[Victor Augusto]
Procurei por Bárbara os últimos três anos inteiros. Não deixei de pensar nessa mulher nem um dia sequer, imaginando aonde ela estaria e porque havia fugido daquela forma. Carol nunca me deu nenhuma informação sequer, mas eu sabia que ela ainda mantinha contato com Bárbara. Quando por coincidência carreguei o feed do meu instagram, em uma noite vazia como as outras, encontrando uma foto dela com minha garota, um sorriso se espalhou pelos meus lábios. Todas as informações que eu precisava. Mas não foi isso que me fez sorrir, mas sim por ver como ela não havia mudado, seus olhos castanhos brilhantes ainda estavam ali, seus cabelos maiores e mais volumosos. Aquele sorriso, como senti falta dele. Não pensei duas vezes, no mesmo segundo peguei as chaves do meu carro e dirigi feito um louco por 7 horas seguidas até a cidade que ela estava se escondendo.
Agora, sentado a quase 2 horas nesse restaurante, tentei me convencer de que ela ainda viria. Talvez receosa em me encontrar, mas viria.
Quando mais duas horas se passaram, e o restaurante estava fechando, eu me dei conta do quanto ela estava ferida e com raiva. E eu só queria entender o motivo disso tudo.
Sei que errei feio e escondi algumas coisas dela, mas isso não justificaria todo esse desprezo.
Voltando para meu hotel, entrei no google para pesquisar informações de contato dela, já que era uma arquiteta bem requisitava por aqui, pelo que vi. Fiquei feliz quando soube que ela havia voltado para a faculdade e se formado em arquitetura. Quando estávamos juntos, antes dela sumir, eu estava pensando em encoraja-la a voltar para seu curso.
Alguns minutos depois, com o seu cartão de visitas salvo, consegui seu número. Liguei pra ela logo em seguida, mas ela não atendeu. Provavelmente reconheceu meu número já que não mudei desde então.Resolvi dormir, ainda com sede de saber o que a fez fugir de mim.
Ainda bem cedo, usei minha influência para descobrir o endereço de Bárbara. Graças a Carol, agora tudo havia ficado mais fácil para encontra-la. Assim que minha assistente me ligou passando as informações, na mesma hora dirigi ate a casa de Bárbara.
Estacionando em frente a um apartamento branco e alto, era bom saber que agora ela vivia tão bem comparada a anos atras antes de mim.
Felizmente, seu porteiro ainda não havia chegado. Aproveitei e subi até seu andar, tocando a campainha.
Alguns segundos depois, Bárbara apareceu, ainda de roupão e toalha nos cabelos, com certeza estava se preparando para ir pro café.
Suas bochechas vermelhas por conta do banho quente, como sempre ficavam, ou talvez por outra coisa. Sorri pensando, mas logo seu rosto tornou-se frio e irritado quando percebeu o que eu estava fazendo ali.
Babi: está me perseguindo?
Victor: desde que você não apareceu ontem para nosso jantar — ela mordeu seus lábios nervosamente, tentando esconder algo — sim, estou.
Babi: é uma pena — disse dando um passo para trás se preparado para fechar a porta, mas eu a segurei.
Victor: eu te esperei por 4 horas, Bárbara.
Sua expressão era irredutível, ela nem mesmo se mostrou constrangida por ter furado. Apenas sorriu, cinicamente.
Babi: ao menos teve a chance de comer algo? — seus olhos brilhantes me fitaram, seu deboche era irritante. Senti falta dele — eu espero que sim.
Victor: pare de foder comigo, Bárbara — falei entre os dentes, prendendo ela contra a parede — tínhamos um acordo.Babi: oh, eu me lembro bem de quando assinamos aquele maldito contrato e eu te fiz prometer apenas uma coisa em troca da minha assinatura. E você quebrou muito facilmente essa promessa — ela me encarou, nada intimidada — estamos quites agora.
Victor: quatro fodidas horas.
Babi: eu não sinto muito — ela disse, tentando conter sua respiração acelerada — mas se quiser, daqui uns quatro meses talvez eu aceite uma conversa com você para viajarmos ao passado e falar de coisas irrelevantes para o agora, já que não quero nada mais de você.
Victor: você não se lembra de nada? — falei, me aproximando mais de seu rosto deixando meu lábios roçarem sob os dela, sentindo seu corpo parecer voltar a vida em segundos.
Babi: eu só me lembro do final.
Victor: nada sobre o que tínhamos antes disso? — eu continuei, provocando-a.
Babi: não — ela fechou seus olhos apertando forte eles. Parecia tentar se concentrar — nada que vivemos foi memorável, foi apenas um contrato.
Nossos olhos finalmente se encontraram depois que ela desistiu de tentar fingir indiferença. Aquela velha conexão voltou a tona, quando percebemos nossos lábios estavam unidos e seus braços em volta do meu pescoço.
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LOVE AND HATE
Fiksi PenggemarVictor é um arrogante bem sucedido que trabalha pra uma grande empresa de administração. Depois de anos sendo passado para trás, a grande oportunidade de se vingar de seu antigo chefe o cega da razão. Ele precisaria confiar na pessoa que mais d...