Filhos da ordem 3

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ERIKA POV

- Precisamos conversar, Amália.

De todas as pessoas que a madrinha de Anastásia imaginou que pudessem bater a porta dela às dez horas da noite de uma sexta-feira, eu com certeza era uma exceção. Mesmo  surpresa, a mulher gentilmente abriu a porta me convidando para entrar logo em seguida. Ela sabia que eu não a visitaria se o assunto não fosse muito importante. Ou preocupante.

- Entre, por favor! - ela pede meio envergonhada - Desculpe os trajes, eu ja estava me preparando para dormir.

- E que peço desculpas por vir aqui a essa hora, mas eu precisava muito falar com a senhora sem a presenaça da Anastasia.

- Aconteceu alguma coisa com o meu velho? - ela me fita como se já esperasse o pior.

- Fique tranquila, ele está bem. O assunto que me trouxe aqui tem haver com ele também, mas é outra coisa.

- Sente. - ela pede apontando o sofá de canto do pequeno porém aconchegante chalé - Eu vou preparar um café pra gente. Pela sua cara eu imagino que o assunto é sério.

- É bastante sério, dona Amália. Eu quero saber toda a história da minha esposa. - a mulher me olhou confusa - Quero saber tudo, desde a infância dela quando você e o Agenor adotaram ela!

- Mas... - ela sorri sem graça com cara de quem ainda não entendeu patavinas do que falei - A senhora ja sabe toda a história da minha Anasta...

- Não, Amália. Eu quero saber a verdeira história da Ana. Não a que você e o seu marido contaram esse tempo todo! - Dessa vez ela arregalou os olhos entendendo que eu já sei de tudo, ou quase tudo - Não tente mentir para mim dessa vez, Amália. Não sou eu que vou sofrer quando a sua menina descobrir por vias erradas que foi enganada esse tempo todo!

AUGUSTUS POV

Um forte esquema de segurança havia sido montado para a nossa chegada. Lucas tinha colocado homens disfarçados por todos os lados para fazer a segurança principalmente do seu Agenor e da doutora Mitchel. E falando em doutora Mitchel, eles também prepararam um disfarce com peruca e prótese dentária para que ela pudesse circular por todo hospital sem chamar atenção, assim como um crachá com nome e sobrenome falsos.

Seguimos diretamente para o hospital onde pousando no terraço do mesmo, deixando o padrinho de Ana com a equipe medica que o aguardava. Como ninguém sabem quem ele é, foi muito facil dar a entrada dele como um paciente qualquer, ja que todos o seguranças estavam la disfarçados. Lucas deu uma tacada de mestre!

De lá, segui com a doutora até o apartamente de Aisha onde ela ficará hospedada, para depois ir para a mansão Venturini. Ou seja, minha nova casa! Era assim que eu a considerava já que sempre vivi com Erika e com Felipa. E principalmente agora que vou me casar com felipa! Quem diria,  hein? Meu pai sempre achou que era com Erika que eu iria me casar devido a nossa amizade de infância, e vejam só? Vou me casar com a irmã mais nova! Erika sempre foi uma irmã e uma grande amiga para mim. Eu sempre a vi como igual e sempre soube desde moleque que ela gostava de meninas e isso nunca foi problema para mim, pois sempre a respeitei e a defendi de babacas até mesmo quando ela não precisava. Erika Blaine Venturini sempre foi muito auto-suficiente quando o assunto é não levar desaforo pra casa! Ainda me lembro da reação do meu pai quando a gente contou a ele que Erika curtia meninas. Ele sempre foi um cara muito parceiro e brincalhão apesar da postura firme e durona que ele tinha às vezes por conta do conselho. Foi muito engraçado quando ele lhou para Erika e disse: "filha, sem ofensas, mas pra mim você é mais macho que muito homem em vários sentidos!" Nós rimos muito esse dia, principalmente por ele ter achado depois que eu também era gay! Meu pai sempre foi meu heroi e ne educou para ser um homem de verdade e senpre pensou em meu futuro. Tanto que me deixou uma fortuna que não se compara a dos Venturini, mas ainda é uma bela de uma fortuna! Fortuna essa que se eu não tiver filhos um dia, não terei para quem deixar.

Finalmente CinderelaOnde histórias criam vida. Descubra agora