[Barbara Passos]
Tomada pelo desejo, não me dei conta do que estava fazendo ate sentir as mãos habilidosas de Victor abrir meu roupão tão rápido quanto minhas pernas se envolveram em torno de seu corpo. Eu gemi tentando tomar o controle do beijo áspero e duro que ele me dava, mordendo meus lábios com fome, desejo e saudade.
Totalmente entorpecida pelo efeito de Victor sob mim, senti-o duro contra minha intimidade. Nem ligando que estávamos na porta do meu apartamento ainda, eu desci uma de minhas mãos até sua calça para liberta-lo. Ele deixou minha boca brevemente para distribuir mordidas na pele fina e sensível do meu pescoço enquanto eu o massageava la em baixo.
Ele me levou até a minha sala comigo em seu colo, fechou a porta e em seguida me deitou no chão frio da sala. Voltando a me beijar de forma imprudente, ele descolou sua boca da minha pegando um preservativo no bolso e rasgando logo em seguida.
Ele olhou para mim, seus olhos mostrando magoa e raiva ao mesmo tempo.
Victor: coloque suas pernas em volta da minha cintura — ele ordenou. Eu fiz e ele empurrou para dentro de mim me preenchendo de todas as formas possíveis.
Gemendo, fechei meus olhos tentando senti-lo mais fundo. Senti falta dele. Inferno de homem, eu não deveria ter cedido tão facilmente, mas qualquer julgamento agora era ridículo já que meu corpo já estava a beira de se desmontar de tanto prazer.
Ele me estocava cada vez mais rápido e mais fundo, não me dando nem a oportunidade de me ajustar a ele.Victor: você não se lembra disso? — disse entre meus gemidos ao pé do meu ouvido — não sentiu falta de nossos corpos assim?
Seus olhos nunca deixaram os meus, e o meus nunca deixaram os deles naquele momento.
Ele continuou a possuir meu corpo, da forma mais destruidora. Como nenhum outro homem poderia me ter.
Depois que meu corpo atingiu meu ponto máximo, ele se afastou deixando um ar frio tocar minha intimidade ainda pulsando por sua causa.
Eu vi quando ele jogou o preservativo no lixo e abotoou sua calça. Tentei dizer algo, mas não consegui formular nada.
Quando me levantei, ficando a sua frente me arrumando no roupão, ele correu seus olhos pelo meu corpo de cima em baixo trazendo uma onda de arrepio ao meu corpo, e então se virou indo em direção a porta. Quando estava prestes a sair, ele me olhou por cima dos ombros, ainda havia uma pequena parte de dor neles.
Victor: espero que você apareça hoje a noite.Totalmente desconsertada, me sentei no sofá assim que ele deixou meu apartamento. Sem acreditar que tudo isso havia acontecido em questão de segundos, ele me teve no chão frio da sala depois de anos sem que eu tenha deixado outro me ter assim. Deus, como senti falta daquele sexo, desse homem. Porque ele tinha sempre que foder tudo?
Parte de mim estava me odiando por ter deixado ele entrar aqui e em mim desse jeito, por ter me procurado mesmo depois do que fez pra mim. A outra parte, a parte que ainda o ama estava inconscientemente implorando para que eu fosse hoje a noite jantar com ele. Vou decidir isso ao longo do dia.
Tomei um banho, me arrumei e fui para o café. A manhã passou rápido, muitos clientes novos apareciam no café enquanto eu trabalhava na planta do projeto que peguei. Correção: tentava trabalhar. Pois tudo o que minha mente processava era as lembranças de hoje mais cedo, nossos olhos conectados enquanto ele me tinha da forma mais rude que já vi e mesmo assim foi um dos meus melhores sexos.
Pela tarde, ajudei a fechar o café depois parti para minha casa. Andando de um lado pro outro, tentando decidir entre ir e escutar o que ele tinha pra falar ou ficar e preservar minha sanidade mental.
