[Barbara Passos]
Eu podia sentir facilmente ele por baixo de mim, eu queria. Realmente era o que meu corpo estava praticamente implorando.
Babi: e você ganhar sua aposta? — falei sorrindo atrevida, perto de sua boca. Seus olhos se fecharam quando ele jogou sua cabeça para trás — nos seus sonhos, querido.
Victor: Bárbara... — disse com sua voz baixa. Estava frustrado?
Babi: nunca recebeu um não em sua vida?
Seus olhos logo se escureceram quando meu deboche chegou em seus ouvidos.
Sem ter tempo para contestar, Victor me virou deixando minha costas contra o sofá. Seu corpo impedia qualquer movimento meu.
Victor: nunca — disse se aproximando de meu rosto, roçando sua barba de apenas alguns dias em minha pele — mas parece que sua boca não está de acordo com seu corpo, floco de neve.
Ele estava certo, tão certo que me deixava sem nenhum argumento. O que consegui fazer foi apenas revirar os olhos antes que sua boca estivesse contra a minha novamente. Sua língua procurando pela minha, enquanto eu sentia uma de suas mãos descer por meu pescoço. Abafei um gemido, mas ele percebeu. Claro que percebeu, dando-me um sorriso contra nossos lábios.
Victor: diga logo que quer, Bárbara — disse agora deslizando sua boca por meu pescoço — pare de se torturar. Prometo te levar ao céu.
Inferno de homem ridiculamente quente. Suas provocações estavam surtindo efeito, minha calcinha estava encharcada. Nunca me senti assim com ninguém antes, eu só queria confiar nele.
Babi: você não vai me ter, Victor. Tire seu cavalinho da chuva — me levantei, conseguindo finalmente me livrar de suas garras.
Victor: cavalinho? Eu não diria isso, mas caso sinta curiosidade... — disse piscando.
Saí de perto antes que eu perdesse a cabeça.
Voltei pro meu quarto, tentando me concentrar em qualquer outra coisa. Ainda era cedo pra dormir. Inquieta, Fui até o corredor que ligava nossos quartos. Victor não estava na sala, nem em seu escritório como costumava ficar antes de ir dormir. Aproximando um pouco mais de seu quarto, abri um pouco a porta escutando sua respiração acelerada, no banheiro.Era arriscado demais entrar ali, mas minha curiosidade superava qualquer perigo.
Eu estava perto da porta de seu banheiro, sua porta estava encostada com apenas uma fresta.
Podia facilmente escutar sua respiração pesada, acompanhada de gemidos roucos.
Victor estava com sua calça de moletom empurrada para baixo, com seu peito arfando e pernas não tão firmes quanto antes, corado e suado com sua cabeça jogada para trás. Ele mordia os lábios para manter a calma ou concentração. Suas mãos faziam movimentos rápidos, eu estava encharcada. Que patético.
Agora Victor estava mais ofegante, sua respiração era alta e ele murmurava palavras entrecortadas, não dava pra entender. O que ele estava pensando? Esfreguei minhas coxas uma na outra tentando abafar aquela sensação. Até escutar meu nome em um de seus gemidos baixos.
Fico boquiaberta, Victor chamando meu nome assim parecendo desesperado era a coisa mais quente que eu ja tinha ouvido.
Seus ruídos de prazer crescem, em seguida desaparecem. Finalmente ele se cala, se recompondo. Minha boca estava seca, diferente de meu estado la embaixo e eu podia sentir meu coração batendo na minha garganta.
Então percebo que ele em breve iria voltar pro quarto, se ele me visse aqui, espiando enquanto ele alcançava seu prazer, nunca me deixaria esquecer disso.Pela manhã, acordei um pouco mais tarde que o normal. Geralmente eu fazia um café antes de Victor acordar, mas hoje foi diferente. Quando cheguei na cozinha, ele já estava em pé perto da cafeteira, parecia ter acabado de sair do banho. Seu cabelo escuro ainda estava molhado.
Victor: bom dia, floco de neve — disse me encarando com um sorriso atrevido quando notou minha presença — café?
