Capítulo 44

2.8K 242 18
                                    

[Victor Augusto]

Depois de horas de viagem, destranquei a porta impaciente. Quando ela finalmente abriu, subi quase sem ver os degraus da escada indo direto para meu quarto.
Victor: Bárbara? — gritei, quando percebi que a casa estava silenciosa demais.
Meus olhos correram para o armário que ficava perto do lado da cama que ela dormia. Não havia nenhum pertence dela. Fui até a parte de seu closet encarando as prateleiras vazias. Somente os vestidos caros estavam ali, pendurados. Ela nunca aceitou usa-los.
Fechei meu olhos desacreditado de que ela havia realmente ido embora.
Mas o que mais me atordoava, era saber que ela estava sozinha. Barbara não tinha família ou amigos próximos. Ela estava sozinha em algum lugar, e eu só conseguia imaginar o que poderia acontecer com ela, eu sabia que não deveria ter feito isso. Tudo culpa minha, uma hora ou outra eu iria estragar tudo. Estava no meu dna de bastardo.
Desci ate o andar de baixo, passei pelo balcão percebendo que perto do meu notebook estava o cartão, chaves, celular e a aliança que ela usava.
Tudo que dei a ela, estava ali sob o mármore frio do balcão.
Abri o notebook rápido, procurando qualquer coisa que ela tenha feito com o cartão antes de ir embora que me mostrasse algum sinal. Nada. Ela nem sequer usou ele nas últimas semanas, nenhuma compra.
Depois de procurar qualquer outra informação que me levasse até ela, a única coisa que notei foi o extrato bancário. Ela havia retirado uma quantia de sua conta, os meses de salário que depositei para ela. Foi só o que ela levou.
Peguei meu celular ligando para Carol. Ela com certeza sabe onde minha mulher está. Quando ela atendeu depois de alguns toques, suspirei um pouco aliviado.

call on • Carol Voltan:

Carol: alô?
Victor: pra onde ela foi?
Carol: me admira muito você querer saber.
Victor: Carol, por favor, só me fala pra onde ela foi!
Carol: e isso importa para você?
Victor: é claro que importa, ela é minha esposa. Você sabe ou não? Me diz logo! —
minha voz mostrava impaciência. Isso não era um jogo.
Carol: mesmo se eu soubesse, não te contaria nem se me torturasse — sua voz era firme — você não a merece, Victor.

call off

Suas palavras ecoaram absurdamente altas na minha mente. Eu nunca a mereci, mas fiz o que pude para mudar isso.

LOVE AND HATEOnde histórias criam vida. Descubra agora