Finalmente Cinderela

O inimigo do meu inimigo...

ERIKA POV

Certa vez eu ouvi de alguém que até mesmo os bandidos tem um código de honra, mas somente depois de ver e ouvir pessoalmente o homem que mesmo não tendo sido amigo de meu pai, mas que teve verdadeira devoção e RESPEITO por ele, eu não tive mais dúvidas. E pelo visto, a história mais uma vez tende a se repetir só que dessa vez comigo!

- Minha neta é a única riqueza que eu tenho agora. E a ela pertence o meu legado. - o velho mafioso começa a falar - Juliana deverá assumir os negócios quando eu me for ou você terá muitos problemas com Luigi, Venturini. Diferente de mim, ele n respeita nada e nem ninguém!

- É, senhor Francesco! Pelo visto o senhor e eu temos o mesmo problema! - digo.

- Precisamos unir nossas forças agora, Venturini. - o velho conclui

- Nunca imginei que viveria para ver de perto meu avô pedindo ajuda ao inimigo e pela segunda vez! - a mafiosa Júnior diz me medindo

- Ora, não seja orgulhosa, moça! Como seu avô mesmo disse: o inimigo aqui é outro! - a mafiosa junior faz cara de tédio ao me ouvir

- A comandante está certa. Luigi ficou furioso porque além do poder como capo, ele também queria que eu lhe desse minha neta Juliana como esposa. - Giacomotto diz

- Eu acredito que já vi esse filme antes! Nessas histórias sempre tem que ter um idiota rastejando por uma mulher que vale muito ou - eu olho pra moça sentada à minha frente - Que não vale nada!

- Ta com ciuminho por que sou bonita e valiosa demais até pra você, Venturini?! Não me diga que isso é recalque, querida?! - a mafiosa diz com provocação e ironia cruzando as pernas na minha frente. (Já estou entendendo seu joguinho na frente desse bando de marmanjo que não entendem nada do universo feminino, moça. Mas desista, eu sou casada!)

- Se isso foi uma piada então sinto decepciona-la, mas eu não achei muito engraçado, cara mia! - digo

- Ah, não é piada. Eu disse ao meu avô que se ele me desse por esposa para aquele verme, eu iria transar com ele até deixá-lo exausto e depois o doparia. Amarraria seus braços e pernas, e por último cortaria aquela coisa minúscula que ele chama de pau e enfiaria na boca dele e assistiria ele morrendo com uma bela hemorragia! - Juliana diz fazendo todos os homens da sala se contraírem discretamente como se imaginassem a dor.

- Disso eu não tenho dúvidas! Toda viúva negra mata literalmente o seu parceiro de prazer! - provoco.

- Meninas, isso não é hora para uma guerra de hormônios! - Augustus diz fazendo a mafiosa Júnior e eu fuzila-lo com olhar ao mesmo tempo.

- Não estou criando conflito nem guerra de hormônios com ninguém, conselheiro! - afirmo - Essa moça que é muito grosseira e mal educada! Tem certeza que o senhor quer mesmo deixá-la como sua substituta, senhor Francesco? - o homem parece se divertir com toda essa provocação.

- Minha neta tem um gênio difícil, mas não se engane, comandante. Juliana é muito melhor nos negócios e com as pessoas do que o irmão dela e até mesmo do que eu! - ele diz enchendo a bola da neta.

- Ah, é? Pois então ela já começou com o pé esquerdo comigo. - digo.

- Haverá tempo para vocês desfazerem as más impressões, comandante! Quanto ao que ela disse que faria com Luigi, eu deveria ter obrigado ela a se casar com ele. Ela realmente teria feito isso e nós nunca precisaríamos estar tendo esssa conversa agora! - o velho diz e sorri. -Por outro eu fico muito feliz que estamos tendo. Quero saiba que o mesmo respeito que eu tinha por seu pai agora tenho por você também. Meus homens estão a sua disposição para trabalharmos juntos. - o senhor diz.