09| corrida de rua

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Eu me sentava no balcão para fumar, ao mesmo tempo em que assistia Abella dançar com Katrina entre a aglomeração de pessoas

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Eu me sentava no balcão para fumar, ao mesmo tempo em que assistia Abella dançar com Katrina entre a aglomeração de pessoas. Aquela garota era com certeza algo a se observar. 

Ela se movia no ritmo das batidas enquanto sua nova amiga a incentivava e as duas jogavam os braços para cima, pulando de olhos fechados ao gritar aleatoriamente a letra da música. Joseph estava com as duas, bloqueando qualquer aproximação dos bêbados ao redor, então pude manter distância sem me preocupar.

A garota não havia falado comigo desde que Jake foi embora. Estava na pista de dança há quase uma hora, ignorando minha presença, e quando queria outra bebida parava ao meu lado no balcão sem sequer me olhar. De repente, era como se tivesse ido à boate sozinha e não precisasse de mais ninguém além do DJ.

— Por que trouxe ela aqui?

Soprei a fumaça para o alto e depois me virei para o rapaz à minha esquerda. Lil me olhava esperando uma resposta e desci do balcão após jogar o cigarro em um copo vazio.

— Porque eu quis.

— Se quer deixar ela fora disso, não a traga aqui outra vez. Você sabe como vai acabar, se trouxer.

Me aproximei devagar e ele não se moveu. Eu estava acostumado com seu jeito super protetor, Lil não gostava quando desconhecidos chegavam perto demais dos Folks. A gangue era sua obsessão e o jovem não conhecia outra vida senão aquela, portanto tomava cuidado para nada dar errado ali.

— Relaxa. — apertei seu ombro com força. Lil tentou se soltar ao contorcer o tronco, porém o segurei com a outra mão — Confia em mim, porra.

— Em você eu confio... — resmungou desviando o olhar de mim — Meu problema é com os outros.

Virei a cabeça para trás, seguindo seu olhar. Patrick vinha em nossa direção acompanhado de Kimberly. O rapaz apertou minha mão e a garota deu um tapa leve em meu braço como cumprimento.

— Vai começar. — ela sorriu mordendo um pirulito que carregava entre os lábios.

Bati no rosto de Lil, sem força, para indicar que ele deveria se comportar e saí de perto deles. 

Entrei no meio da multidão suada na pista de dança e tracei caminho até Abella que chicoteava o ar com seu rabo de cavalo. A música alta não me permitiu ouvir o que ela disse quando agarrei sua cintura e a levei comigo. Segurei seu corpo firmemente contra o meu e a conduzi até os fundos, mesmo que a maluca tentasse se soltar. No momento em que abri a porta de saída e a puxei para fora, Abella parou de se opor a mim.

Confusa e surpresa, a morena deu um giro de 360º para analisar onde se encontrava. Seus olhos castanhos não sabiam o que fazer primeiro. Pude notar as pupilas dilatando ao filmar os inúmeros carros turbinados que se enfileiravam pelo asfalto, cujos donos deixavam os capôs levantados a fim de exibir os motores extremamente potentes.

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