▪️008

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Novamente enveredamos por aquele caminho cheio de verde por todos os lados até chegarmos à casa do pecado. Era assim que eu a via agora.

Como não poderia deixar de ser, ele deu a volta abrindo a porta do carro pra mim. Fiquei parada, sem jeito, esperando por ele e imaginando que novamente iria me jogar nas costas como da última vez.

Para minha surpresa ele segurou delicadamente minha mão, olhando-me de forma estranha.

–Vamos?

Não encontrei voz para respondê-lo, apenas segui logo atrás. Ao chegarmos à sala ele foi tirando o paletó e a gravata, fazendo com que minhas pernas tremessem.

– Eu só vou trocar essa roupa e volto. Pode ficar à vontade... a casa é sua.

Como assim? Trocar de roupa? Eu pensei que ele já estava tirando a roupa para me jogar nesse sofá e possuir meu corpo.

Hum... está virando uma ninfomaníaca Any.

–Tu... tudo bem.

Ele deu um daqueles sorrisos de derreter geleiras e subiu. Eu, óbvio, acompanhei sua subida, admirando o corpaço perfeito que tantas vezes me levou ao céu. Eu só queria saber o que ele estava tramando, afinal ele sempre ia direto ao ponto. Essa de trocar de roupa realmente me surpreendeu.

Olhei ao redor admirando a sala luxuosa que até então não tinha tido oportunidade de reparar. Maravilhosa... de muito bom gosto. Gente... como não notei toda essa sofisticação? Da primeira vez pode ser porque estava muito escuro. E da segunda...também estava escuro, pois o tesão insuportável nublava minha mente e não me permitia ver mais nada.

–Gosta do que vê?

Quase deu um pulo de susto ao ouvir a voz atrás de mim. Virei-me e encontrei o senhor Beauchamp parado, os cabelos úmidos deixando que algumas gotas de água escorressem pelo seu peito nu. Usava apenas uma bermuda e o seu frescor denunciava um banho recente.

–É linda.

–Obrigado. Venha cá.

Como sempre estremeci quando sua mão tocou a minha. Ele se sentou no sofá com as pernas abertas e me puxou, colocando-me entre elas, mas sentada no sofá. Seus braços me envolveram e eu me arrepiei ao sentir seu calor. Ele estava realmente quente, apesar de o tempo estar frio.

–Então devo deduzir que tem a mesma idade do Riley?

Mordi meus lábios apreensiva. Aonde ele queria chegar?

–Sim. Tenho dezessete.

–Tem mesmo carinha de dezessete. Apenas "cara".

Ele frisou bem.

–Seria indelicada se perguntasse a sua idade?

–Não. Tenho trinta e dois.

Girei um pouco o corpo e o encarei. Diabo de homem mais lindo... era uma perdição.

–Não daria mais que vinte e cinco.

Ele deu um sorriso largo.

–Assim eu fico convencido.

–Estou falando sério.

–Bem... quer dizer que estava de castigo...

Ele mudou drasticamente de assunto e eu senti meu rosto pegar fogo. Admitir na frente daquele homem que eu realmente era uma garotinha que ainda ficava de castigo não era fácil.

–Sim. Meu... pai não gostou muito da forma como agi com o Riley.

–Quer dizer então que ele queria oficializar um compromisso?

𝗠𝗮𝗱 𝗧𝗲𝗺𝗽𝘁𝗮𝘁𝗶𝗼𝗻|𝗕𝗲𝗮𝘂𝗮𝗻𝘆Onde histórias criam vida. Descubra agora