Capítulo 7

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[Barbara Passos]

Voltei porque me convenci de que minha mente funcionaria melhor em meu novo ambiente de trabalho, muito melhor do que na minha própria casa. Mas a verdade, era que eu não conseguia me fazer parar de pensar em Léo. Porque caralhos ele estava tomando conta da minha mente em tão pouco tempo? Era irracional, eu não poderia sequer pensar em algo com ele. Eu era a responsável por sua segurança, uma relação estritamente profissional. Mas quando dei por mim, eu ja estava dentro do meu maldito carro dirigindo novamente para a casa que ele estava.
Já haviam se passado quase uma hora desde que Léo desceu e se sentou em frente a tv. Sanches estava pensando em adiantar sua troca, apenas autorizei deixando ele ir. Não estava tão longe das 6 horas, logo o outro policial chegaria.
Quando ele saiu, me aproximei do sofá observando Léo naquela calça moletom. Sua camisa delineava tão bem seus músculos ali debaixo, às vezes parecia impossível deixar meus olhos ali por menos de segundos.
Babi: com fome? - perguntei, me sentando na poltrona ao lado do sofá que ele estava.
Victor: talvez, o que sugere? - ele desligou a tv, agora com seus olhos focados em mim.
Babi: pensei em fritas e hambúrguer, refeição perfeita pra uma madrugada - falei descontraída pegando o sorriso se abrir em seus lábios.
Victor: concordo.
O lanche chegou em menos de dez minutos desde que fiz o pedido.
Comemos em um silêncio estranho, quando terminei, peguei as caixas e os copos sob a mesa e os levei para a cozinha.
Os copos bateram no granizo da pia enquanto eu procurava no armário um sabão para lava-los, mas parei assim que senti os passos pesados de Léo se aproximarem. Treinada, eu sabia que ele estava logo atrás de mim, mas dessa vez eu não me virei.
As mãos de Léo tocaram a pia, uma em cada lado do meu corpo. Aquele velho arrepio correu por toda a minha pele.
Fechei o armário finalmente me virando para encontrar os olhos de Victor vidrados em minha boca.
Babi: o que está fazendo? - minha voz quase falha.

Victor: me diz você.
Seus olhos mostravam exatamente o que ele queria, ironicamente os meus pareciam dizer a mesma coisa. E ele leu isso.
Victor: essa casa tem câmera em todos os cômodos - eu assenti, porque sabia exatamente em que lugar cada uma estava - perto da escada tem uma porta, do lado uma estante. Ali é um ponto cego, a câmera da cozinha e da sala não pegam aquele pequeno espaço.
Meu corpo estava em chamas ouvindo ele falar aquilo, por que claramente eu havia entendido o motivo. E então quando ele se afastou, eu tive um pequeno feixe de lucidez. Eu não podia em hipótese alguma fazer isso. Mas pela primeira vez, eu ignorei completamente minha razão.
Eu balancei a cabeça andando exatamente para o lugar que ele falou. Quando entrei naquela parte da casa, de fato percebi que não havia câmera ali, era uma sala qualquer com alguns livros. Eu fui até eles, sem saber o que fazer comigo, apenas me mantive focada ali até sentir o cheiro de Léo. Ele tinha um cheiro limpo, fresco e muito masculino. Eu estava de costas para ele quando senti suas mãos firmes agarrarem meu quadril enquanto a outra deslizava meu rabo de cavalo para o lado deixando meu pescoço livre. Eu deixei um suspiro tenso escapar quando senti sua voz baixa e grave tocar, de algum fodido jeito, meu ouvido.
Victor: me pare agora, Bárbara, se você não quiser isso.
Babi: é arriscado demais - minha voz rouca e sem fôlego, eu mal a reconheci.

Victor: confia em mim.
Confia em mim, tão louco como era, eu apenas fiz. E talvez eu nem me importasse com as consequências, se houvesse alguma. Eu me virei, e o olhar quente de Léo captou o meu. ele olhou profundamente em meus olhos, parecendo me dar a última chance de para-lo. Incapaz de falar, umedeci meus lábios em resposta.
Antes que eu pudesse me preparar para o que eu tinha acabado de concordar, as mãos de Léo alcançaram meu rosto segurando-o firme quando seu corpo pressionou o meu contra aquela pequena estante de livros. Seu rosto se aproximou e então sua boca se chocou contra a minha.
Ele sugou um dos meus lábios, pedindo-me para abrir, e então eu pude escutar um gemido rouco surgir quando sua língua encontrou a minha. Nunca em toda a minha vida senti tanta fome, tão profundamente desejada como agora.
Um latejar pesado pulsou entre minhas pernas, e como se ele sentisse o que eu precisava, Léo estendeu suas mãos em volta da minha bunda e puxou minhas coxas, me guiando para envolver minhas pernas em torno dele. Ele esmagou sua ereção contra minha entrada.
Meus dedos entraram por entre seu cabelo macio. Uma de suas mãos se soltou da minha bunda, correndo por minhas costas até encontrar meu pescoço. Ele puxou meu cabelo lentamente, fazendo minha cabeça se inclinar para que ele pudesse aprofundar ainda mais aquele beijo.
Quando ele se quebrou, fiquei hipnotizada pelo efeito que Léo causou em meu corpo. As mãos dele seguraram meus rosto novamente enquanto ele acariciava minha pele devagar.
Victor: quente como o inferno - sua voz era baixa, havia um sorriso traiçoeiro ali - seu apelido agora faz mais sentido, esquentadinha.

DANGEROUS TOUCHOnde histórias criam vida. Descubra agora