Assenti, me sentando na mesa. As imagens da noite passada ainda estavam frescas na minha mente, eu não conseguia encara-lo sem me lembrar de tudo que vi. Meu rosto rapidamente ruborizou. Merda.
Victor: acabei de fazer — disse me entregando uma caneca com café quente, quando seus olhos encontraram os meus, sua expressão ficou confusa— por que está vermelha?
Babi: é, hum, banho quente — falei travada — acabei de tomar um.
Victor: e o que fez durante esse banho, Bárbara?
Meus olhos se arregalaram.
Babi: o que? — ele riu, se abaixando para se aproximar do meu rosto.
Victor: seja lá o que tenha feito pra te deixar corada assim, posso te garantir que cuido melhor disso — ele se aproximou ainda mais, quase colado em minha boca — você sabe bem.
Foi o suficiente para me fazer arrepiar. Seu convencimento me irritava, e talvez fosse porque eu sentia que era verdade tudo que ele prometia.
Encostado no balcão tomando seu café, eu podia vê-lo me observando sob a caneca em sua boca. Nada disso estava sendo como pensei, o homem que sempre me odiou agora me desejava como ninguém.
Victor: vai ter um evento que Cortez pediu minha presença. Hoje a noite, se arrume que venho te buscar antes das oito — disse deixando sua caneca na pia e aproximando de mim — me surpreenda, floco de neve.
E deixou a cozinha. Observando ele subir as escadas, um pensamento me surgiu. Ele gosta de provocar, será que gosta de ser provocado?Aproveitei o dia pra visitar Marcia, estava bem e animada. Levei ela para andar pelo jardim daquele lugar. Fizemos algo que havia dias que não conseguíamos fazer: assistir o pôr do sol, não era no nosso lago, perto de nossa casinha. Mas era com ela, então estava tudo perfeito.
Quando voltei para o apartamento, me sentia muito melhor. Tomei um banho bem quente, me depilei e tratei de deixar minha pele hidratada e macia.
Com a toalha no corpo e nos cabelos ainda, fiquei na frente do closet procurando alguma roupa que deixaria Victor boquiaberto. Sorri quando meus olhos caíram naquele vestido.
Babi: tenho certeza que Victor vai adorar você — falei com ele em minhas mãos. O vestido do provador.
Minutos mais tarde, meus cabelo estava solto em ondas. O vestido completamente alinhado em meu corpo e minhas sandálias pretas. Meu perfume exalava pelo quarto e em meu rosto tinha uma maquiagem leve com um olho marcado.
Me olhando no espelho, eu mal acreditava que aquela era eu. Desde que Marcia decaiu com sua doença, não tive tempo para mim.
Estava tão distraída que não notei quando Victor bateu na porta do meu quarto, abrindo logo em seguida.
Pelo espelho percebi seu olhar percorrer desde minhas pernas até meu cabelo enquanto ele se aproximava em passos lentos. Meu estômago parecia ter mil borboletas, eu estava nervosa e ansiosa.
Quando ele estava a poucos centímetros do meu corpo, seus olhos se prenderem aos meus pelo reflexo. Seus olhos estavam escuros e um sorriso malicioso surgiu em seus lábios.Victor: quais eram suas intenções quando escolheu esse vestido, srta. Passos? — disse baixo perto dos meus ouvidos. Sua voz rouca me fez fechar os olhos — se foi apenas para me provocar, espero que saiba que haverá consequências.
Minha respiração estava agora um pouco desregulada. Ele causava isso em mim.
Suas mãos seguraram meus braços me girando para encontrar seu rosto bem perto do meu. Ele quase quebrou completamente a distância entre nossas bocas quando sussurrou contra meus labios.
Victor: você me disse que eu estava brincando com fogo, mas não tem a menor chance disso acontecer...— seus lábios tocaram os meus rapidamente, com uma mordida no final, ele o soltou — porque eu sou o próprio fogo.
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LOVE AND HATE
ФанфикVictor é um arrogante bem sucedido que trabalha pra uma grande empresa de administração. Depois de anos sendo passado para trás, a grande oportunidade de se vingar de seu antigo chefe o cega da razão. Ele precisaria confiar na pessoa que mais d...