Capítulo 33

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[Victor Augusto]

Nunca fiz o caminho de casa tão rápido quanto agora. Meus olhos se prenderam em Bárbara diversas vezes no caminho, e ela sempre me olhava com aquele sorriso que me deixava louco. Minha mão caiu para sua perna, alisando seu joelho e subindo devagar até a base de sua coxa onde estava a fenda de seu vestido.
Quando chegamos, Bárbara foi na frente até o elevador enquanto eu estacionava o carro. Caminhando até ela, percebi que havia acabado de soltar as portas. O elevador ia subir sem mim. Em um movimento rápido, consegui entrar indo direto até Bárbara.
Victor: você não acha que já correu tempo demais de mim, floco de neve? — falei, em seguida as portas se fecharam e com firmeza a beijei. Duramente contra o espelho do elevador, a peguei no colo envolvendo minhas mãos em sua bunda.
Sua boca macia e gostosa me beijava tentando seguir o ritmo acelerado que estava. Eu queria tanto ela, como se já tivesse se passado tempo demais desde nossa ultima foda. Quando na verdade, haviam se passado poucas horas desde a última vez que tive seu corpo colado ao meu. O que ela estava fazendo comigo?
As portas do elevador se abriram e eu não me dei o trabalho de deixa-la descer de mim. Abrindo a porta do apartamento com agilidade indo direto para a sala, me deitei por cima de seu lindo corpo quando a joguei no sofá. A luz da lua imensa no céu iluminava todo o lugar com a porta de vidro permitindo isso, sem mesmo precisar da ajuda da lâmpada de luz.
Barbara estava agora sob meu colo enquanto minha língua deslizava sob sua pele fina do pescoço.

Victor: eu quero te ter em todos os cantos dessa casa, em cada cômodo que puder — sussurrei em seu ouvido, a cabeça dela caiu para trás com seu peito arfando. Ela era linda assim — começando por aqui. Quero te foder contra aquela porta de vidro, para que a cidade inteira veja e saiba que você é minha.
Nossos olhares se encontraram ali, sob a pouca escuridão. Eu conseguia ver mesmo assim a intensidade de seu olhar, sua boca se abrindo. Eu sabia que esse também era seu desejo. Ela me surpreendia a cada dia, me mostrando uma Bárbara que eu nunca imaginaria estar conhecendo. Ousada e sem medo de nada. Minha perdição.
Com cuidado desci o zíper de seu vestido, retirando de seu corpo. Sem sutiã, e claro, sem a calcinha que eu havia tirado antes. Isso com certeza adiantou meu trabalho. Deitei-a novamente no sofá observando aquele corpo ridiculamente sexy diante de mim. Ela me olhava atenta, como se quisesse prever meus próximos movimentos. A surpreendi quando ao invés de me despir, me aproximei se seus lábios e os beijei de novo. Depois trilhando o caminho para meu paraíso. Pescoço, seios, barriga e sua intimidade. Beijei delicadamente fazendo-a estremecer. Depois disso, tirei minha roupa e a tive ali, com a lua iluminando nossos corpos unidos, se tornando quase um só. Com movimentos lentos, Bárbara parecia estar em transe. Gemia meu nome com uma voz rouca, que me deixava fascinado.
Levei-a a explosões de prazer mais de duas vezes ali, depois de horas juntos. Eu não me cansava de ver como ela parecia ainda mais bonita quando atingia seu ápice.

Adormecemos nus, no meu sofá, meu braço como um ferro em volta dela.
Acordei com uma ligação de Marcos. Relutantemente, me levantei sem acordar Bárbara. Caminhei até o bolso de minha calça onde estava o celular. Não cheguei a tempo para conseguir atender.
Ainda eram quase 9 da manhã, lembrei-me da hora que conseguimos finalmente dormir. O dia já estava quase amanhecendo, sorri sozinho. Subi ate meu quarto para tomar um banho, mas antes tratei de pegar uma coberta e deixar sob o corpo de Bárbara. Admirei-a por mais alguns segundos antes de subir novamente.
Terminando o banho minutos mais tarde, retornei a ligação de Marcos. Espero que seja importante para esse retardado ter me acordado tão cedo.

Call on • Marcos:

Victor: o que queria?
Marcos: bom dia, meu querido amigo. Como vai?
Victor: para de viadagem, diz logo.
Marcos: me encontre para um almoço, tenho bons assuntos para resolver com você. Está livre?
Victor: 11:00 horas no restaurante perto do escritório.


call off

Não faço ideia do que ele queria falar, mas parecia importante.
Fiz um café para eu e Bárbara, quando estava pronto, coloquei em uma caneca e levei até ela. Estava doce do jeito que ela gostava.
Victor: floco de neve? Já são dez horas — sussurrei em seu ouvido, ganhando um sorriso preguiçoso dela.
Babi: porque me deixou dormir demais? — ela se levantou, cobrindo-se com o cobertor. Pegou a caneca de minhas mãos tomando um gole.
Victor: achei que estivesse cansada depois de nossa noite, eu teria ficado até agora aqui com você — meus dedos tocaram seu rosto suavemente, retirando a mecha escura de cabelo que cobria seu olho.
Babi: e porque não ficou?
Encarei seu rosto tímido e confuso. Ela era linda quando acordava. Sem maquiagem alguma, apenas ela.
Victor: trabalho. Marcos quer que eu almoce com ele para conversarmos provavelmente sobre as ultimas transações da empresa — ela assentiu, bebendo mais do café — vou me arrumar e volto logo depois, ok? Não me esqueci sobre levar Marcia para caminhar. Chegarei antes do horário que marcamos com ela.
Mais uma vez Bárbara só assentiu, agora com um sorriso bobo nos lábios. Entendi como um convite, pois logo em seguida a beijei. Suave e terno. Ultimamente era tudo que eu conseguia ser com ela. Ela estava me mudando de tantos jeitos que me assustava. Mais do que meus sentimentos por ela.

Mais tarde, encontrei Marcos no restaurante como combinamos. Como suspeitava, seus assuntos eram exatamente sobre o que eu pensava. Conversamos por mais de uma hora sobre a empresa e seus negócios. Até a conversa tomar rumos pessoais.
Marcos me encarava com seu copo de uísque em mãos, me estudando.
Victor: cospe logo, Mob — falei impaciente.
Seu copo bateu sob a mesma quando ele ameaçou dizer algo, mas recuou.
Marcos: você está gostando dela — disse com um sorriso debochado nos lábios — eu sabia que isso aconteceria. O que eu não sabia que seria em tão pouco tempo.
Revirei meus olhos para seu convencimento.
Victor: a única coisa que posso admitir é que me surpreendi com ela — bebi um gole do mesmo uique que ele estava em mãos, me lembrando de tudo que eu havia passado com Bárbara nas últimas semanas, principalmente nas últimas horas quando um sorriso me escapou dos lábios — ela é bem mais do que eu imaginava.
Marcos: sinto que em breve perderemos mais um soldado.
Victor: não se apresse, idiota.
Marcos: eu espero que ela saiba de seu, hum, passado conturbado.
Victor: ela sabe sobre minha família — encarei seu rosto se fechando.
Marcos: não era exatamente dessa parte conturbada que me referi.
Engoli seco. Essa era a parte que eu odiava ter que me lembrar.
Victor: Bárbara não precisa saber sobre ela — minha voz era firme. Não havia espaço sobre qualquer discussão.
Marcos: não vai conseguir deixar isso guardado por muito tempo, Victor — ele se levantou deixando um nota de 100 sobre a mesa — sabe disso.
E saiu, me deixando imerso em pensamentos que eu não estava nem um pouco feliz em ter que desenterrar.

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