Depois daquele susto que apanhei, percebi que ele estava meio confuso, afinal tinha acabado de acordar. Aproveitei a situação e chamei uma enfermeira, avisando-a que o Baekhyun tinha acordado.
Apesar do susto, não conseguia tirar o sorriso do rosto e olhar através daquela janela, olhando tudo o que os enfermeiros e o médico faziam à sua volta. Queria ter a certeza que ele estava mesmo bem.
— Parece que me tiraram um peso de duzentos quilos de cima.
Ouvi o Dong-sun dizer atrás de mim. Ele quase chorou de alegria quando lhe disse que o Baekhyun tinha acordado.
— Pode crer que sim. Só quero saber como ele está agora. Se vai haver complicações — suspirei, baixando o olhar, o meu sorriso desaparecendo aos poucos.
— Espero que não.
E, do nada, voltei à realidade. Quando ele acordou, tudo aquilo que pensava era que estava demasiado feliz para pensar no que tinha acontecido bem antes.
O diário...
Aquilo que está lá escrito... não é possível que seja verdade. Se é, eu vou matar aquela mulher, mesmo com as minhas próprias mãos.
Respirei fundo, tentando acalmar-me. Tinha vontade de abordar o Baekhyun com o diário e queria ouvir da parte dele se aquilo era mesmo verdade. Mas por outro lado... tenho de fazer uma coisa antes.
— Tome — virei-me para o Dong-sun e estiquei-lhe os braços com o diário nas mãos.
— O que é isso? — ele olhou e pegou nele.
— É o diário do seu filho. E você, mais que ninguém, deveria saber o que está aí.
— Mas... O que é que está aqui?
— Leia. Eu não sou capaz de lho dizer.
Ele ainda estava confuso com o diário nas mãos e eu simplesmente dei-lhe costas e voltei a olhar para dentro do quarto.
Com o tempo, os enfermeiros começaram a sair do quarto e o médico veio ter connosco.
— Bom, pelo que observamos o Baekhyun está bem melhor do nós pensávamos que iria estar.
— Isso significa o quê? — o Dong-sun perguntou.
— Ele já está quase recuperado da anemia, o que já é muito positivo. Mas o rim... Vai ter de ser feito o que eu falei anteriormente. Mas vamos falar mais calmamente no meu consultório — o médico fez um sinal para que eu e o Dong-sun o seguíssemos.
— Não. Eu fico aqui, pode ir Dong-sun.
— Tudo bem, até já.
Sorri para o Dong-sun e ganhei coragem para voltar a entrar no quarto. Rezava para que ele já nem se lembrasse do que aconteceu há quase uma hora atrás.
Mal entrei, a sua audição parecia estar bem apurada já que ele olhou imediatamente para a porta. Quando me viu, voltou a deitar a cabeça na almofada, como se estivesse à espera de alguém que não eu.
— Como é que te sentes? — aproximei-me, ficando perto dos pés da cama.
— Cansado e cheio de dores na costura — falou sem abrir os olhos, franzindo o nariz.
— Precisas de alguma coisa? — falei, tentando puxar conversa.
— Não, mas obrigado — ele abriu os olhos e sorriu para mim. É isso mesmo? Ele acabou de sorrir?
Assenti e fui até ao sofá novamente, sentando-me lá.
Qualquer pessoa perceberia que estava nervosa, até ele mesmo devia estar a reparar. Não parava de mexer a perna e roer as unhas.
Porquê? Por causa do diário.
Eu queria confronta-lo, mas seria o melhor a fazer neste momento?
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Apostada | Baekhyun
FanficA filha perde a mãe quando criança. O pai perde a filha ao jogo. Duas perdas, parecendo não estar ligadas mas uma sendo a consequência da outra. No entanto, acabam ambas por ter o mesmo futuro. Um casamento arranjado. ✅ CONCLUÍDA ➼ copyright © xis...