Minutos depois eu estava decidindo sobre qual vestido eu usaria. Sim, eu estava real cogitando encontrar com ele.
Quando eu estava calçando meus saltos, a campainha tocou. Corri para atender, mas quando abri a porta meu sorriso caiu.
Babi: eu disse para não me buscar.
Victor: você disse isso sobre o outro jantar — falou se aproximando mais de mim — aquele que você me deixou esperando por 4 horas, lembra?
Meus olhos reviraram-se instantaneamente.Babi: continue falando e então vai jantar sozinho novamente — rebati, com um sorriso sínico nos lábios.
Voltei para pegar minha bolsa sob a mesa e então saí do meu apartamento, recebendo um olhar predatório de Victor sob mim.
Eu havia me vestido da melhor forma, para mostrar que eu estava bem melhor sem ele. Cabelos soltos em ondas, olhos marcantes e um salto que me deixava centímetros mais altas, mas ainda nem havia chegado perto da altura de seu rosto.
Victor por outro lado, estava com um terno caro, como sempre. Mas esse, em especial, delineava completamente seu corpo musculoso. Seus cabelos em uma perfeita bagunça, ainda um pouco molhados. De tirar o fôlego, mas não o meu.
Ele me levou até um restaurante caro, na zona nobre da cidade. Ele tentou deixar suas mãos em minhas costas me guiar, mas me afastei friamente o repreendendo com o olhar.
Uma mulher nos levou até a mesa que ele havia reservado, longe de todas as outras, na parte menos iluminada do lugar. Quando nos sentamos de frente para o outro, nossos olhos se encararam por alguns segundos ate eu recuar, olhar para ele ainda era um teste de insanidade. Quando o garçom anotou nossos pedidos saindo logo em seguida, coloquei meus cotovelos sob a mesma o encarando.
Babi: e então, sobre o que quer conversar? — perguntei, um sorriso sarcástico no rosto esperando a mentira que estava por vir.
Victor: primeiro, saber o motivo pelo qual você fugiu.Babi: eu não fugi. Não estava presa na sua casa muito menos à você — respondi, tomando um gole de meu vinho.
Victor: Bárbara... — seus olhos piscaram, ele estava nervoso. Culpa, talvez?
Babi: me diz você, Victor. Não tem nada para falar? Pensei que talvez você tivesse me chamado para se explicar, não para que eu fizesse isso — falei, não aguentando a raiva se misturando ao meu sangue — foi você quem causou tudo isso.
Victor: eu sei o quanto eu errei com você, mas... — eu o interrompi.
Babi: desde o começo eu sabia que você me machucaria, mas confiei e permaneci ao seu lado mesmo assim, e veja só — eu ri, levantando meus braços — eu estava certa.
Victor: me desculpa, estou ciente de que a machuquei — seus olhos mal conseguiam me encarar, por um momento eu vi arrependimento neles.
Babi: olha, Victor. Eu não estou vendo sentindo nessa conversa, foi um erro eu ter aceitado vir aqui — falei me levantando, mas sua mão me segurou.
Victor: não, Bárbara. Espera! — ele disse, seu tom de desespero. Eu continuei virada, respirando fundo para permanecer ali — eu vou contar tudo, desde o início. Só preciso que me escute.
Babi: eu já sei de tudo.
Victor: não, você não sabe nem da metade e eu estou aqui para acabar com todos os segredos entre nós — ele continuava ali, implorando pela minha atenção.
Babi: não existe mais "nós".
Victor: existe, porque eu ainda amo você, Barbara — sua voz firme me fez quebrar, ele não podia me amar. Não depois de tudo que me fez sentir — e sei que ainda sente algo por mim. Seus corpo nunca mentiu.
Ele estava certo.
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LOVE AND HATE
FanfictionVictor é um arrogante bem sucedido que trabalha pra uma grande empresa de administração. Depois de anos sendo passado para trás, a grande oportunidade de se vingar de seu antigo chefe o cega da razão. Ele precisaria confiar na pessoa que mais d...