Acusações

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ANASTASIA POV

Pesadelo era exatamente a palavra que estava definindo o dia. Ver a forma injusta como as pessoas estão tratando Erika me encheu de raiva. Agora entendo porque ela anda uma pilha de nervos e tão estressada! Droga, tô até me sentindo culpada. Olha tudo o que essa mulher tem que enfrentar?! E para piorar ainda mais o dia, saber que tem alguem dentro da irmandade que está agindo de má fé pelas costas da Erika aqui dentro novamente, me dá até um frio na espinha.

- Acho bom vocês começarem a falar porque ninguém vai sair daqui até que eu descubra o que está acontecendo!! - Erika perguntou e todos se entreolharam, mas continuaram em silêncio - Respondam! - Erika socou a mesa com força fazendo todo mundo se assustar.

- Comandante, a gente já tinha avisado a senhora sobre esses levantes. - Abdias fala

- Sim. - Erika é irônica - Vocês só esqueceram de me falar que o motivo do levante era esse, conselheiro!

- Nós... Não sabiamos ainda, comandante. - ele diz parecendo inseguro.

- É mentira! - Erika grita voltando a bater na mesa com força - Uma ova que vocês não sabiam! Eu deixei vocês cuidando do que deveriam cuidar e olha só? Ninguém fez porra nehuma!

- Modere seu linguajar, comandante! - minha mãe levanta e fala em tom desafiador com Erika - Não somos seus moleques de recado e eu posso lhe garantir que não só fiz meu trabalho como tambem o seu! Eu assumi seu posto quando precisou ir a Itália, e eu cuidei de tudo quando vocês foram pra fazenda e eu tomei conta do seu trabalho quando Augustus sofreu aquela merda de atentado que quase custou a vida dele! Há dias que não supervisiono as questões sociais dessa irmandade porque você também tem outros conselheiros além de mim!

- A senhora está nos acusando de algo, conselheira Philia? - Jarbas questiona surpreso.

- Não costumo fazer acusações sem provas, conselheiro. - minha mãe retruca me enchendo de orgulho

- Pois não é o que está parecendo! - ele responde - E se alguém deve alguma satisfação aqui, esse alguem é o chefe da guarda! - o homem lança a acusação para Sampaio fazendo a montanha humana serrar os punhos.

- Assim como o senhor, eu também estou fazendo meu trabalho, e não é ao senhor que eu devo explicações do que faço, conselheiro. Meu trabalho é garantir a segurança de vocês, da comandante e da família dela, dos agregados da irmandade e ainda vigiar os inimigos dia e noite! Como o senhor pode ver, as questões sociais e filantrópicas da irmandade, são uma obrigação do conselho, e se algo não estiver de acordo com nossa politica de segurança, aí sim, cabe aos senhores notificar a guarda. Coisa que não foi feita! - Sampaio responde tentando controlar sua raiva, mas a veia saltando em seu pescoço mostra o quanto o controle dele está por um triz - Comandante? - ele se vira para Erika - Se a senhora acha que estou de alguma forma ocultando ou passando informações ao inimigo, eu ponho meu cargo e até minha vida a sua disposição para a senhora decidir o que for melhor pra mim! Eu prometi ao seu pai e ao conselheiro Bertrand que cuidaria da senhora e de sua família como se fossem a minha e eu sou leal com minhas promessas!

- Acalme-se, homem! Eu não tenho motivos para desconfiar de você. - Erika o fitou sem demonstrar emoções - Mas no dia em que você colocar a sua lealdade em cheque, Sampaio, eu mesma mato você!

- Acho justo! - Sampaio concorda

- Voltando ao assunto... - Erika se senta. - Philia tem razão. Além dos compromissos dela, ela também assumiu os meus enquanto estive fora. Só restou vocês, conselheiros! - Erika fitou os velhos ali - O que me dizem?

- Ora, mas isso é um ultraje! - eles dizem - Não foi nossa culpa se roubaram dinheiro dos nossos cofres, e não é culpa nossa se não temos verba para dar a esse povo e também não é culpa nossa se a senhora não consegue pegar esses bandidos! - o conselheiro Jofre responde fazendo uma veia enorme saltar no pescoço de Erika.

Finalmente CinderelaOnde histórias criam vida. Descubra agora