55.°

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1 semana depois.

— A situação do Baekhyun está a piorar, receio que a única solução agora será o transplante de rim.

Dong-Sun e Baekhyun estavam naquele momento em uma sala do hospital conversando com o médico responsável pelo acompanhamento do mais novo. Ambos suspiraram ao ouvir aquilo, mas Baekhyun até se sentia aliviado de alguma forma, afinal não teria de continuar a fazer hemodiálise.

— Mas já? Será que não dá para continuar o tratamento e esperar que dê resultado? — indagou Dong-Sun, não se conformando com a ideia de operarem novamente o filho.

— A hemodiálise não está a fazer qualquer efeito, não vale a pena ele continuar. Além disso, o tratamento é demasiado doloroso para continuar sem garantias.

— Entendi.

Ao contrário de Baekhyun, Dong-Sun não se sentia nem um pouco satisfeito com a ideia do filho ir oytra vez para uma sala de operações. Mas será a primeira pessoa a dar-lhe a mão e a ajudá-lo.

— Então eu quero saber o que tenho de fazer para saber se sou compatível com o Baekhyun.

Baekhyun olhou o pai surpreso, mesmo sabendo que o mesmo era capaz disso e muito mais. Dong-Sun olhou para o filho de volta e ambos sorriram. Então, ouviram as explicações do médico com muita atenção sobre o procedimento.

Depois daquela consulta, Baekhyun foi à sua última sessão de hemodiálise. Parecia ter sido a mais dolorosa de todas, pois logo em seguida passou muito mal no carro a caminho de casa e quando teve de caminhar até ao seu apartamento, teve de se apoiar nos ombros do pai.

Sentia-se a morrer, só queria que aquilo acabasse.

— Dong-Sun, deixe estar, eu trato dele a partir daqui — ouviu a voz de Megan assim que entrou no apartamento, já com os olhos quase fechados.

— Obrigado, Megan. Passo por aqui mais logo, preciso de falar contigo.

Megan assentiu e passou os braços de Baekhyun para os seus ombros e Dong-Sun saiu, despedindo-se antes dos dois. Megan suspirou ao olhar o estado de Baekhyun depois daquele dia.

Levou o mesmo com cuidado e devagar até ao quarto do mesmo, que praticamente já era o de ambos, e deitou-o na cama.

Quando percebeu que este já estava confortável, tirou-lhe os sapatos e o casaco. Ao se dar conta que Baekhyun ainda não dissera uma palavra desde que chegara, sentou-se do seu lado.

— Como te sentes? — levou a mão até aos cabelos do mesmo e começou um delicado cafuné.

— Cansado, muito cansado. E se me levantar, acho que vomito.

— Então, deixa-te estar. Eu vou fazer-te um chá, já volto, está bem?

Baekhyun assentiu com a cabeça, sem vontade para falar mais. Megan levantou-se e foi até à cozinha, preparando um chá para os enjoos do marido.

Também se sentia cansada, para ser franca. Tinha começado há bem pouco tempo o novo trabalho e andava sempre de um lado para o outro a fazer photoshoots. Nunca parava e este era o primeiro dia que se sentia cansada fisicamente. No entanto, está a adorar o novo emprego.

Junmyeon tinha ido visitá-la ao trabalho naquela tarde, o que fora um bela supressa já que não se viam fazia muito tempo. No entanto, Angela tinha tido a mesma ideia e os dois acabaram por discutir e ser obrigados a ir embora.

Levou o chá até quarto e pouso-o sobre a mesa de cabeceira, sentando-se exatamente no mesmo lugar que antes.

— O meu pai ligou-me, amanhã temos um jantar.

— Um jantar? Porquê? Com quem? — Baekhyun indagou.

— Não me quis dizer porquê mas disse que o Jimin e a Haneul também iam e para tu ires também. Mas era só mesmo para te avisar, depois pensamos nisso. Bebe o chá e descansa.

Baekhyun murmurou alguma coisa que Megan entendeu como ok ou está bem e pegou na caneca de chá, dando-lha nas mãos. Baekhyun bebeu devagar e calmamennte todo o conteúdo e Megan fez questão de o ajudar a colocar-se confortável para, por fim, adormecer.

Dia seguinte.

— Queria tanto saber qual a razão deste jantar.

Baekhyun suspirou enquanto ajeitava a roupa um pouco mais formal do que a sua roupa do dia a dia, mas mais descontraída do que a levava todos os dias para o trabalho.

E Megan só se deliciava com a visão enquanto acabava de vestir. Uma camisa de listras brancas e azuis verticais e umas calças de ganga, colocando a camisa por dentro destas.

— Eu adoro o suspense. Confesso que estou ansiosa por saber porque nos convidou para jantar assim tão em cima da horas, mas também adoro esta sensação.

Megan sorriu acabando de se vestir e com a maquilhagem já no ponto. Baekhyun olhou de relance para o vestuário de Megan e sorriu de lado.

Puxou-a pela cintura e colou ambos os seus corpos.

— Baekhyun, agora não, precisamos de ir para o restaurante, já estamos é atrasados — Megan tentou empurrar de leve Baekhyun mas em vão.

— Só um beijinho — Baekhyun fez um beicinho com os lábios, tentando convencer a mesma.

— Só um mesmo!

Megan sorriu junto com Baekhyun e os seus lábios tocaram-se por breves segundos, demasiado breves ao ver de Baekhyun, que fez uma caminhada triste quando Megan se afastou.

— Megan...

— Temos mesmo de ir andando, depois compenso-te, está bem?

Baekhyun, mesmo contrariado, assentiu e pegou o resto das suas coisas antes de poderem sair. 

Teve de ser Megan a conduzir, assim como quase todas as vezes desde o acidente, pois Baekhyun ainda não tinha confiança suficiente para voltar à estrada.

— Boa noite, meninos — Megan ouviu o pai dizer de uma das poucas mesas ocupadas do chique restaurante. Foram até perto do mesmo, vendo Jimin e Haneul já sentados também. 

— Boa noite, pai —- Megan abraçou  Chung-Hu e em seguida fez o mesmo com Haneul e cumprimentou Jimin. Baekhyun cumprimentou-os igualmente. Em seguida, ambos se sentaram.

— Sabes porque é que estamos aqui? — Megan cochichou a Haneul, que encolheu os ombros. 

— Não, estava com a esperança que tu soubesses porquê.

— Bom, devem-se estar a perguntar porque é que eu vos convidei para um jantar assim tão de última hora. Isto porque eu tenho uma notícia para vos dar, principalmente a vocês as duas — Megan franziu o sobrolho, perguntando-se o que o pai teria para dizer a ela e a Haneul de tão importante — Podes vir.

Chung-Hu chamou alguém atrás dos quatro e todos olharam para trás, vendo uma mulher se aproximar da mesa. E, em segundos, Haneul soltou um suspiro percebendo que era a sua mãe. 

Dahye (pessoal não me lembro de mencionei o nome da mãe da Haneul alguma vez, então coloquei aqui um nome novo para ela, avisem-me se não for o correto, obrigada) caminhou até à mesa e sorriu para Chung-hu, que rodeou a sua cintura com o braço. 

— É com muita alegria que vos informo... que eu e a Dahye estamos juntos. 

Apostada | BaekhyunOnde histórias criam vida. Descubra agora