[Victor Augusto]
Acordei escutando sussurros. Algo pinicando meu nariz. Forcei-me a abrir os olhos vendo que o que estava me fazendo coçar o nariz eram os cabelos de Bárbara.
Babi: bom dia, bela adormecida — disse rindo — aproveitando que acordou, você poderia finalmente me deixar levantar? Seu corpo não me deixou sair.
Olhei para baixo percebendo que ela tinha razão. Eu estava abraçado em Bárbara, tão firme que fiquei surpreso por não estar a machucando. Cada centímetro meu tocava seu corpo, inclusive meu membro, que estava ridiculamente acordado. Absolutamente ereto e desesperado por alívio. Ele estava pressionado na bunda de Bárbara. Sorrindo, enterrei meu rosto novamente no pescoço dela, estranhando como era bom e natural acordar assim com ela.
Victor: eu estava dormindo, não consigo controlar — respondi abafado.
Babi: me solte logo, sr. Augusto! — ela ainda ria da situação.
Beijei seu pescoço, sentindo sua pele arrepiar. Era bem melhor que os tremores da noite passada.
Assim que ela parou de rir, virei seu corpo para mim, ficando em cima dela. Beijei-a forte, precisando de seus lábios. Depois de alguns segundos, recuei respirando pesado.
Victor: você está me matando — reclamei, deixando a cama.
Babi: eu estava dormindo — disse protestando, se levantando logo em seguida — dormindo...
Victor: você é muito boa — falei puxando seu corpo de costas para mim, pressionando minha ereção nela — jesus, Bárbara. Pare com esse jogo duro, se renda logo a mim.
Deixei seu corpo seguindo para o banheiro. Mas me virei antes que a perdesse de vista.
Victor: ou melhor. Lute! Lute com unhas e dentes contra essa aposta, isso vai tornar mais prazeroso quando você finalmente ceder — pisquei a deixando ali, parada.
Mas ela ainda estava sorrindo.
E não disse nenhum não.
Depois de um banho frio, desci pra tomar café. Bárbara já tinha deixado minha caneca separada no balcão.
Victor: conseguiu dormir essa noite? — perguntei, me sentado de frente para ela que ainda esperava seu café ficar pronto, encostada na pia.Babi: por incrível que pareça sim.
Victor: devo levar isso como um insulto? — perguntei arqueando minhas sobrancelhas. Ela riu se virando para a cafeteira. Dali, tive uma boa visão de sua bunda naquele short quase transparente de pijama.
Engoli seco.
Babi: hoje é terça — disse vindo até a mim, parecia preocupada.
Victor: o que tem?
Babi: hum, você disse que... — eu havia esquecido. Hoje era o dia que eu precisaria levar dona Marcia para a festa em seu asilo.
Victor: sim. Não se preocupe. Vou levar ela como prometido — sorri, quando seu olhar preocupado amenizou.
Babi: obrigada. Eu devo voltar antes, talvez consigo passar lá antes que termine.
Victor: é uma boa ideia. Vou pro escritório agora — me levantei, indo até ela. Beijei sua testa carinhosamente, foi um gesto natural. Eu só... fiz.
Babi: você está ficando bonzinho agora — debochou rindo.
Victor: tudo culpa sua.
Seu riso cessou, ela me olhava admirada. Nossos olhos vidrados um no outro.
Babi: eu sei.Depois que acabei de transferir todos os arquivos pendentes pro meu email. Desliguei tudo e segui para o asilo de Marcia.
Chegando lá, encontrei a cuidadora de Marcia me esperando.
Tami: boa noite, senhor Augusto — cumprimentei-a, ela fez sinal para que eu a seguisse — dona Marcia está um pouco triste hoje. Acordou assim. Ela esta ali.
Seguindo seu dedo, vi Marcia sentada no canto daquele espaço grande e iluminado. Parecia irritada com algo, mas quando me aproximei sua expressão tornou-se outra.
Victor: boa noite, dona Marcia. Como está? — falei pegando sua mão.
Marcia: não esperava te ver por aqui, onde está Bárbara?
Victor: ela está ocupada, mas me pediu para que eu a acompanhasse hoje noite. Gosta de dançar?
Ela assentiu, se levantando. Levei ela até o centro daquele salão, onde outras pessoas já dançavam.
Marcia: é melhor você não pisar no meu pé, Guto.
Paralisei. Fazia tempo que não escutava esse apelido. Era como se eu estivesse em um momento nostálgico.
Victor: me desculpe, do que me chamou?
Marcia: Augusto. Não é seu segundo nome? Você disse quando... — confuso, eu a interrompi.
Victor: é sim. Victor Augusto.
Depois disso, percebi que Marcia era uma dançarina nata. Ela quem comandou nosso ritmo, em todas as 5 musicas que tocou. Apesar de sua idade e condição, ela parecia jovem quando dançava. Como Bárbara. As duas tinham uma leveza de invejar, era bom dançar com elas.
Quando ela se cansou, nos sentamos em uma mesa perto da pista. Não havia bebida alcoólica. Obvio. Mas a comida era boa, enquanto comíamos, Marcia me contava casos das pessoas daquele asilo. Cada um mais engraçado que outro. Não percebi quando passou quase 4 horas desde que eu havia chegado.Babi: oi, está tudo bem? — os olhos de Marcia brilharam quando viram Babi em sua frente.
Marcia: minha menina. Porque demorou tanto? — disse a abraçando — seu amigo é engraçado e dança melhor que você.
Eu as observava, vidrado em Bárbara enquanto ela ria indignada. Ela estava ainda com as roupas da aula de yoga. A legging que estava marcava suas coxas e pernas perfeitamente desenhadas. O casaco que ela usava estava aberto até a metade, revelando seu topper por baixo, seu peito subia e descia quando nossos olhos se encontraram.
Babi: obrigada — disse como um sussurro. Apenas sorri.
Mais tarde, deixamos Marcia em seu quarto.
Victor: veio andando? — perguntei, caminhando ao lado de Bárbara.
Babi: sempre vim.
Victor: por isso sempre foi magrinha assim — brinquei, ganhando o olhar mortífero de Bárbara — e gostosa.
Voltamos para casa, estava escura e fria. Barbara foi na frente, deixando sua bolsa na mesa.
Babi: vou tomar um banho — disse, ainda no escuro.
Victor: porque está me falando isso?
Acendi as luzes, encarando seu rosto atrevido.
Babi: para o caso de você querer vir junto.
Seu sorriso depois de seu convite me incendiou. Ela era uma caixinha de surpresas, e eu estava doido para entende-la por completo. Começando por seu corpo.
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LOVE AND HATE
FanfictionVictor é um arrogante bem sucedido que trabalha pra uma grande empresa de administração. Depois de anos sendo passado para trás, a grande oportunidade de se vingar de seu antigo chefe o cega da razão. Ele precisaria confiar na pessoa que mais d...