Capítulo 32

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(contém conteúdo +16)

[Barbara Passos]


Victor me levou para um lugar extremamente chique. Me senti estranha ali, mas logo sua mão em minhas costas, me guiando para uma mesa que ele havia reservado para nós dois em um canto, pouco iluminada me fizeram esquecer do resto. Com ele sentado bem a minha frente, por alguns segundos me senti como uma adolescente tendo seu primeiro encontro. Ele me encarava com seu copo de vinho em mãos. Seu olhar percorria desde meu rosto até o decote que meu vestido tinha.
Babi: tem como você ser menos pervertido? Estamos em um restaurante lotado, Victor. As pessoas olham — ele curvou seus lábios em um sorriso malicioso.
Eu me perguntei o que estava se passando em sua mente agora, quando ele desceu suas mãos para debaixo da mesa. Em um movimento rápido minha cadeira foi puxada para ainda mais perto da mesa. Senti as mãos de Victor deslizarem por meu tornozelo até chegarem até o começo da minha coxa alcançando a barra do vestido que eu estava. Por cima da mesa, encarei confusa o olhar de Victor sob mim. Ele ainda tinha em seus lábios aquele sorriso ridículo de quem sabia exatamente do que estava fazendo.
Der repente, os dedos de Victor subiram meu vestido, tocando minha calcinha. Arregalei os olhos, ele não podia estar fazendo isso. Não aqui.
Senti o toque quente de seus dedos quando ele empurrou minha calcinha para o lado. Me penetrou devagar, atento às minhas expressões por cima da mesa. Agradeci zilhões de vezes por estarmos afastados das outras meses, era inevitável segurar os gemidos que escapavam da minha boca. ele acelerou, me deixando com a respiração descontrolada. Eu achava que não tinha jeito daquela situação piorar. Me enganei. Quando o sorriso de Victor se abriu mais ainda, percebi o garçom se aproximar. Ele tratou de deslizar minha calcinha para baixo, quando fingiu mexer no sapato. Guardando-a dentro do bolso interno de seu blazer.

O ar gelado em contato com minha intimidade desnuda me fez arrepiar. Victor alisava minha mão por cima da mesa enquanto fazia os pedidos. Os dedos que antes estavam dentro de mim, agora estavam entrelaçados com os meus.
O garçom se afastou logo em seguida.
Babi: devolva — pedi ríspida. Ele riu descaradamente, pegando minha calcinha de seu bolso.
Victor: meu prêmio.
Babi: seu prêmio? — ri debochada — de que?
Victor: por ter ganho a aposta, claro.
Babi: você não ganhou a aposta.
Victor se aproximou apoiando seus cotovelos sobre a mesa.
Victor: mas é claro que ganhei, você me chamou para o banho — sorriu parecendo convicto.
Fiz o mesmo movimento que ele, me aproximando de seu rosto.
Babi: quem praticamente me implorou para tirar minha virgindade depois dele foi você, meu bem — o sorriso deixou seus lábios — sim, eu ganhei a aposta.
Me levantei, com a intenção de ir ao banheiro me recompor.
Victor: vai aonde?
Babi: no banheiro?
Victor: sem sua calcinha? — ele me olhava parecendo irritado.
Babi: você não quer me devolver. Que seja, então.
Me virei, sem ligar para o que ele iria falar logo depois. Andei em passos largos até o banheiro, abrindo a porta e dando graças por não ter ninguém. Fiquei em frente ao espelho, retocando meu batom.
Depois de alguns segundos ali, fui até a porta, mas ela se abriu antes de eu tocar a maçaneta. Victor. Porque eu não estava surpresa?

Victor como sempre não me deixou nem mesmo argumentar. Pegou minha cintura me jogando para seu colo. Ele me pressionou contra a parede me beijando forte, firme e duro. Tanto o beijo quando ele la em baixo. Depois me colocou sob a pia, me espalhando ali mesmo. Minha mão estava em seu cabelo, enquanto ele descia seus beijos pelo meu pescoço e logo para meus seios.
Victor: não gostei desse decote — disse contra minha pele — menos ainda desse vestido curto. Fiquei louco quando você saiu com essa sua bunda redonda rebolando até aqui. Sem calcinha ela ficou ainda mais linda nesse vestido.
Ele me puxou para seus lábios novamente quando suas mãos foram para a minha bunda.
Victor: mas não para outros babacas olharem. Só pra mim — seus dedos aproveitaram o caminho livre até minha entrada, dois deles me penetraram firmemente me fazendo gemer alto.
Movi a cabeça concordando, a sensação era boa. Eu não podia discordar. Quando Victor desceu sua cabeça até minhas coxas, deixando uma trilha de beijos até minha intimidade, joguei minha cabeça pra trás tendo a certeza que finalmente eu mataria meu desejo. Sua língua em mim, eu estava tão curiosa para saber como ela se movia em outra parte do meu corpo, fora da minha boca.
Victor estava entre minhas pernas, me segurando forte com suas mãos enquanto as minhas agarravam seus cabelos.
Quando sua língua tocou meu clitóris gemi no mesmo instante. Eu mal sabia que seus movimentos me fariam gritar de prazer logo em seguida. E foi exatamente isso que aconteceu, quando ele me fez alcançar meu orgasmo puxei-o de volta para mim. Sua boca com meu gosto, era quente como o inferno. Eu queria mais, mas não ali.

Babi: vá cancelar os pedidos — falei entre nossos lábios unidos.
Victor: eu rezei mentalmente para que me pedisse isso logo — ele me mordeu minha boca, se afastando de mim — vamos terminar isso em casa, floco de neve.
Victor me ajudou a descer, se ajeitou e deixou o banheiro indo para perto do balcão cancelar logo nossos pedidos.
Fiquei alguns minutos ali, me arrumando. Eu sempre ficava acabada, cabelos bagunçados, batom borrado. Porque insisto em usar batom com Victor perto?
Quando em fim consegui ficar apresentável novamente, deixei o banheiro avistando Victor conversando com alguém. Uma mulher. Era loira, alta e ainda estava de salto. Vestido vermelho vivo, era o tipo dele. Andei em passos lentos até os dois, ficando atrás dela escutando o que falava. Victor já havia me percebido ali. Somente deu corda.
Victor: muito obrigada, mas vou esperar minha esposa — disse educado.
A mulher se aproximou mais ainda de seu rosto, depois olhou para os lados.
Não estou vendo ela por aqui — foi o que escutei. Sorri e limpei a garganta dando um passo para mais perto dela.
Babi: vire-se — ela obedeceu — agora você vê.
Sorri mais ainda vendo sua indignação. Ela estava certa de que Victor a queria, devo contar que em seus dedos ainda tinham meu gosto?
Babi: se era só isso, já pode ir, querida — entrelacei meus dedos com os de Victor.
Ela deu meia volta, saindo bufando. Victor tinha em seu rosto um sorriso de orelha a orelha.
Ele já havia acertado tudo, estávamos caminhando para o carro.
Victor: o que foi aquilo? — disse abrindo a porta para mim.
Babi: calado.

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