[Victor Augusto]
Bárbara e eu tivemos, por mais difícil que seja acreditar, um momento inteiro sem brigas ou discussões. Isso era raro. Mas o nível de intimidade que estávamos criando me assustava porque ao invés de correr, eu queria ficar.
Babi: tudo limpo - disse secando suas mãos em sua calça depois de ter colocado o último prato no escorredor - podemos subir agora.
Victor: vá em frente, eu desligo aa luzes - falei, dando um último olhar a ela. Com um pequeno sorriso, ela se virou rumo as escadas enquanto eu continuava parado a observando. Tentado a chama-la de volta e, Deus, eu só quero beijar sua boca como antes - Bárbara!
Seu rosto virou-se no mesmo instante, ela ainda tinha um olhar confuso.
Babi: o que? - eu não sabia o que falar.
Victor: boa noite - um novo sorriso surgiu em seu rosto antes dela me responder. Eu era ridículo, boa noite? Que merda foi essa?
Babi: ham, bom, acho que já é bom dia - disse apontando para a janela, onde já se podia ver a claridade do sol batendo contra o vidro.
Depois disso, Bárbara subiu completamente os degraus me deixando sozinho na sala, perdido em meus pensamentos.
[...]
Não fui pra cama, pelo contrário, fiquei a manhã inteira em meu escritório estudando os movimentos dos meus velhos inimigos. Os González nunca ofereceram perigo real a nós. Até agora. Eu os conhecia, mas não tanto como eu achava. Agora meu objetivo era saber cada detalhe deles, cada porra de detalhe que me colocasse a frente deles em uma possível luta.
Enquanto eu procurava os últimos feitos daquele grupo, uma batida na porta me tirou do foco.
Thaiga: ei, passou a noite toda aqui? - disse, se aproximando com um copo de café quente.
Victor: quase isso - respondi, pegando o café de suas mãos - obrigado.
Thaiga: no que está trabalhando? - seus olhos estavam voltados para a tela do computador, eu não tinha escolha senão contar a ela que nossos velhos amigos resolveram dar um oi.
Victor: o grupo aliado a João - eu virei a tela para ela - os González estão com ele.
Thaiga sabia o que isso significava, nós dois, mais do que ninguém sabíamos. Seu olhar frio me encarou de volta quando ela se deu conta aonde tínhamos nos metido.
Victor: preciso que você acompanhe cada passo deles, sei que pode, vamos ter que planejar tudo porque estamos em menor número - ela riu.
Thaiga: bem menor - debochou, agora sentada em minha cadeira, lendo tudo que estava na tela - Carol e eu podemos dar conta disso, mas vocês, terão que tomar cuidado. Já sabemos o que são capazes, aquele recado foi o suficiente - assenti, me lembrando do que fizeram com Bak.
Victor: em breve vamos acabar com isso.
Deixei a sala indo para a cozinha deixar meu copo, mas não esperava encontrar Bárbara acordada tão cedo.
Victor: bom dia - eu disse, quando meu corpo ficou a centímetros do dela quando deixei o copo sob a pia na qual ela estava escorada - dormiu bem?
Babi: nem sequer fechei meus olhos, então não posso responder sua pergunta - sorriu.
Victor: é justo!
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DANGEROUS TOUCH
FanfictionMais de uma vida envolvida em toda a armadilha friamente calculada. Um perseguidor que não para. Uma policial que não desiste fácil. Quão tênue é a linha que separa a atração da obsessão? Bárbara era recém-formada em advocacia, ocupava um bom cargo...