nos dois, com cuidado, movi meus dedos sob a pele fina de seu joelho, subindo devagar até metade de sua coxa. Os olhos dela me encararam como se estivesse quase se rendendo, eu sabia o que meu toque provocava nela.

Sorri olhando para seus lábios sendo mordidos.
Quando percebi, Bárbara estava no meu colo. Em um movimento rápido, mas que incendiou todo aquele cômodo, antes frio.
Ela inclinou-se para frente, colocando nossos lábios a milímetros de distância e seu quadril completamente encaixado em mim.
Sem nenhum controle, acabei com nossa distância. Tomei sua boca contra a minha começando suavemente, para não deixar ela recuar, eu não tinha ideia do quanto ela ainda podia estar com raiva pela noite passada. Quando seu corpo relaxou contra o meu, nossas línguas estavam mais rápidas. Chupei seus lábios devagar, deixando um mordida antes de solta-los.
O minúsculo gemido de satisfação de Bárbara fez meu orgulho inchar, pra não dizer outras coisas. Ficando um pouco ousada, ela se remexeu em meu colo, fazendo com que minhas mãos descessem instantaneamente para sua cintura e logo depois para seus quadris enquanto o beijo ganhava um ritmo mais acelerado. Ela se apertou contra mim, rebolando devagar. Com minha cabeça jogada para trás, duas coisas eram inevitáveis nesse momento: meu gemido e inchaço. Ela estava me deixando duro.
Tirando minha boca da dela, olhei seus olhos inundados de tesão. Seu rosto a entregava, completamente ruborizado. Seus peito subia e descia naquela camiseta de botões tentadora. Ela era linda assim, queria vê-la mais vezes assim.
Babi: o que foi? — perguntou um pouco sem fôlego.
Victor: eu só estava pensando. Talvez eu possa ser útil — respondi, ajeitando seu corpo quente em cima da minha ereção — para de ser tão orgulhosa assim, Babi.