❝Abella Del Corneto lambia o cano da arma da morte. Seu apelido poderia ser Sagacidade, Violência, Sensualidade ou Morte, se Ab do Malik já não ocupasse a função.❞
Abella cresceu em um ambiente de negligência parental, o que a obrigou a se tornar um...
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O tamanho do meu cabelo estava começando a me incomodar. Em soma, o calor da Califórnia me obrigava a colocá-lo para cima toda hora. Sendo assim, optei por amarrar as madeixas castanhas em um alto rabo de cavalo naquela noite. Para complementar o visual, resolvi me maquiar. Esfumei as pálpebras com sombra preta e nos lábios passei um batom nude, a fim de manter o destaque nos olhos. Vesti minha calça jeans escura e tênis preto. Não sabia para onde ia, portanto não me arrisquei muito. Implementei o visual com alguns acessórios e meia-noite em ponto estava pronta.
Sentei na beirada da cama, ansiosa. Se Liam — que era um rapaz tranquilo — havia me levado a uma festa que acabou em polícia, para que tipo de furada Cody e sua turma iriam me arrastar? Para ser honesta, eu estava precisando de um pouco de ação. Meus dias de turista já haviam ficado para trás e eu precisava buscar novas aventuras em São Francisco.
Resolvi esperar Zayn na calçada. Ele não tinha meu número, então não conseguiria avisar quando chegasse. E, pela possibilidade de tio Mark estar em casa, com certeza não tocaria a campainha. Fiquei sentada no meio-fio até Norman aparecer e se surpreender ao me ver ali.
— Zayn também vem te buscar? — indaguei quando se sentou ao meu lado.
— Não, outro amigo meu.
Não entendi por que ele não poderia ir conosco, porém não quis perguntar o motivo.
Ficamos em silêncio por alguns instantes, sem nada a dizer. Era constrangedor, pois morávamos juntos e mal havíamos trocado dez palavras.
— Como foi em Portugal? — tentei puxar assunto.
Hillebrand deu de ombros e fez um bico, como se dissesse que não foi nada demais. Ótimo, havia alguém pior do que Niall no quesito conversa fiada.
Ergui as sobrancelhas quando um carro tunado verde-limão estacionou na nossa frente. Ele tinha alguns arranhões e amassados na lataria, porém ainda me impressionou. Será que dirigir carros de corrida era moda em São Francisco?
Aquele ao meu lado se levantou e abriu a porta do passageiro, desta forma pude ver o motorista do Porsche. O rapaz era extremamente jovem, talvez ainda mais novo do que eu. Pude ouvir Norman chamá-lo de Lil e achei fofo como o nome combinava com seu estilo.
— Te vejo depois. — o de topete disse antes de entrar no veículo.
Não tive tempo de responder. O motorista deu um leve aperto na buzina e acelerou.
Fiquei pouco tempo sozinha ali fora. Alguns minutos depois, avistei o Jaguar descer a avenida e frear na minha frente.
— Você está atrasado. — brinquei quando o moreno abaixou o vidro e enxerguei seu rosto.
— Estava me arrumando para você.
Entrei no carro e fui arrematada pelo o cheiro do seu perfume. Como se ele não pudesse ficar mais atraente...
