58.°

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Baekhyun

Dia seguinte.

Quando abri os meus olhos, um sorriso involuntário surgiu no meu rosto ao lembrar-me do que aconteceu na noite passada. Foi um sonho? Não, mas para mim foi mais que um sonho aquilo que fiz com a Megan.

Declarei o meu amor por ela ontem e não me arrependo nem um pouco, nem do que disse nem do que fiz. A Megan é alguém que eu faço questão de levar para o resto da minha vida, seja como namorada, mulher ou amiga, caso isto por alguma razão não venha a resultar no futuro. E espero que ela seja minha mulher... até que a morte nos separe.

— Estás a pensar em quê? — ouço a sua voz rouca por ter acabado de acordar. Olho para a mesma, que está deitada de barriga para baixo e ainda de olhos fechados.

— Nada de especial, só que tu és a melhor coisa que me aconteceu em toda a minha vida — virei-me para ela, apoiando-me no cotovelo.

— Que exagerado — ela ri — mas é melhor levantares-te, tens de ir trabalhar.

— Pois é — suspirei e inclinei-me para si, dando-lhe um beijo demorado — E bom dia.

— Bom dia — a Megan sorriu.

Levantei-me da cama ainda com pouca roupa, ou mesmo nenhuma, estava calor e nem me dei ao trabalho de me voltar a vestir. Ouvi-a rir baixinho mas simplesmente ignorei e fui-me enfiar debaixo do chuveiro.

Assim que saí da casa de banho já com o duche tomado, ter escovado os dentes e ter vestido a roupa para ir trabalhar, voltei ao meu quarto e me deparei com a Megan novamente a dormir.

Não consigo explicar a visão que conseguia ter dali daquela porta para dentro do quarto. O quarto estava mais que arrumado, a unica coisa mais desarrumada era a cama e era onde ela estava. À sua frente, e bem perto da cama, está a janela que dá para a frente do prédio, e lá está pendurado o Caçador de Sonhos que ela me ofereceu.

Não podia ir mais feliz para um dia cansativo de trabalho.

Tomei um pequeno-almoço bem rápido e fui para a empresa do meu pai. Entrei, cumprimentei aqueles que vi pelo caminho e fui direto para o meu escritório, encontrando logo bastante trabalho pela frente em cima da minha secretária.

Duas batidas na porta são ouvidas por mim e dou permissão que entre. Era o meu pai.

— Bom dia, filho — veio até mim e abraçou-me, ato que me surpreendeu um pouco.

— Bom dia. Passa-se alguma coisa?

— Precisava de falar contigo — afastou-se de mim por fim apenas para se sentar em frente à minha secretária. Voltei a sentar-me à sua frente também.

— O que é que se passa?

— Hoje antes de vir trabalhar... eu fui falar com a tua mãe. Fui até à esquadra — por momentos, fiquei sem qualquer reação. O meu pai estava tão magoado com a minha mãe, até já tem os papéis do divórcio prontos e mesmo assim foi a correr vê-la? Não entendo.

— Para quê?

— Tinha de falar com ela, filho, tinha de a confrontar com tudo aquilo que me contaste. Além disso, também lhe levei os papéis do divórcio. Estamos oficialmente separados — senti alguma pena dele pois ele disse aquela última frase com bastante tristeza na voz.

— Lamento...

— A minha conversa com a tua mãe deixou-me um pouco descansado. Apesar de ser difícil para mim acreditar, ela está arrependida, filho. Ela quer muito ver-te — suspirei, já era a segunda vez que ouvia aquele discurso e dispensava ouvir mais uma vez. Não adiantava, por mais que insistissem, não irei ver a minha mãe.

Apostada | BaekhyunOnde histórias criam vida. Descubra agora