Apostada | Baekhyun

50.°

Dia seguinte.

Estava na cozinha enquanto preparava alguma coisa para comer e tentava fazer um pequeno-almoço decente para a Megan. Queria dar-lhe algumas pistas de que hoje algo vai mudar.

Não é a primeira vez que lhe faço o pequeno-almoço, mas hoje quero deixá-lo com um toque especial. Espero que tudo corra como estou à espera.

Mas ainda falta o mais importante, e é disso que eu vou tratar agora de manhã.

Comi um pouco à pressa apenas um pouco de arroz e alguns legumes que cozi para a Megan e coloquei o seu pequeno-almcoo no microondas. Por fim, deixei o meu toque especial em cima da bancada da cozinha, para quando ela entrasse fosse a primeira coisa que visse.

Como ainda não tenho carro e, para ser sincero, ainda não tenho coragem de voltar a conduzir um, tive de apanhar um táxi até ao meu destino.

Cheguei ao sítio onde estava combinado. A empresa dele. Sim, até pode parecer estranho, mas aquilo que eu tinha a tratar era urgente e parece que ele é o senhor muito ocupado, então tem de ser mesmo aqui.

Chegando à entrada, olhei à minha volta e balancei a cabeça, pensando em quanto superou as minhas expectativas. Parecia ser uma empresa bem grande, como a do meu pai.

Falei a alguém que lá passou que queria ver o Junmyeon, que me disse que o mesmo já lhe tinha dito que estava à minha espera e disse-me onde era o seu escritório.

Desloquei-me até onde presumia que fosse o seu escritório. Um pequeno "entre" confirmou que eu não me tinha enganado. Entrei no que pensie ser o seu escritório e ele estava sentado em frente a uma secretária. Por momentos, quase me vi ao espelho.

— Senta-te, não estejas aí de pé a olhar para mim — ouvi-o falar sem sequer olhar para mim e assim o fiz. Fui até perto da sua secretária e sentei-me numa cadeira bem na sua frente.

— Está tudo bem? — tentei começar a conversa de uma maneira mais natural, sem ir logo diretamente ao assunto.

— Está sim — falou antes de levantar a cabeça e encarar-me pela primeira vez hoje — Mas de certeza que não me ligaste só para saber se estava bem. Aliás, até há uns dias atrás nem me podias ver à frente.

— Sim, tens razão, mas a razão que me trouxe aqui faz-me esquecer o meu ódio por ti — ele riu, mas eu percebi que foi pela palavra que usei. Não é mentira, eu odiava-o com todas as minhas forças... talvez ainda o odeie, mas um pouco menos.

— E o que é que te trouxe aqui? Para vires ter comigo... é porque é mesmo importante — cruzou os braços sobre o peito esperando que eu desenvolvesse.

— É sobre a Megan — finalmente deixei sair, o que o fez tombar a cabeça para o lado.

— Finalemente conseguiste tomar alguma decisão?

— Sim... e preciso da tua ajuda - suspirei, perdendo toda a minha dignidade naquele momento.

Demorei alguns minutos até que lhe expliquei todo o processo e o meu plano para fazer a supresa à Megan.

Sim, vai ser uma supresa, mas ainda não posso falar o quê, para ver que nada corre mal.

— Então? Ajudas-me? — perguntei enquanto ele parecia pensativo.

— Sim, mas com uma condição - ergui a sobrancelha, surpreendido com a sua fala — Vais ter de me prometer que não vais NUNCA magoar a Megan, se não eu juro que te mato com as minhas próprias mãos. Nunca! — falou a última palavra sílaba a sílaba. Mas quem é que ele pensa que eu sou? Se já a magoei, nunca foi por querer.