2.º

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O meu nome é Byun Dongsoon. O teu pai deve saber quem eu sou. Queria falar com ele — aquele senhor falou, espreitando atrás de mim provavelmente procuramdo pelo meu pai.

Tudo bem. Eu venho já.

Não achei nada de estranho ali, afinal deveria ser algum amigo do meu pai ou então mesmo algum colega de trabalho ou negócios. Olhei-o uma última vez antes de subir para o meu quarto do meu pai.

Pai, está um senhor à porta que quer falar contigo — encostei-me à ombreira da porta, olhando-o que estava apenas sentado na cama com o portátil no colo.

Quem?

Um tal de Byun qualquer coisa.

Franzi o cenho tentando me lembrar o nome do homem e assim que voltei de novo o meu olhar para ele, a sua expressão mudou completamente. Mas não sei explicar qual era.

Aconteça o que acontecer não vais sair do teu quarto enquanto eu não disser.

Mas... — ele fechou o portátil e levantou-se, vindo até mim.

Nem mas nem meio mas. Só sais quando eu disser. Entendido?

Assenti um pouco a tremer do tom de voz com que ele me falou e deixei-o passar. Fui até ao meu quarto e atirei-me para cima da cama, procurando alguma coisa para me entreter. 

15 minutos depois.

A curiosidade é mais forte que eu e eu tinha de ir ouvir a conversa. Para o meu pai não quisesse que eu ouvisse é porque era grave. Levantei-me da cama com cuidado para não fazer muoto barulho e abri a porta bem devagar pelo mesmo motivo.

Mas já amanhã?

Sim, amanhã o meu motorista virá buscá-la para viver connosco para eles se conhecerem antes do casamento.

Casamento? Qual casamento? Quem é que se vai casar?

Mas ela é minha filha... como lhe vou contar uma coisa destas?

Espera aí... eles estão a falar de mim? Não, não pode ser...

Preparou-a estes anos todos para isto. Algum dia teria que acontecer. E sabíamos que o contrato dizia que isso aconteceria quando ela fizesse 20 anos.

O contrato, o contrato que eu encontrei no quarto do meu pai. Nada na minha cabeça está a fazer sentido neste momento, mas quem é que se vai casar mesmo?

Tudo bem. Eu vou falar com ela. Mas não prometo que ela vá aceitar casar-se com um rapaz que não conhece.

Nesse momento, decidi fechar a porta do quarto. Foi aí que comecei a perceber tudo o que se estava a passar. Contrato, preparação, casamento, vinte anos... não, não pode ser. Deitei-me na cama e esperei que o meu pai viesse falar comigo, com a minha cabeça completamente baralhada e esperando uma explicação.  Uns 10 minutos depois ouvi-o a bater à porta.

Entra.

Ele entrou bem devagar no meu quarto e pelas suas ações começava a desconfiar que as minhas teorias estavam certas. Eles estavam a falar de mim não estavam? Só pode ser. 

Preciso de falar contigo — ele falou sentando-se do meu lado.

Eu sei que sim, eu ouvi a conversa — falei um tanto seria.

Ouviste?

Eu espero não ter ouvido bem. Mas pai, tu vais obrigar-me a casar?

Apostada | BaekhyunOnde histórias criam vida. Descubra agora