Origens 2

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ANASTÁSIA POV

Continuação....

Assim que entramos em casa, a primeira coisa, ou melhor, a primeira pessoa que vimos de pé olhando o jardim da entrada pela janela da sala principal, foi a conselheira-mor. Só que ela não estava sozinha, ao seu lado bem acomodados e tomando uma taça de licor caseiro estavam seu fiel mordomo, os conselheiros Jarbas e Abdias, e Sampaio que estava recepcionando as quatro visitas.

- Isso sim é que eu chamo de uma bela surpresa! - Erika diz e olha de relance para Sampaio como quem diz: que merda é essa aqui?!

- Imagino que sim, comandante! - a conselheira-mor fala e me olha em seguida - Como vai senhora matriarca?

- Eu estou bem, obrigada conselheira. - agradesço a cordialidade - Como vai a senhora? Ou melhor, como estão todos vocês?

- Não tão bem quanto vocês, senhora matriarca. E ao contrário do que a senhora pensa, não estamos aqui para uma visita de rotina. - Abdias responde

- A velha guarda da irmandade definitivamente não faz visitas de rotina a ninguém, a menos que o motivo seja do seu interesse! - Augustus diz se aproximando.

- Dessa vez não é apenas do nosso interesse, meu rapaz. - Philia o responde.

- Como você sabe, nós temos muitos compromissos dos quais você não tem participado muito, jovem conselheiro. E nós, os membros da velha guarda, não precisaríamos deixa-los se a comandante e a matriarca não esquecessem os seus compromissos com a irmandade para tirar uns dias de descanso no campo. - o conselheiro Jarbas se pronuncia soltando o seu veneno

- Em primeiro lugar, conselheiro Jarbas, não estamos aqui de férias, e mesmo se eu quisesse tirar férias o senhor não poderia questionar absolutamente nada. Essa não é sua função! - Erika diz assumindo sua pose dominadora - Segundo, o conselheiro Augustus está em missão comigo do mesmo jeito que deixei vocês com suas obrigações, e, missões! Certo?

- Perdoe-me se me expressei mal, comandante. - o homem se desculpa ligeiramente desconfortável - Mas o que nos trouxe aqui não são boas noticias.

- Imaginei que sim. - Erika diz - Por favor, me acompanhem até o escritório. Ana? Avise aos empregados que temos visitas para o jantar e também para prepararem os quartos de hóspedes. Devido a hora, eu credito que os conselheiros vieram para passar essa noite aqui.

- Obrigada, comandante. - Philia agradesceu sem desviar o olhar de mim. Será que ela quer que eu vá até a sala participar da reunião também? Não. Se minha presença fosse necessária, do jeito que os conselheiros são, eles teriam mencionado algo.

Erika, seu cão de guarda (Sampaio) e os conselheiros seguiram para o escritório deixando Felipa, Aisha, Lisa e eu na sala sem entendermos nada. Mas de uma coisa eu tinha certeza, a vinda desse povo aqui na fazenda definitivamente será o fim do nossos dias de sol.

A tarde foi caindo e as horas se passando e nada de Erika ou dos conselheiros. Ninguém saía daquela sala, mas a voz estridente de fúria da minha esposa pôde ser ouvida até do lado de fora da casa! Deus... Pobre Erika. Essa irmandade está consumindo a minha amada!

O que será que está acontecendo dentro daquele escritório?

ERIKA POV

Depois de presenciar mais um dos momentos nostálgicos e tristes da minha pequena, foi a vez de receber a visita inesperada da velha guarda aqui na fazenda. Tenho 31 anos e não tenho nenhuma recordação dos conselheiros terem vindo aqui uma única vez, nem quando meus país eram vivos! Apesar de ser a provedora da empresa de exportação da minha familia por gerações, a fazenda Venturini sempre foi muito restrita, esse lugar acima de tudo era, é, e sempre será o refúgio da minha familia.

Finalmente CinderelaOnde histórias criam vida. Descubra agora