Teste

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ANASTASIA POV

Relaxar em paz era tudo o que eu queria com minha esposa para darmos início ao procedimento de inseminação do nosso bebê. Mas não foi bem isso o que nós tivemos! O que tivemos foi uma enxurrada de muita correria e trabalhos a fazer. Embora estivéssemos respirando um pouco mais aliviados depois da prisão do Abdias, e da apreensão das armas que Alex comprou, ainda havia muito a ser feito para que tudo volte ao seu devido lugar.

Encomendar nosso bebê estava sendo bem mais complicado do que pensamos devido a todas essas coisas. Erika além dos compromissos econômicos agora ela tinha os de guerra também. Desde que descobrimos a traição do conselheiro Abdias que ela vem montando equipes para caçar e encurralar o Alex de todas as formas possíveis. Já os meus compromissos se resumem à aulas de defesa pessoal, visitas aos escalões da irmandade para dar o suporte que eles precisam, e ser a famosa ponte entre essas pessoas e a comandante. Também estou indo visitar os projetos sociais que minha mãe criou e, confesso que fiquei encantada com o trabalho que a irmandade faz secretamente. Ver toda aquela obra me fez ficar furiosa com Lucios e Abdias por eles terem tirado o dinheiro que essas pessoas tanto necessitavam sem a gente saber. Acho que se os dois ainda estivessem vivos, eu mesma os mataria de novo! ( Jesus! Minha convivência com Erika está me deixando igual a ela!)

Além de todas essas obrigações diárias, minha esposa e eu ainda tínhamos que tirar um tempo no final da noite para realizarmos nosso sonho de ser mães. Com tantos compromissos e responsabilidades, eu sinceramente achei que não daríamos conta! Mas Erika estava tão entusiasmada que havia ido pessoalmente à clinica de fertilização buscar o material genético para fazermos o procedimento em casa como nós, bom, como ela quería. No final eu acabei concordando com a ideia dela não apenas pela insistência, mas sim por uma questão de sabedoria. Se eu fosse fazer a fertilização direto na clínica, eu estaria correndo um sério risco de sofrer uma emboscada, e olha que eu nem sonhava que tínhamos mais uma semente do mau na irmandade!

Após muito cansaço e jogo de cintura, Erika e eu finalmente conseguimos fazer a inseminação em casa como a médica nos ensinou e... Deus! A primeira tentativa foi um horror! Eu fiquei nervosa e com muita vergonha da Erika. Primeiro porque ela entroduziria um estojo com os espermatozoides em mim e segundo por ter que colocar as pernas literalmente para cima!. Dá pra imaginar a cena?! Sua esposa prepara um jantar incrivel à luz de velas no quarto, cria todo um clima romântico, daí vocês transam apaixonadamente e no final você fica nervosa e tem uma crise de riso. Eu parecia uma louca de tanto que ri quando Erika me fitou bem séria e disse que me ajudaria a plantar bananeira para que o esperma chegasse mais rápido onde deveria!

Erika e eu tentamos por mais algumas vezes durante meu periodo fértil até que decidimos aguardar. A ansiedade estava nos consumindo e nada tinha acontecido ainda.

- Bom dia? - cumprimentei Felipa na mesa do café da manhã. Erika e Augustus tinham saído de casa bem cedinho.

- Bom dia. Que cara é essa? Não me diga que isso tudo é para não ir treinar agora cedo?

- Não, meu desânimo é por outro motivo.

- Nada ainda? - ela pergunta entendendo o motivo.

- Não. - digo me servindo de café

- Tenha paciência, Ana. A ansiedade de vocês só atrapalha! - ela pega uma broa de milho - Olha, prove isso aqui. Está divino!

Felipa colocou a broa de milho no meu prato e quando senti o cheiro da mesma, eu rapidamente a coloquei de volta no prato e cobri a boca. Eu não entendi porque o cheiro da famosa broa de milho de Maria tinha me deixado tão enjoada a ponto de querer colocar até a as tripas para fora!

Finalmente CinderelaOnde histórias criam vida. Descubra agora