Capítulo 36

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[Barbara Passos]

Resolvi todas as coisas, eu estava tão preocupada com Marcia e o que poderia vir depois, mas quando Victor apareceu aqui, foi como se eu soubesse que tinha outra pessoa para me escorar quando tudo desabasse em algum momento.
Entrei no quarto de Marcia encontrando os dois conversando, riam tanto que nem notaram minha presença bem ali atrás. O jeito que se falavam eram como se já se conhecessem ha anos. Encostada ainda na porta, eu só olhava para eles ali, sorrindo. Queria congelar aquele momento. Só pra guardar exatamente cada detalhe na mente. A mulher que mais admiro e amo nessa vida, junto com o homem que me ensinou sobre tanto, mesmo que nem tenha percebido isso. E que, em algum momento, se tornou meu melhor amigo e... quem eu estava perdidamente apaixonada.
Limpei a garganta fazendo-os olhar finalmente para mim.
Babi: tudo bem aqui? — me aproximei — achei que estivesse cansada.
Me sentei ao lado de Marcia deitando em seu colo.
Babi: você me deu um baita susto, ouviu?
Suas mãos vieram para meus cabelos, penteado com os dedos suavemente. Fechei meus olhos desfrutando aquele momento. Sabendo que os olhos de Victor estavam sob mim, como um artista olha para sua obra.
Um tempo depois, resolvemos deixar Marcia dormir e seguir a ordem de seu médico: descansar.
Mesmo que eu quisesse estar ali, a vigiando caso aconteça alguma coisa. Mas eu sabia que isso a deixaria chateada, ela me pediu diversas vezes para não me preocupar. Decidi a obedecer, mesmo que relutantemente.
Voltando para casa, dentro do carro, Victor segurou minha mão. Olhei para seu rosto pegando seu sorriso.
Victor: ela está bem, só relaxe um pouco, ok? — disse levando sua mão ao meu rosto, passando seus dedos sob minha pele suavemente.
Assenti, voltando meu olhar parar a janela.
Minutos depois já estávamos em casa novamente. Victor ainda não havia subido. Caminhando até o balcão da cozinha, notei um buquê exageradamente bonito. O perfume das rosas estavam divinamente impregnado na cozinha. Eram lindas, na cor amarelo. Minha rosa preferida.

Pegando aquele buquê imenso nos braços me virei parar a porta pegando o olhar de Victor em mim. Estava encostado na parede, atento a cada movimento meu.
Victor: gostou? — seus lábios se curvaram em um sorriso.
Babi: são pra mim? — perguntei, com meus rosto enfiado dentro do buquê. Meu nariz não conseguia sair de perto daquelas rosas.
Victor: você é minha esposa? — disse se aproximando. Ruborizada, assenti — então são para você.
Babi: como sabia minhas favoritas?
Pude escutar um riso baixo enquanto ele subia as mangas de sua camisa, indo em direção dos armários.
Victor: eu moro com você tempo suficiente para conhecer seus gostos, floco de neve — pegando algumas coisas na geladeira e no armário ele se virou parar mim — suba e tome um banho na banheira do nosso quarto. O jantar é por minha conta hoje.
"Nosso quarto". Quando que o quarto dele, virou nosso? Deixei o buque dentro do vaso da sala e fiz o que ele pediu. Preparei a água com um sabonete cheiroso, a água estava quentinha. Tirei meu roupão, deitei na banheira apoiando minha cabeça na sua borda para que meus cabelos não molhassem. Fechei meus olhos e deixei finalmente meu corpo e mente relaxarem.


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