IV

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Emily Swann

Eu continuava naquela árvore, já haviam se passado minutos, horas e eu ainda estava lá. Eu tentava entender o que havia acontecido, o que eu havia feito de errado? Por que eu havia falhado? Eu compreendia que eram os Vingadores, mas eu fui treinada para conseguir acabar com qualquer coisa.

Olho para o céu podendo ver no horizonte o sol se pondo e as primeiras estrelas aparecendo. Desço da árvore sentindo desconforto nos lugares em que fui ferida, no momento qualquer esforço me fazia sentir dores.

Assim que estava mais próxima da base vejo flocos de neve começarem a cair, seria um momento fofo se não fosse tudo que aconteceu momentos antes e, o sangue que essa neve recém caída estava tapando.

Passo pela porta podendo ouvir diversas vozes falando ao mesmo tempo, alguns falavam em russo, outros no inglês americano e uma pequena parte em uma língua que não conseguia compreender uma palavra, mas uma coisa era certa, todos falavam praticamente gritando.

Era um momento um pouco delicado para todos ali, os Vingadores já estavam causando uma dor de cabeça a HYDRA a um tempo, eles têm atacado praticamente todas as bases. A base que eu estava era a que iria nos fazer ter uma vantagem sobre eles, mas todos havíamos falhado.

- Ochevidno, obucheniye, kotoroye vy proshli, bylo bespoleznym, verno? - Aparentemente os treinos que você teve não serviram pra nada não é? - Ouço uma voz em russo falar logo atrás de mim, olho para trás vendo Andrei, o mesmo não tinha uma feição muito feliz, já era de se esperar, já que o mesmo estava me treinando todos os dias para hoje. - Eto ser'yezno, chto ya uchil tebya zashchishchat'sya s odinnadtsati let, tak chto ty ne mozhesh' drat'sya s Gaviau Arkeyru? - É sério que eu te ensino a se defender desde os onze anos para você não conseguir lutar contra o Gavião Arqueiro?

Apenas continuo olhando para o mesmo e assinto, sabia que nada que eu fizesse ou falasse iria me ajudar. O mesmo começa a me conduzir para uma sala inteiramente branca que era a ala hospitalar, onde no meio dela tinha uma maca e alguns enfermeiros em volta da mesma.

Troco de roupa colocando uma camisola hospitalar e, deito na maca e vejo os enfermeiros começarem a limpar meus ferimentos. Andrei me observava encostado em uma das paredes, conseguia imaginar o quanto ele deveria estar decepcionado comigo eu também estava.

Vejo os enfermeiros prenderem meus braços e pernas com algemas na maca, fecho os olhos respirando fundo já sabendo o que viria a seguir, quando abro os olhos vejo os enfermeiros já preparando as agulhas que logo estariam em meus braços.

Vejo o Andrei desencostar da parede que estava e andar na direção do enfermeiro que estava logo ao meu lado ajeitando suas luvas e máscara.

- Mogu postavit' chut' bol'she, chem v proshlyy raz. - Pode colocar um pouco mais do que o da última vez. - Ouço o mesmo falar para o enfermeiro, e suspiro ao ver o enfermeiro pegar mais agulhas.

Eles se posicionam prontos para fazer o trabalho deles, olho para a luz  que estava logo acima de mim, sinto diversas agulhas penetrarem o meu braço e minha visão começa a embaçar, sinto o líquido entrar em meu corpo, sentindo um queimar dentro de mim.

A dor começa a aumentar cada vez mais e começo a sentir meu corpo começar a transpirar e algumas lágrimas se formarem em meus olhos, minha respiração já estava descompassada e sentia queimar cada vez mais, começaram a sair alguns gritos de minha boca que iam aumentando conforme a dor aumentava.

Diversas lágrimas escorriam em meu rosto, eu me sentia como uma criança que chorava para sua mãe ao ter ralado o joelho, a diferença é que eu não tinha uma mãe para cuidar de mim.

A dor se tornou tão insuportável que pude sentir minha respiração começar a falhar, tentava puxar o ar mas parecia inútil. Vejo os enfermeiros começarem a ficar nervosos ao repararem que eu não estava conseguindo respirar, e uma movimentação se formou em volta de mim tentando dar um jeito no que acontecia.

Cada vez mais estava mais difícil de respirar, continuava tentando inspirar e expirar mas parecia que meus pulmões não funcionavam mais, meus olhos começaram a se fechar sozinhos e tudo ficou preto.

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Meus olhos se abriram aos poucos, assim que abro vejo uma luz apontada em minha cara o que me faz fechar os olhos novamente, fui me acostumando aos poucos com a claridade do ambiente. Parecia que minha cabeça explodir de tanta enxaqueca que eu estava sentindo.

Vejo um enfermeiro que eu não reparei que estava na sala sair correndo, depois de alguns minutos vejo outros enfermeiros e o Andrei entrar na sala, eles soltam minhas algemas e eu massageio meus punhos ao senti-los fora das algemas.

Eu me sentia muito fraca, a sensação era que eu não teria força o suficiente para suportar meu próprio corpo. Andrei se aproxima de mim checando como eu estava.

- Vy popravites' cherez neskol'ko chasov, eto normal'no dlya vashego tela, potomu chto u vas nikogda ne bylo tak mnogo dragotsennogo kamnya v vashem tele. - Você vai ficar melhor em algumas horas, é normal seu organismo ficar assim porque você nunca teve tanto da joia em seu organismo. - Ele fala e eu assinto para o mesmo. 

Ele me ajuda a levantar e vou em direção a minha cela. Pego as roupas que haviam deixado em minha cela e começo a me trocar, posso notar novas cicatrizes em meu corpo o que me faz suspirar.

Deito na cama e fecho os olhos apenas por alguns minutos mas, sou interrompida ao ouvir um barulho de como se tivessem batido na porta de vidro da cela, abro os olhos e vejo um soldado e já sei que estava na hora do meu treino, independente se estive cansada ou não.

THE AVENGER (PAUSADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora