Capítulo 16

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[Victor Augusto]

Subi a escadas indo direto pro meu quarto esfriar a mente. Apoiei minhas mãos na parede paralela a janela, tentando a todo custo realinhar meus pensamentos. Essa mulher, eu não entendia. Não era pra isso acontecer, ela é a peça chave de tudo que armei, é ridículo querer algo mais dela sabendo do que pode acontecer depois. O correto seria largar, me afastar, pular fora desse barco antes que ele afundasse. Porque era óbvio, ele iria afundar. Mas o que eu queria fazer? Ir até o quarto dela agora e tomar sua boca como minha novamente. Desde que a toquei, talvez sendo mais franco, desde que a vi, eu sabia que me meteria em problemas. Ela não era nada como as outras mulheres com quem tive um caso. Ao mesmo tempo que parecia ter repulsa a mim, seu corpo parecia um imã. É louco o jeito que meus olhos se prendem em seus lábios toda vez que ela me provoca com suas palavras. Ou quando nossas respirações se sincronizam quando estamos praticamente no mesmo espaço. Sua pele macia contra a minha. Ela tem um cheiro viciante, me controlo todas as vezes que estou perto para não afundar meu rosto em seu pescoço.
Ela tem aquele ar de superioridade, de quem sabe comandar com maestria qualquer situação. Esquentada, era tudo que eu menos precisava na minha vida. Isso me deixa louco, mas me instigava cada vez mais.
Preciso acabar logo com isso.
Peguei o sutiã de Bárbara que estava sob a cama, andei em passos largos até seu quarto. Abrindo a porta sem bater, tudo que eu pensei vir fazer aqui caiu por terra no momento em que a vi.
Bárbara estava de costas, mas não se moveu mesmo com o barulho da porta se abrindo.
Seu corpo coberto apenas por uma toalha branca macia de pelos, que escorregava lentamente por sua pele deixando agora suas costas nuas. Mas não parou ali, a toalha deslizou para baixo de suas pernas, se reunindo em torno de seus pés. Voltei meu olhar um pouco mais acima, tendo a visão de sua bunda gostosa coberta apenas por um pedaço de renda
Deus. Porra. Droga.

A princesa de gelo continuou parada ali, encarando o espelho a sua frente.
Juntei meus dedos em meu cabelo soltando um suspiro aprisionado. Por alguns segundos eu não sabia se estava tão frustrado porque estava louco de tesão e insanamente atraído por ela ou porque ela estava tornando tudo que planejei extremamente impossível de executar.
Babi: perdeu alguma coisa, Augusto? - ela disse, mas sem se virar. Apenas moveu seu rosto para perto de seus ombros, me olhando de canto. Meus olhos não saíam dela. Seu corpo praticamente nu na minha frente, era um pecado não toca-la. A sorte era que, eu já era um pecador nato para recusar mais um problema.
Victor: sim, meu juízo.
Sem pensar, eu segurei seu pescoço virando seu corpo de frente para o meu. Seus seios bateram contra meu peito, suas mãos se cruzaram em minha nuca. Meu rosto estava a polegadas do dela, eu queria pegar o que era meu. Eu queria reivindicar sua boca, e, em seguida, seu corpo aqui mesmo nesse chão.
Mas em vez disso, eu não conseguia parar de olhar pra ela. Seus olhos castanhos totalmente conectados nos meus. Ela piscava enquanto tentava manter sua concentração. Assim como eu.
Babi: eu sabia que viria até aqui - sussurrou, sua voz extremamente sexy.
Não precisei de mais estímulo. Esmaguei meus lábios contra os dela. Era como riscar um fósforo. Nossos lábios se moviam um contra o outro. Desesperado com a necessidade de chegar mais perto, ter mais dela. Ela abriu sua boca, permitindo que nossas línguas finalmente se unissem. O gemido rouco que ela deixou escapar vibrou em minha pele fazendo minha ereção se contorcer.
Bárbara tratou de ser rápida tirando minha camisa e desafivelando o cinto em meu jeans. Abriu os botões e o desceu até meus pés. Sua cara de safada me olhando la de baixo me fez sorrir diabolicamente. Suas mãos tocaram minha ereção pelo tecido da cueca box. Coloquei minha mão sobre a dela e a apertei. Seus lábios se abriram em um sorriso travesso. Eu sabia exatamente o que ela queria, mas não daria isso a ela. Não hoje.

Puxei seu corpo, deixando ela novamente na altura de meus olhos, e então envolvi meus dedos em sua garganta fazendo ela arfar alto, perdendo um pouco da postura mandona. Beijei seus lábios que pareciam implorar por isso. Quente, duro. Não era nada como as outras.
Deslizei minha outra mão para perto de sua calcinha. Era tão fina a renda que cobria sua intimidade, que ao toca-la ainda por fora eu senti toda a umidade que estava ali. Colocando o tecido para o lado, movi meu polegar encontrando seu ponto G. Com movimentos leves e lentos, eu vi Bárbara gemer em meus lábios.
Babi: mais, Victor. Mais! - ela pediu, eu atendi.
Enfiei lentamente dois dedos dentro dela, acelerando meus movimentos a medida que sua respiração se desregulava. Isso era melhor do que me satisfazer. Ter ela assim, entregue tão facilmente a mim era a melhor sensação. Agora, ela não se parecia nada com a mulher mandona e irritada que era. Apesar de gostar dela exatamente assim, essa versão vulnerável de Barbara era ainda melhor.

DANGEROUS TOUCHOnde histórias criam vida. Descubra agora