Narradora
Finn se encontrava encostado na sacada do quarto enquanto sentia as lágrimas banharem seu rosto. Millie ao menos lembrava da última vez em que havia visto seu noivo chorar, mas ali diante de seus olhos a morena via a fortaleza de Wolfhard ruir aos poucos. Sentindo seu coração bater angustiado por ver o homem que amava daquela forma, Brown se ajoelha em frente ao traficante, o fazendo finalmente perceber sua presença ali.
- S-Sai daqui, Millie, não quero que me veja assim!
O moreno murmura tentando esconder seu rosto avermelhado devido ao choro, mas antes que pudesse secar as últimas lágrimas que caíam de seus olhos as mãos macias de sua noiva seguram sua face delicadamente, o obrigando a olhar para ela.
- Não precisa ter vergonha, meu amor, pode desabar, não tem problema...eu te seguro!
A jovem sussurra com os olhos repletos de amor, e sem conseguir resistir mais Wolfhard desmorona sobre Millie, sentindo a morena lhe envolver em um abraço apertado.
- E-Ele era como um irmão para mim! Mataram o meu melhor amigo, amor! M-Mataram o Noah!
Finn chorava descontroladamente enquanto era amparado por Brown. O traficante sempre havia sido um homem frio e controlado, mas naquele momento sentia toda sua fragilidade ser exposta a mulher que o amava, mas que também o compreendia.
- Eu sei, eu sei, meu amor! Sempre estarei aqui com você, e tenho certeza de que vocês irão vingar a morte do Noah, mas agora você pode descansar, não precisa ser forte o tempo todo. Se te faltar força eu posso te dar um pouquinho da minha.
Millie declara acariciando os cachos do noivo ao mesmo tempo em que depositava milhares de beijos em seu rosto.
- Eu te amo, Millie, eu te amo mais que tudo nesse mundo! Me perdoa por ainda ser tão bruto as vezes, me perdoa por não ter te contado sobre minha volta ao tráfico, me perdoa por trazer esse caos para a nossa família de novo. Ficar longe de você esses dias acabou comigo, eu sinto muito, amor!
- Shiu...está tudo bem, já passou! Eu não esperava nos ver novamente nessa situação, mas somos uma família, e as famílias se apoiam. Eu te amo, meu amor, e se for preciso enfrentar tudo isso de novo para podermos voltar a viver em paz, então que assim seja. Meu lugar é onde você está, Finn!
Em um movimento rápido o traficante une sua testa com a de Millie e acaricia seu rosto carinhosamente. As lágrimas de ambos já caíam livremente, e sem suportar mais a saudade que sentiam o casal volta a unir seus lábios em um beijo cheio de amor. Suas línguas se encontrava de forma lenta enquanto provavam mais uma vez dos sintomas que afirmavam que independente do tempo e das brigas, continuavam completamente apaixonados um pelo outro.
- Você é o meu lar, Mills!
Dia Seguinte
Brown abre os olhos sentindo um peso sobre sua barriga e sorri bobamente ao ver a cena diante de si. Assim como na noite anterior, Finn abraçava sua cintura firmemente enquanto descansava a cabeça em seus seios. Após muitas lágrimas a morena havia o trazido de volta para cama e zelado por seu sono enquanto acariciava seus cabelos. Para todos Finn era um homem frio e inabalável, mas quando estavam sozinhos Millie conseguia ver o homem sensível e frágil pelo qual também havia se apaixonado. A jovem amava o traficante e todas as suas versões, sendo a boa ou a ruim. Brown permanece o admirando por algum tempo, e após alguns minutos a morena se levanta com cuidado, depositando um selinho nos lábios de Finn antes de caminhar até o quarto de Angel. Vendo a filha dormir tranquilamente a jovem sente um sorriso se formar em seus lábios, não demorando a voltar a caminhar em direção a cozinha. Millie amava cozinhar, e assim que suas vidas voltassem para o lugar, planejava continuar com projeto de abrir um restaurante. Despertando de seus pensamentos a morena começa a preparar o café da manhã, sentindo um beijo ser depositado em seu pescoço e duas mãos pequenas tamparem seus olhos algum tempo depois.
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Dangerous Love - Fillie
Hayran KurguPerigo: Estado, situação de uma pessoa que corre grandes riscos. Quando percebemos que estamos em perigo? Nosso sangue bombeia mais rápido? Nossas mãos suam? Nossas pupilas se dilatam? Nosso coração acelera? Nossa mente nos avisa que algo está...