❝Abella Del Corneto lambia o cano da arma da morte. Seu apelido poderia ser Sagacidade, Violência, Sensualidade ou Morte, se Ab do Malik já não ocupasse a função.❞
Abella cresceu em um ambiente de negligência parental, o que a obrigou a se tornar um...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
QuixMix Motel não era um complexo de apartamentos, com um pequeno estacionamento na frente, como a maioria. Na faixada do edifício havia apenas um toldo rasgado que deveria cobrir a entrada e um painel de LED queimado que deveria anunciar o nome do estabelecimento. Era um prédio comum, de sete andares, como um hotel falido que tentou se reerguer às custas dos encontros noturnos.
O bairro era pouco movimentado, a maioria dos estabelecimentos em volta estavam fechados e nada mais do que alguns viciados e andarilhos vagavam por ali. Sendo assim, não seria difícil notar repentinamente cinco carros se aproximando em conjunto. Por isso chegamos com os faróis desligados e carros ordinários, um por um, lentamente e nos espalhamos pelo perímetro.
Lil e Kimberly lideraram uma equipe até a rua de trás do motel para cobrir qualquer possível rota de fuga. Ive estava no Toyota comigo, aguardando Hillebrand se posicionar. E outros de nossos homens estavam bloqueando as esquinas.
Mogilevich sentava com sua submetralhadora jogada no colo, a mão direita apoiada no volante e o cotovelo esquerdo recostado na janela. Usava os cabelos rosas repartidos em duas tranças embutidas que caíam por cima dos seus ombros, encarava a entrada do motel por baixo dos seus cílios pesados e ficava em completo silêncio. Era sempre assim, Ive não dizia uma palavra antes de entrarmos em ação. Só ficava parada ao meu lado feito um anjo da morte esperando para atacar.
— Vão! Agora! — Norman rompeu o silêncio quando sua voz saiu pelo walkie-talkie preso no meu cinto — Sexto andar.
Descemos do carro correndo e sacando nossas armas. Luzes se acenderam pelas janelas quebradas de todos os andares, iluminando a rua enquanto diversas sombras se movimentavam habilidosamente em direção ao prédio.
O motel era como uma ratoeira gigante. Dentro dele, havia provavelmente dezenas de desgraçados preparados para nos eliminar. E nós iríamos entrar na porra daquela armadilha pela porta da frente.
Destiny empurrou a porta de entrada com o ombro e atirou uma bomba de fumaça para abrir caminho. Em seguida tomei a frente, adentrando o prédio com os demais abaixados atrás de mim e ouvindo os barulhos de disparos que já haviam começado. Os homens que se escondiam atrás do balcão da recepção pareciam alvos em um stand de tiro. Se levantavam e se abaixavam, rapidamente, indo de um lado para o outro até estarem estirados no chão. Outros mais corajosos tentavam avançar contra nossa formação, todavia tinham o mesmo fim que os demais.
Quando contei quase dez disparos da minha Glock, percebi que apenas nós restávamos com vida no saguão. Recarreguei a pistola rapidamente e apontei a escada de emergência para Destiny e Jimmy, mostrando o número seis com os dedos. Os dois acenaram com a cabeça e correram para subir. Com a outra mão sinalizei para Ive e Katrina me seguirem até o elevador enquanto os outros Folks varriam os corredores do primeiro andar em busca de inimigos.