— O meu nome é Byun Dongsoon. O teu pai deve saber quem eu sou. Queria falar com ele — aquele senhor falou, espreitando atrás de mim provavelmente procuramdo pelo meu pai.
— Tudo bem. Eu venho já.
Não achei nada de estranho ali, afinal deveria ser algum amigo do meu pai ou então mesmo algum colega de trabalho ou negócios. Olhei-o uma última vez antes de subir para o meu quarto do meu pai.
— Pai, está um senhor à porta que quer falar contigo — encostei-me à ombreira da porta, olhando-o que estava apenas sentado na cama com o portátil no colo.
— Quem?
— Um tal de Byun qualquer coisa.
Franzi o cenho tentando me lembrar o nome do homem e assim que voltei de novo o meu olhar para ele, a sua expressão mudou completamente. Mas não sei explicar qual era.
— Aconteça o que acontecer não vais sair do teu quarto enquanto eu não disser.
— Mas... — ele fechou o portátil e levantou-se, vindo até mim.
— Nem mas nem meio mas. Só sais quando eu disser. Entendido?
Assenti um pouco a tremer do tom de voz com que ele me falou e deixei-o passar. Fui até ao meu quarto e atirei-me para cima da cama, procurando alguma coisa para me entreter.
15 minutos depois.
A curiosidade é mais forte que eu e eu tinha de ir ouvir a conversa. Para o meu pai não quisesse que eu ouvisse é porque era grave. Levantei-me da cama com cuidado para não fazer muoto barulho e abri a porta bem devagar pelo mesmo motivo.
— Mas já amanhã?
— Sim, amanhã o meu motorista virá buscá-la para viver connosco para eles se conhecerem antes do casamento.
Casamento? Qual casamento? Quem é que se vai casar?
— Mas ela é minha filha... como lhe vou contar uma coisa destas?
Espera aí... eles estão a falar de mim? Não, não pode ser...
— Preparou-a estes anos todos para isto. Algum dia teria que acontecer. E sabíamos que o contrato dizia que isso aconteceria quando ela fizesse 20 anos.
O contrato, o contrato que eu encontrei no quarto do meu pai. Nada na minha cabeça está a fazer sentido neste momento, mas quem é que se vai casar mesmo?
— Tudo bem. Eu vou falar com ela. Mas não prometo que ela vá aceitar casar-se com um rapaz que não conhece.
Nesse momento, decidi fechar a porta do quarto. Foi aí que comecei a perceber tudo o que se estava a passar. Contrato, preparação, casamento, vinte anos... não, não pode ser. Deitei-me na cama e esperei que o meu pai viesse falar comigo, com a minha cabeça completamente baralhada e esperando uma explicação. Uns 10 minutos depois ouvi-o a bater à porta.
— Entra.
Ele entrou bem devagar no meu quarto e pelas suas ações começava a desconfiar que as minhas teorias estavam certas. Eles estavam a falar de mim não estavam? Só pode ser.
— Preciso de falar contigo — ele falou sentando-se do meu lado.
— Eu sei que sim, eu ouvi a conversa — falei um tanto seria.
— Ouviste?
— Eu espero não ter ouvido bem. Mas pai, tu vais obrigar-me a casar?
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Apostada | Baekhyun
ФанфикA filha perde a mãe quando criança. O pai perde a filha ao jogo. Duas perdas, parecendo não estar ligadas mas uma sendo a consequência da outra. No entanto, acabam ambas por ter o mesmo futuro. Um casamento arranjado. ✅ CONCLUÍDA ➼ copyright © xis...