27.°

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Megan

Dia seguinte.

Nunca me senti tão sozinha na minha vida. É a realidade. Por mais que tenha os meus amigos que me vêem visitar praticamente todos os dias, o meu pai sempre que pode, o Baekhyun que tem passado mais tempo em casa, não me consigo sentir bem.

Quem se sentiria bem ao ir viver para uma casa que mais parece um palácio com pessoas que nunca viu em lado algum na vida e um rapaz que poderia ser um bom partido a trata-la mal ou simplesmente ignora-la. Como se eu tivesse culpa.

Nestes momentos, penso muito na minha mãe. Como ela se deve estar a sentir sozinha onde quer que ela esteja e a sofrer ao ver-me assim. Bem, acho que não vai durar durante muito mais, sendo que o meu pai está sempre cheio de trabalho. Rezemos que sim.

Tinha acabado de acordar e ouvi o chuveiro da casa de banho ligado. O Baekhyun ainda estava em casa.

Levantei-me da cama e comecei logo a pensar como podetia ocupar o meu tempo, ficar sem fazer nada estava fora de questão. Fui até à casa de banho, voltei ao meu quarto para ir buscar o meu telemóvel e fui até à cozinha fazer o meu pequeno-almoço.

Quando estava a pôr o telemóvel a carregar, reparei numa folha branca a sair por trás do mesmo. Tirei a capa do telemóvel e vi que no papel que estava ali escondido estava escrito um número. E flashbacks daquela noite na Tailândia vieram-me à cabeça.

Olhei para o número mais uma vez e pensei que aquilo poderia ser a solução para todos os meus problemas. Pelo menos para a minha rotina é solidão.

Pensei um pouco no que iria fazer e decidi que se não arriscasse, iria arrepender-me depois.

Chamada

— Estou sim, bom dia?

— Bom dia. Junmyeon?

— Sim, sou eu. Eu conheço essa voz... quem fala?

— Sou a Megan. Conhecemo-nos num bar na Tailândia há um mês.

— Ah sim! Megan, como estás? Guardaste o meu número então.

— Sim, decidi guardar. Não estou muito bem, por isso liguei-te. Pode parecer estranho mas preciso de conversar alguém e no momento lembrei-me que tinha o teu número. 

— Não acho nada estranho. Eu estou em Seul, onde é que vives?

— Vivo mesmo no centro. Podemos encontrar-nos amanhã? Almoçamos no restaurante xxx?

— Sim, sem problema. À uma da tarde estarei lá.

— Até amanhã.

— Até amanhã, Megan.

Desliguei a chamada e voltei a guarda-lo no bolso. Não me parece uma coisa assim tão errada de se fazer. Ele pareceu-me ser uma ótima pessoa quando falamos na Tailândia, acho que não me vou desiludir.

— O que é que pensas que estás a fazer?

Um suspiro de completo susto saiu da minha boca quando ouvi a voz do Baekhyun bem atrás de mim. Estava de costas para ele, então virei-me e ele estava a encarar-me e parecia estar furioso. Ele estava a ouvir a minha conversa?

— Estou a tentar tomar o meu pequeno-almoço.

— Não, estavas. Eu ouvi tudo.

— Porquê?

— Porque... Estava a vir para a cozinha e tu falas muito baixo, não é? — riu ao acabar a pergunta irônica.

— Estás a tentar dizer o quê? Que te metes naquilo que não és chamado?

Apostada | BaekhyunOnde histórias criam vida. Descubra agora