52.°

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Baekhyun

Dia seguinte.

A luz do sol naquela manhã já tinha penetrado nas cortinas e janela do meu quarto e neste momento tentava acordar-me batendo-me na cara com uma certa intensidade. Resmunguei por ainda estar embalado pelo sono mas assim que fiquei mais consciente, espreguicei-me sorrindo.

Ontem foi provavelmente o dia mais feliz da minha vida. Não esperava que fosse, aliás esperava mesmo que fosse um fracasso mas uma parte muito pequena de mim sabia que ia correr bem. Ouvi-la dizer que não queria um namorado perfeito é sim a mim quase me fez chorar, mas fiz-me de forte.

Mas quando voltámos para casa já de noite depois de termos ido jantar fora juntos, deixei que todo o choro que segurei naquelas horas tomar conta de mim. E para ser sincero, não percebi se estava a chorar de alegria... ou tristeza.

Foi tudo ao mesmo tempo, foi o casamento com Megan, foi a minha mãe que voltou com a chantagem depois de saber que estava apaixonado por ela, depois de me tentar matar desaparecer e depois de alguns meses ouvir da boca da Megan tudo aquilo que eu desejava.

Acho que a minha demonstração de fraqueza de ontem foi apenas para soltar toda raiva, tristeza felicidade e amor que sentia ao mesmo tempo dentro de mim. E foi bem... desanuviante.

Finalmente ganhei coragem para me levantar para um novo recomeço da minha vida. Hoje não tenho de ir me enfiar no hospital, então tenho de arranjar alguma coisa para me entreter. Talvez vá ter com o Kyungsoo já que a Megan tem umas coisas para fazer hoje que não me incluem.

Arrastei-me até à casa de banho e quando saí de lá abri um pouco a janela para arejar o quarto. Quando olhei para o relógio na mesa de cabeceira, fiquei animado ao perceber que a Megan provavelmente ainda estava em casa então apressei-me até ao quarto dela. Mas infelizmente, ele estava vazio quando abri na sua porta e sem reposta, abri-a.

Suspirei e toda animação que tinha sentido desapareceu do meu corpo assim que caminhei até à cozinha e também não a encontrei. Em vez disso, um pequeno bilhete estava em cima do mármore da bancada.

Fui ter com a Emily e a Ângela, ainda volto antes de almoço. Fiz umas panquecas também, estão no frigorífico

Sorri depois de colocar o bilhete novamente em cima da bancada. Procurei as panquecas e aqueci-as um pouco no microondas, fazendo também uma chávena de café frio, para começar melhor ainda o dia.

Enquanto arrumava as coisas do pequeno-almoço e pensava em ligar ao Kyungsoo para irmos sair, campainha toca, ecoando por todo o apartamento. Limpei as mãos e fui até à porta, abrindo-a e sorrindo, vendo o meu pai ali.

— Bom dia, filho — o mesmo sorriu de volta e dei-lhe espaço para que ele passasse.

— Olá, pai. Precisas de alguma coisa? Hoje não preciso de ir para o hospital — fomos ambos até à sala mas decidi abrir a porta da varanda. Assim, nos deslocámos até lá.

— Bom te ver apenas, há já algum tempo que não vinha aqui — o olhar do meu pai percorreu o interior do apartamento que era possível ser visto dali — E aproveitei que é sábado para te ver, queria saber como estás.

Sorri ao perceber que o meu pai ainda nem sequer sabia do que tinha acontecido naquela noite. Realmente, ainda ninguém mesmo sabia que agora nós estamos juntos e isso quase me faz esquecer de todo o sofrimento que toda está situação e ainda o tratamento me fazem sentir. Quase me esquecia que era isso que o meu pai se referia. E achava que ainda era cedo para lhe contar.

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