❝Abella Del Corneto lambia o cano da arma da morte. Seu apelido poderia ser Sagacidade, Violência, Sensualidade ou Morte, se Ab do Malik já não ocupasse a função.❞
Abella cresceu em um ambiente de negligência parental, o que a obrigou a se tornar um...
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Fechei a porta com cuidado para tentar não fazer barulho e chegar despercebida. Eu havia faltado ao jantar, pois saí para comprar cerveja. Foi uma ideia estupidamente impulsiva. Era plena quarta-feira e eu não queria que todos me julgassem como alcoólatra, então fui caminhando sozinha até uma loja de conveniência e demorei quase uma hora para ir e voltar. Se tivesse pedido carona a um dos garotos, provavelmente teria tido tempo de chegar antes do meu tio terminar a refeição e se retirar.
— Merda... — praguejei quando ouvi o barulho da televisão ecoando pelo hall de entrada.
Havia me esquecido sobre a série favorita dos garotos. Os meninos haviam me acolhido no ritual onde toda quarta-feira se renuíam para assistir o novo episódio de uma sitcom da qual eram todos fãs. E eu ainda não havia perdido nenhum, pelo menos até meu alcoolismo resolver interferir.
Caminhei até a sala sabendo que seria notada no mesmo instante, sem chances de subir a escada sorrateiramente. Louis foi o primeiro a se virar para trás e encarar o engradado em minhas mãos.
— Oi. — sorri amarelo erguendo as garrafas de bebida — Trouxe algo para a gente beber.
Compartilhar não era o objetivo inicial. Meu plano era beber tudo sozinha e só acordar no outro dia, de ressaca, porém aquela intenção caiu por terra quando fui flagrada.
Os rapazes não disseram nada, mas eu tinha bom senso suficiente para deduzir que tio Mark ficara aborrecido com minha falta no jantar só pelo silêncio e o olhar de cada um.
Fui até o sofá e me sentei entre Harry e Niall. O loiro falso imediatamente franziu a testa para mim quando abri a primeira garrafa e dei um gole sedento.
— Você não tem idade para comprar bebida.
Terminei de engolir o líquido gelado e limpei os cantos da boca. Eu não queria precisar contar que flertei com o caixa da loja para conseguir comprar as bebidas sem mostrar a minha carteira de identidade.
— Você não está estudando Direito para defender aqueles que infringem a lei? Ou está pensando em se tornar juiz?
Quando Horan abriu a boca para rebater, Louis o interrompeu ao se contorcer para conseguir sentar entre nós no sofá. Harry, praticamente caindo do estofado, se levantou e sentou no tapete para manter a concentração na TV sem mais distúrbios.
— Posso pegar uma?
— Claro. — puxei outra garrafa do engradado e entreguei a Tomlinson — Aceita uma cerveja, Niall?
— Obrigado, mas preciso acordar cedo amanhã.
Louis e eu nos entreolhamos quando o loiro se levantou e subiu as escadas. Bateu o vidro da garrafa na minha, brindando, e piscou cúmplice para mim. Já fazia um tempo que Tomlinson tentava me convencer a parar de buscar a simpatia de Horan, então seu olhar era orgulhoso. Apesar de eu não ter provocado o futuro advogado de propósito, aceitei sua exaltação.