[Barbara Passos]
PH: Bárbara? — meu superior me tira dos meus pensamentos entrando em minha sala — um minuto do seu tempo, no meu gabinete.
Babi: sim, senhor.
Colocando meu distintivo no bolso, segui-o até sua sala. Parando na porta, ele sinalizou para que eu fosse na frente.
Me sentei em uma de suas poltronas muito bem acolchoadas e esperei até que ele desse a volta e se sentasse em minha frente.
Babi: algum problema, senhor? — perguntei, estranhando seu chamado repentino.
PH: Bárbara, sabe que depositei bastante confiança em você para que conseguisse seu cargo — assenti, com minhas sobrancelhas unidas tentando pensar a frente — chamei você aqui porque acabamos de receber um telefonema do outro posto de comando. Vou designa-la para a função de proteção à testemunha.
Meus ombros ficaram tensos quando processei o que ele estava me pedindo. Proteção à testemunha sempre foi uma função extremamente cautelosa, é necessário agilidade e inteligência por parte do agente. O que ele estava me confiando era algo muito além para o meu cargo.
Babi: senhor, me desculpe, mas tem certeza a respeito disso? Proteção à testemu... — fui interrompida.
PH: você é a única em quem posso confiar. Faça seu trabalho! — ele se levantou, logo em seguida estendeu sua mão para que eu a tocasse — enviarei todos os documentos para você imediatamente, amanhã cedo começará.
Ele me acompanhou até a porta, dali voltei para minha sala ligando a tela do meu computador. Rápido. Todos os documentos e pastas anexadas ao caso já estavam em minhas mãos. Isso iria além do meu expediente. Imprimi tudo, guardei todos os papéis na minha bolsa e encerrei meu turno.
No trânsito, pensativa enquanto o sinal não destravava, me debrucei sob o volante imaginando o que eu poderia enfrentar nos próximos dias.
Minha vida já estava uma bagunça, mais um furacão passando por aqui não mudaria tanta coisa.
Segui para casa.Assim que cheguei, fui recebida por latidos estrondosos do meu husky.
Babi: ei, ei, amigo — agachada, tentei acalma-lo — por que está tão agitado assim?
Andei mais um pouco tentando encontrar algo de errado na casa. Tudo em seu devido lugar, nada suspeito.
Me agachei novamente, fazendo carinho em suas orelhas.
Babi: está com sede? Vou colocar sua comida no potinho, fique calmo — falei levando seu pote de água até a pia.
Quando ajeitei tudo, subi para o quarto e tomei um banho quente para aliviar a tensão que estava começando a se formar em meu corpo. Depois de alguns minutos, desci até a sala pegando minhas pastas e meu notebook para estudar o caso.
Lendo e relendo varias vezes todas as anotações que estavam ali, senti que algo não estava se encaixando.
Meu protegido era um homem que dava mais medo desarmado do que comigo armada. Seu histórico limpo, mas seus olhos pareciam transbordar culpa. Um arrepio der repente correu minha espinha. Bebi mais um gole do meu café quando decidi parar. Já era tarde e amanhã começaria algo novo e totalmente bizarro para mim.(oi, pessoa. To feliz que tenha encontrado minha história. Te desejo uma boa leitura 💛)
VOCÊ ESTÁ LENDO
DANGEROUS TOUCH
FanficMais de uma vida envolvida em toda a armadilha friamente calculada. Um perseguidor que não para. Uma policial que não desiste fácil. Quão tênue é a linha que separa a atração da obsessão? Bárbara era recém-formada em advocacia, ocupava um bom cargo...