❝Abella Del Corneto lambia o cano da arma da morte. Seu apelido poderia ser Sagacidade, Violência, Sensualidade ou Morte, se Ab do Malik já não ocupasse a função.❞
Abella cresceu em um ambiente de negligência parental, o que a obrigou a se tornar um...
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Eu deveria estar nervosa ou, pelo menos, com medo. Meu coração batia com força contra a caixa torácica como se quisesse sair pulando pela rua, mas não era por isso. Eu estava ansiosa.
Após falhar em todos os seus apelos para me convencer a desistir, Zayn afirmava que só me deixaria participar daquele plano porque garantia que Ive seria capaz de me proteger. Entretanto, era fácil notar que uma parte dele sabia que não havia outra escolha e, por isso, havia cedido. Afinal, era ele quem ditava as ordens e, se me proibisse, ninguém seria capaz de fazê-lo me incluir no resgate.
Malik não permitiria que eu me envolvesse em uma situação arriscada como aquela se tivesse outra saída. Ele estava preocupado com Cody e precisava agir rápido para garantir que o loiro problemático voltaria para casa com vida. Isso me dava a certeza de que Malik faria realmente qualquer coisa para proteger meu primo, como havia dito.
— Aqui. Pega isso. — Ive puxou meu pulso e depositou uma faca de combate na palma da minha mão — Se alguém se aproximar demais, ou você se sentir ameaçada, use sem pensar duas vezes.
Não quis falar nada na hora, mas era óbvio que eu não atacaria uma pessoa com aquilo. Eu sequer saberia como agir e poderia acabar me machucando. Porém, para mantê-la tranquila, guardei a lâmina no cós da calça e senti um arrepio com a sensação gelada contra minha pele.
Entreguei meu celular ao garoto quando ele me pediu. Ele discou um número de telefone e seu próprio aparelho começou a tocar. Quando atendeu a chamada, devolveu meu smartphone.
— Fique na linha e mantenha o celular na mão. Grite se precisar de nós. — Jake parecia menos tenso do que Ive, porém toda aquela preparação estava começando a me deixar receosa — Não vai acontecer nada com você.
— Se eu estiver correndo perigo, vocês vão entrar?
— Preferimos morrer lá dentro do que pelas mãos do Zayn. Então, sim.
Acenei com a cabeça e sorri de volta para o loiro. A de cabelo rosa abriu a porta da BMW e me colocou para fora. Puxei ar para os pulmões algumas vezes e comecei a andar em direção ao pub.
Era um ambiente extremamente oposto ao dos Folks. Ali, quase todos eram mais velhos e não havia mulheres. A maioria se vestia com roupas comuns, tinha alguns até mesmo de blusa social e gravata. As caixas de som fixadas nas paredes tocavam música ambiente e mesas de sinuca eram circuladas por homens grotescos que bebiam e falavam alto.
Tentei parecer tranquila ao caminhar até o bar. O olhar desmedido de alguns homens quase me fez tropeçar, todavia. Uma garçonete veio me atender sem nenhuma simpatia e pedi uma caneca de chopp.
Não havia muita gente ali. No máximo 15 pessoas, contando com os bartenders. Também não pareciam estar armados exceto pelos tacos de sinuca em mãos. Os homens eram grandalhões, então sair na porrada com eles poderia ser difícil. E caso eu precisasse usar a faca que Ive me entregou, provavelmente a lâmina não passaria de uma camada grossa de gordura.
