Mentira

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ANASTASIA POV

Aquela discussão durante o jantar parecia que não ia mais acabar! Justo hoje que eu tinha preparado um jantar gostoso pra acalmar os ânimos? Não é justo! Felipa e Augustus discutiram na nossa frente e pra variar parece realmente que tem outra mulher na parada. Mas quem será essa mulher? E por que Augustus faz tanto mistério sobre ela? Bom, seja lá qual for o mistério, parece que estamos prestes a descobrir!

- Já chega! É por mim que você tem que saber quem é essa mulher, Felipa. Você e a Anastasia! - Erika se levanta da mesa.

- Eu? Espera aí Erika? O que você têm haver com essa história? E que marcas são essas no seu rosto? - eu definitivamente não estou gostando disso!

- Augustus e eu tropeçamos no punho um do putro, satisfeita?! - Erika revela

- Vocês estavam brigando? - Felipa pergunta horrorizada

- A gente não tava brigando, Felipa! A gente tava só... Conversando!

- Ah, Erika pelo amor de Deus! O que acha que sua irmã e eu somos? Duas idiotas? - agora estou irritada de verdade.

- Será que a gente pode conversar como pessoas adultas e civilizadas? - Erika revira os olhos em tédio e responde com outra pergunta

- Com toda certeza, Erika. Eu quero saber o que está acontecendo aqui e acho bom você ter uma boa explicação pra nos dar! - digo saindo da sala de jantar junto com Felipa e Erika vem logo atrás.

- Para o escritório, por favor!

Erika gritou atrás de nós e minha vontade foi de deixar outra marca naquele rostinho lindo que ela tem. Seguimos para o escritório e Felipa abriu sem bater. Augustus se assustou, mas permaneceu no lugar quando viu Erika e eu entrando logo atrás. Pelo jeito ele tinha acabado de desligar o telefone.

- Sentem-se! Vou explicar o que está acontecendo aqui. - Erika diz séria e vai até a mesinha de bebidas se servir de uma dose de uísque. ( Que merda você aprontou agora, Venturini?!)

- Vai contar a elas? - Augustus pergunta pra Erika

- Vou. Existe um mal entendido aqui que precisa ser desfeito.

- Então desembucha, Erika! - Felipa diz irritada com a irmã.

- No dia do baile de anunciação, depois que Lucy feriu você a Ana, eu reuni alguns homens e fui atrás dela. Houve uma perseguição, Lucy perdeu o controle e o carro capotou e...

- E explodiu com ela dentro! Foi isso que você me disse que tinha acontecido com ela depois no hospital, não foi Erika? - eu digo com raiva só por imaginar a hipotese de que Erika mentiu pra mim.

- Sim, Ana. O carro explodiu. Mas não explodiu com a Lucy dentro como eu falei pra você. - ela confessa.

- Você mentiu pra sua irmã e pra mim esse tempo todo, Erika? - estou indignada. - Meu Deus! Quem é você Erika? Por que mente e esconde coisas como essas das pessoas que você diz amar?

- Ana, eu posso explicar?

- Explicar o quê, Erika? - Felipa fala em tom acusador pra irmã - Que você vem mentindo a mais de dois meses pra gente? Que essa tal Lisa Mitchel é na verdade a Lucy?

- Nem uma coisa nem outra Felipa! Posso explicar? - Erika diz tentando controlar a raiva.

- Estou esperando Erika. - eu digo e ela respira fundo buscando forças pra continuar.

- Lucy realmente capotou o carro e ele explodiu. Mas nós conseguimos chegar a tempo de tirar ela do carro antes que ele pegasse fogo. Foi uma titude perigosa, mas salvou a vida dela por uns instantes. Acionei uma equipe médica de minha confiança pra cuidar e manter a situação da Lucy em sigilo absoluto. Quando chegamos ao hospital, o médico disse que só um milagre salvaria a Lucy. Que ela não tinha chance alguma de sobreviver, e que se isso acontecesse, ela viveria em estado vegetativo pro resto da vida. Lucy teve fratutas múltiplas nas colunas cervical e lombar, traumatismo craniano e estava com hemorragia interna devido a pacanda. Mas contrariando tudo o que nós estávamos esperando acontecer, Lucy sobreviveu àquele dia, e mais outro e mais outro... Mesmo em coma e com os sinais vitais muito fracos, ela estava lutando pela vida dela com todas as suas forças. Um dia antes de você ter alta medica, Anastasia, o doutor Richard Mitchel me ligou e disse que a Lucy tinha contraído uma bactéria e que não havia restido. Eu disse que queria vê-la, mais ele falou que era perigoso por se tratar de uma bactéria contagiosa. Então eu pedi a ele pra cuidar de tudo,  que providenciasse um sepultamento pra ela e que eu assumiria todos os custos. Mas ele me parecia um tanto nervoso e disse que o mais correto seria cremar o corpo para destruir a bacteria e isolar as cinzas. Eu apenas concordei com tudo que ele sugeriu. Eu não menti pra vocês, meninas. A enganada na historia fui eu.

Finalmente CinderelaOnde histórias criam vida. Descubra agora