1 semana depois.
— A situação do Baekhyun está a piorar, receio que a única solução agora será o transplante de rim.
Dong-Sun e Baekhyun estavam naquele momento em uma sala do hospital conversando com o médico responsável pelo acompanhamento do mais novo. Ambos suspiraram ao ouvir aquilo, mas Baekhyun até se sentia aliviado de alguma forma, afinal não teria de continuar a fazer hemodiálise.
— Mas já? Será que não dá para continuar o tratamento e esperar que dê resultado? — indagou Dong-Sun, não se conformando com a ideia de operarem novamente o filho.
— A hemodiálise não está a fazer qualquer efeito, não vale a pena ele continuar. Além disso, o tratamento é demasiado doloroso para continuar sem garantias.
— Entendi.
Ao contrário de Baekhyun, Dong-Sun não se sentia nem um pouco satisfeito com a ideia do filho ir oytra vez para uma sala de operações. Mas será a primeira pessoa a dar-lhe a mão e a ajudá-lo.
— Então eu quero saber o que tenho de fazer para saber se sou compatível com o Baekhyun.
Baekhyun olhou o pai surpreso, mesmo sabendo que o mesmo era capaz disso e muito mais. Dong-Sun olhou para o filho de volta e ambos sorriram. Então, ouviram as explicações do médico com muita atenção sobre o procedimento.
Depois daquela consulta, Baekhyun foi à sua última sessão de hemodiálise. Parecia ter sido a mais dolorosa de todas, pois logo em seguida passou muito mal no carro a caminho de casa e quando teve de caminhar até ao seu apartamento, teve de se apoiar nos ombros do pai.
Sentia-se a morrer, só queria que aquilo acabasse.
— Dong-Sun, deixe estar, eu trato dele a partir daqui — ouviu a voz de Megan assim que entrou no apartamento, já com os olhos quase fechados.
— Obrigado, Megan. Passo por aqui mais logo, preciso de falar contigo.
Megan assentiu e passou os braços de Baekhyun para os seus ombros e Dong-Sun saiu, despedindo-se antes dos dois. Megan suspirou ao olhar o estado de Baekhyun depois daquele dia.
Levou o mesmo com cuidado e devagar até ao quarto do mesmo, que praticamente já era o de ambos, e deitou-o na cama.
Quando percebeu que este já estava confortável, tirou-lhe os sapatos e o casaco. Ao se dar conta que Baekhyun ainda não dissera uma palavra desde que chegara, sentou-se do seu lado.
— Como te sentes? — levou a mão até aos cabelos do mesmo e começou um delicado cafuné.
— Cansado, muito cansado. E se me levantar, acho que vomito.
— Então, deixa-te estar. Eu vou fazer-te um chá, já volto, está bem?
Baekhyun assentiu com a cabeça, sem vontade para falar mais. Megan levantou-se e foi até à cozinha, preparando um chá para os enjoos do marido.
Também se sentia cansada, para ser franca. Tinha começado há bem pouco tempo o novo trabalho e andava sempre de um lado para o outro a fazer photoshoots. Nunca parava e este era o primeiro dia que se sentia cansada fisicamente. No entanto, está a adorar o novo emprego.
Junmyeon tinha ido visitá-la ao trabalho naquela tarde, o que fora um bela supressa já que não se viam fazia muito tempo. No entanto, Angela tinha tido a mesma ideia e os dois acabaram por discutir e ser obrigados a ir embora.
Levou o chá até quarto e pouso-o sobre a mesa de cabeceira, sentando-se exatamente no mesmo lugar que antes.
— O meu pai ligou-me, amanhã temos um jantar.
— Um jantar? Porquê? Com quem? — Baekhyun indagou.
— Não me quis dizer porquê mas disse que o Jimin e a Haneul também iam e para tu ires também. Mas era só mesmo para te avisar, depois pensamos nisso. Bebe o chá e descansa.
Baekhyun murmurou alguma coisa que Megan entendeu como ok ou está bem e pegou na caneca de chá, dando-lha nas mãos. Baekhyun bebeu devagar e calmamennte todo o conteúdo e Megan fez questão de o ajudar a colocar-se confortável para, por fim, adormecer.
Dia seguinte.
— Queria tanto saber qual a razão deste jantar.
Baekhyun suspirou enquanto ajeitava a roupa um pouco mais formal do que a sua roupa do dia a dia, mas mais descontraída do que a levava todos os dias para o trabalho.
E Megan só se deliciava com a visão enquanto acabava de vestir. Uma camisa de listras brancas e azuis verticais e umas calças de ganga, colocando a camisa por dentro destas.
— Eu adoro o suspense. Confesso que estou ansiosa por saber porque nos convidou para jantar assim tão em cima da horas, mas também adoro esta sensação.
Megan sorriu acabando de se vestir e com a maquilhagem já no ponto. Baekhyun olhou de relance para o vestuário de Megan e sorriu de lado.
Puxou-a pela cintura e colou ambos os seus corpos.
— Baekhyun, agora não, precisamos de ir para o restaurante, já estamos é atrasados — Megan tentou empurrar de leve Baekhyun mas em vão.
— Só um beijinho — Baekhyun fez um beicinho com os lábios, tentando convencer a mesma.
— Só um mesmo!
Megan sorriu junto com Baekhyun e os seus lábios tocaram-se por breves segundos, demasiado breves ao ver de Baekhyun, que fez uma caminhada triste quando Megan se afastou.
— Megan...
— Temos mesmo de ir andando, depois compenso-te, está bem?
Baekhyun, mesmo contrariado, assentiu e pegou o resto das suas coisas antes de poderem sair.
Teve de ser Megan a conduzir, assim como quase todas as vezes desde o acidente, pois Baekhyun ainda não tinha confiança suficiente para voltar à estrada.
— Boa noite, meninos — Megan ouviu o pai dizer de uma das poucas mesas ocupadas do chique restaurante. Foram até perto do mesmo, vendo Jimin e Haneul já sentados também.
— Boa noite, pai —- Megan abraçou Chung-Hu e em seguida fez o mesmo com Haneul e cumprimentou Jimin. Baekhyun cumprimentou-os igualmente. Em seguida, ambos se sentaram.
— Sabes porque é que estamos aqui? — Megan cochichou a Haneul, que encolheu os ombros.
— Não, estava com a esperança que tu soubesses porquê.
— Bom, devem-se estar a perguntar porque é que eu vos convidei para um jantar assim tão de última hora. Isto porque eu tenho uma notícia para vos dar, principalmente a vocês as duas — Megan franziu o sobrolho, perguntando-se o que o pai teria para dizer a ela e a Haneul de tão importante — Podes vir.
Chung-Hu chamou alguém atrás dos quatro e todos olharam para trás, vendo uma mulher se aproximar da mesa. E, em segundos, Haneul soltou um suspiro percebendo que era a sua mãe.
Dahye (pessoal não me lembro de mencionei o nome da mãe da Haneul alguma vez, então coloquei aqui um nome novo para ela, avisem-me se não for o correto, obrigada) caminhou até à mesa e sorriu para Chung-hu, que rodeou a sua cintura com o braço.
— É com muita alegria que vos informo... que eu e a Dahye estamos juntos.

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Apostada | Baekhyun
FanfictionA filha perde a mãe quando criança. O pai perde a filha ao jogo. Duas perdas, parecendo não estar ligadas mas uma sendo a consequência da outra. No entanto, acabam ambas por ter o mesmo futuro. Um casamento arranjado. ✅ CONCLUÍDA ➼ copyright © xis...