Apostada | Baekhyun

1.º

Acordei naquela manhã por alguma razão extremamente feliz.  Ok, há uma razão para eu estar tão feliz, faço hoje vinte anos. Não é um número nada de especial, pelo menos para alguns, mas isto quer dizer que já sou maior de idade para tudo porque na Coreia só as vinte anos (vinte um de idade coreana) é que temos permissão para fazer tudo, dentro das regras e leis como é óbvio.

Já eram dez da manhã quando decidi levantar da cama, começar o meu dia de aniversário. Foi para casa de banho depois de ter escolhido uma roupa e quando acabei o que tinha a fazer, desci, indo até à cozinha e lá estava o meu pai a fazer o pequeno-almoço.

— Bom dia — falei com um sorriso na cara indo até ele.

— Parabéns meu amor — ele aproximou-se um pouco de kim e abraçou-me com força e beijou-me a bochecha. O mesmo voltou a sentar-se mas parecia desanimado.

— O que é que se passa? Estás assim tão triste por a tua filha estar a ficar mais velha? — soltei um riso não muito alto.

— Claro que não. Estás a tornar-te uma grande mulher. E estou muito orgulhoso de ti — falou sorrindo e voltou para o que estava a fazer.

— Obrigada pai.

Fui buscar uma taça, pus leite e fui buscar os cereais. Sentei-me na pequena mesa da cozinha e comecei a comer. Não sabia bem o que ele estava a fazer, mas estava com demasiada fome para estar à espera que ele acabasse.

— Tens planos para hoje? — perguntou vindo até mim e sentando-se, com ovos mexidos num prato e café numa caneca para ele.

— Não vou fazer nenhuma festa mas eu e a Emily vamos dar uma volta — falei assim que esvaziei a boca de cereais.

— Mas não vais estar com mais ninguém? — enfiou uma garfada de ovos na boca.

— Sim, depois vou estar com o Jimin e com a Angela.

— Está bem. Hoje vou trabalhar o dia todo, mas prometo que à tarde faço um jantar especial e trago um bolo — sorriu para mim e encarei-o.

— Não precisas de ter esse trabalho todo. E também já não sou nenhuma criança.

— Mas eu quero.

— Tudo bem. Obrigada pai. Também de qualquer maneira agrada-me a ideia do bolo. Agora vou andando, a Emily deve estar à espera que passe lá em casa dela — limpei a boca ao guardanapo e levantei-me, indo colocar a louça suja na máquina.

— Até logo amor. Nunca te esqueças que gosto muito de ti.

Depois de colocar a louça n máquina, subi novamente para o meu quarto onde coloquei algumas coisas na minha mala e voltei a descer, despedindo-se novamente do meu pai e saindo de casa com alguma pressa.

O meu sexto sentindo dizia-me que ele aparentava ter uma expressão trsite assim que entrei na cozinha mas depois pensei, mas que razão tem ele para estar triste? Impressão tua Megan.

Caminhei rapidamente vendo que já estava atrasada e bati à porta da casa da Emily, não foi preciso dois segundos para ser aberta. Ela abriu os braços de uma maneira exagerada e eu previ logo o que vinha aí. Preparei-me para a vergonha que ia passar.

— Parabéns miúda! — ela disse gritando. Eu posso jurar que já todo o bairro sabe que faço anos.

— Ok. Obrigada. Mas fala um pouco mais baixo por favor.

— Não, quero mesmo que passes uma vergonha. Já estou pronta, vamos para o shopping? Ainda temos tempo antes de nos encontrar-mos com aqueles dois.