46.°

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Narrador

— Eu juro, eu era incapaz de fazer algum mal que fosse ao meu filho. Não fui eu que bati no carro dele!

Depois de terem falado com Dong-sun no hospital, o mesmo nem ofereceu resistência quando os dois inspetores lhe disseram para os acompanhar até à esquadra. Mesmo que estivesse confuso, sabia que seria pior se se recusase a ir.

Agora estava fechada numa sala, felizmente não estava nem algemado, sentado numa cadeira mais que desconfortável com um dos inspetores de pé a olhar para si, à espera de respostas.

— Uma câmera de vigilância de uma casa perto do local do acidente filmou tudo. As gravações só nos chegaram ontem. Como pode explicar o facto do seu carro aparecer na gravação e propositalmente embatido no carro do seu filho?

— Nesse dia eu nem sequer estava na cidade, podem confirmar com os meus sócios.

Dong-sun vê o inspetor agarrar no telemóvel e ligar para alguém, dizendo para confirmar a veracidade do que dizia. Desligou a chamada e por fim sentou-se. .

— Veremos se isso é realmente verdade.

— Pode dizer-me a matrícula do carro dessas filmagens?

— Para quê? — o mesmo ergue o sobrolho.

— Se me disser, eu posso lhe explicar.

O inspetor fica algum tempo encarando Dong-sun, mas acaba por se levantar e vai buscar uma pasta atrás de si, colocando-a em cima da mesa.

— Está aqui — Dong-sun inclina-se e lê os números que estão ali.

— Estava a perguntar-me porque queria ver a matrícula. Porque o carro desta matrícula não o tenho comigo. A minha mulher levou esse carro quando desapareceu, exatamente no mesmo dia do acidente...

Megan

Estou neste momento sentada na cama do Baekhyun, com ele também sentando na minha frente, sem dizer uma única palavra.

Estou nervosa e à beira de um ataque de ansiedade só de o ver daquela maneira, sem falar comigo.

— Baekhyun... diz alguma coisa.

— Eles não podem prender o meu pai, não foi ele que me tentou matar, acredita em mim — pela primeira vez depois de uma ter contado aquilo que aconteceu no corredor, ele olhou para mim é o seu olhar estava... desolado e desanimado.

— Eu sei que ele não fez nada. E eles não podem incriminar o teu pai se não têm provas.

— O problema é que podem ter... — ele suspirou.

— Como assim?

— O carro que bateu no meu naquele dia... era sim o do meu pai... mas não era ele que estava lá.

— Então quem era?

Mas antes que ele pudesse abrir a boca, o meu telemóvel toca, fazendo-me desejar a morte a quem me estivesse a ligar naquele momento. Pedi-lhe desculpa e ele apenas assentiu e fui até à minha mala. Era a Angela, há dias que não falava com ela.

Apostada | BaekhyunOnde histórias criam vida. Descubra agora