Capítulo 40: não se pode esconder o passado.

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[Victor Augusto]

Depois do banho, Bárbara vestiu uma roupa confortável que separei para ela. Deitou-se na cama e finalmente dormiu, sem interrupções. Já faziam quase 9 horas desde que ela adormeceu. 9 horas que eu não preguei o olho, preocupado com ela. Fiquei ao seu lado, tendo a certeza que se ela acordasse, eu estaria aqui. Aproveitei para adiantar todos os trabalhos que eu tinha pendente. Liguei para Cortez, expliquei tudo que havia acontecido e, para minha surpresa, ele disse que eu podia ficar o tempo que precisasse ao lado de Bárbara. Ele era um bom homem, eu era sortudo por fazer parte de sua empresa. Sortudo demais por tudo o que eu tinha.
Quando o dia amanheceu, verifiquei se ela ainda estava dormindo. Desci para fazer café, preparei mistos, comprei frutas e tudo que eu pensei que Bárbara pudesse gostar. Ela não comia desde que soube da notícia.
Com cuidado, levei tudo em uma bandeja. Coloquei perto de sua cama, e com jeito tentei fazer-la acordar.
Seus olhos começaram a se abrir, ainda estavam inchados de ontem.
Victor: bom dia! — falei baixo. Ela sorriu de canto, ajeitando seu corpo para perto da cabeceira da cama — você precisa comer, floco de neve.
Babi: estou sem fome — sua voz era rouca e quase um sussurro.
Victor: beba pelo menos seu suco.
Ela suspirou, antes de ceder e beber um pouco do suco que a entreguei.
Victor: com sono ainda? — ela assentiu — volte a dormir então. Qualquer coisa estou na em baixo. Não irei trabalhar essa semana.
Seu sorriso de canto me animou, mas logo ela se deitou puxando toda a coberta ate sua cabeça. Com todo esse desânimo, ela mal se parecia com a Bárbara que eu conhecia.

espaço tempo • uma semana depois:

Com o passar dos dias, Bárbara estava voltando a ficar melhor. Eu ainda a ouvia chorando no fim da cada dia, mas finalmente ela estava entendendo tudo.
Carol veio fazer uma visita a ela. As duas estavam no quarto ja faziam alguns minutos. Eu estava na cozinha fazendo café para elas quando meu celular tocou sob a mesa. Número desconhecido.

call on • xxxx xxxx:

Victor: alô?
xxxx: faz tempo que não ouço sua voz.
Victor: como conseguiu esse número? Alias, como conseguiu me ligar?
xxxx: como está a vida? Soube que se casou recentemente —
escutei uma risada na outra linha — logo você, Victor.
Victor: você ainda não respondeu minha pergunta.
xxxx: relaxa, vou ter tempo suficiente para responder todas que quiser, baby.


call off

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